Glauber comemora o único gol da partida

Ceilândia não se acerta e começa mal 2017

Helivelto esteve mal no um contra um no primeiro tempo: talvez o problema não fosse ele, apenas estourasse nele
Elivelto esteve mal no um contra um no primeiro tempo: talvez o problema não fosse ele, apenas estourasse nele

Futebol é um negócio complicado: fazendo tudo certo ainda pode dar errado. Os menor dos problemas pode desviar a atenção e, no final, a derrota não é propriedade do treinador, do jogador, torcedor, da direção… é de todos. Todos perdem… e o Ceilândia perdeu na estreia do Candangão 2017, mas 2017 está apenas começando.  É preciso colocar os pés nos chão nesse momento, só isso… claro, sem perder de vista que há muito que melhorar.

Allanzinho parece ser o jogador mais solidário em um time pouco solidário
Allanzinho parece ser o jogador mais solidário em um time pouco solidário

O Ceilândia fez a sua estreia no Candangão 2017 e foi derrotado pelo Real por 1 x 0 na tarde deste sábado .Não foi a derrota em si que incomodou. Foi a forma como o time atuou. Claro que muito disso se deve ao gol marcado por Glauber, logo aos 2 minutos de jogo aproveitando um rebote debote dentro da área.

Muita da culpa deverá recair sobre Filipe Cirne, mas ele não pode ser o único responsável
Muita da responsabilidade deverá recair sobre Filipe Cirne, mas ele não pode ser o único responsável pela má atuação. O time todo jogou mal

Muito modificado e cheio de improvisações, o Ceilândia foi completamente dominado pelo Real no primeiro tempo. O Real, principalmente pelo seu lado direito de ataque, com Dedê, Caio e Leo Santos simplesmente passeou em campo e deu muito trabalho à última linha defensiva do Ceilândia.

Gilmar Erê brigou o tempo todo de costas para a defesa adversária
Gilmar Erê brigou o tempo todo de costas para a defesa adversária

É verdade que Pedro não foi muito exigido, mas o fato é que havia a certeza de que se alguém fosse marcar um outro gol na partida esse alguém seria o Real.

O Ceilândia era valente. Apenas valentia não garante vitórias. É preciso jogar. O Ceilândia não conseguia. 

Torcida fez a sua parte, mas o time não ajudou
Torcida fez a sua parte, mas o time não ajudou

Veio o segundo tempo e o Real controlou o jogo e o Ceilândia. É verdade que o Gato Preto melhorou com as mudanças de Adelson quando retornou Alcione e Helivelto para o meio, mas o Ceilândia era um time sem inspiração. O máximo que conseguia era alçar bolas na área, mas não havia quem as disputasse. O Ceilândia fazia força para jogar, o Real contentava-se em segurar o jogo.

Adelson mexeu muito na estrutura do time: David jogou na cabeça de área, Didão na defesa, Alcione na lateral...
Adelson mexeu muito na estrutura do time: David jogou na cabeça de área, Didão na defesa, Alcione na lateral… Se o Ceilândia vencesse teria todo o mérito; perdendo, terá dores de cabeça.

Com isso, o Real controlou as ofensivas alvinegras e, se alguém esteve próximo de marcar foi o ex-Dom Pedro.

No final, o resultado traz uma nuvem de inquietação para os lados da Cidade do Gato. Todos sabem que as derrotas são muito mal digeridas por aquelas cercanias. 

Glauber comemora o único gol da partida
Glauber comemora o único gol da partida

Obviamente que o Ceilândia não pode repetir atuações como as dos últimos jogos. Também não pode perder de perspectiva o fato de que a maior parte do elenco é qualificada e, de modo geral,  não faltou luta.  Noutra medida, não se pode esquecer que em três partidas o time foi incapaz de criar uma mísera situação clara de gol que resultasse do produto de um jogo estruturado. 

Antes do jogo o técnico Adelson mostrava essa preocupação. Achava que o time precisaria de uns quatro jogos para ganhar corpo. O treinador tem razão em todos os aspectos: O Ceilândia ainda é um time em formação e isso ficou muito nítido na tarde deste sábado.

O problema é que, diferente do Candangão, os dois próximos jogos serão eliminatórios.