Ceilândia perde para Sinop. Agora, remar, remar para 2020

Ceilândia perdeu boas oportunidades para marcar, mas foi destruído mentalmente pelo adversario
Ceilândia perdeu boas oportunidades para marcar, mas foi destruído mentalmente pelo adversario

O Ceilândia perdeu para o Sinop neste domingo, em Mato Grosso, e está fora da Série D 2018. O Gato Preto também está fora da Série D 2019. 2018 termina deixando um amargo gosto de derrota.

O Ceilândia veio a Sinop com a obrigação de vencer. Vencer e torcer por uma combinação de resultados. Vencer e, mesmo que não se classificasse, deixar uma boa impressão.  Não foi o que aconteceu.

Foi um jogo à moda dos jogos da Série D, dos jogos que ocorrem longe do cenário pasteurizado das Séries A e B. O Sinop começou assumindo maior posse de bola. O Ceilândia, bem postado, controlou as investidas do adversário e foi sempre mais perigoso. Poderia ter saído à frente do marcador com Mirandinha ou com Daniel. Não conseguiu.

O Sinop, diante da dificuldade, partiu para a intimidação pura e simples

O Ceilândia poderia ter marcado também com um belo chute de meia distância de Emerson Martins. Não marcou. O Sinop inverteu o sinal. Era um time valente. Se não dava pelo futebol praticado, passou a pressionar a arbitragem e jogadores do Ceilândia. Um jogo típico de Libertadores de décadas passadas. O Ceilândia precisava ser mentalmente forte para suportar a pressão, não foi.

Veio o segundo período e os placares de momento jogavam a favor do Ceilândia. O Gato Preto precisava apenas vencer para se classificar. Não por muito tempo. O Gato Preto voltou bem melhor que o Sinop. Empurrou o adversário contra o próprio campo e chegou a criar uma boa oportunidade com Daniel, mas o atacante bateu fraco para a defesa do goleiro do Sinop.

O Sinop, no desespero, aumentou a pressão sobre  a arbitragem e  psicologicamente sobre o Ceilândia. O árbitrou portou-se bem, nas circunstâncias. O Gato Preto que aguentara firmemente até os 15 do segundo tempo, já dava sinais de exaustão. A cada jogada, pressão sobre os jogadores do Ceilândia e da arbitragem e o Sinop foi destruindo o Ceilândia mentalmente, um pouco pela valentia.  Aos 15 do segundo tempo, nem mesmo a vitória salvava o Ceilândia.

Aos 25, quando o Sinop gradativamente empurrava o Ceilândia contra o seu campo de defesa, Mirandinha recebeu em profundidade e, em jogada individual, fez Ceilândia 1 x 0. Alegria efêmera.  Em menos de 10 minutos, o Sinop virou o jogo sobre um  Ceilândia que passivamente aceitava a agressividade do adversário.

Não que tenha faltado vontade ao Ceilândia. Isso nunca faltou. Por óbvio, contudo, os números finais da competição demonstram o time não esteve à altura do desafio. Agora, remar, remar e remar… de olho em 2020.