O que aprendemos em Unaí

Leandro não teve culpa nos gols. Ao menos uma bela defesa.

Uma derrota nunca é bem-vinda, mas a derrota não pode ocultar o que se viu de bom.  Apesar do pouco tempo de treinamento,  o que se viu foi que o Ceilândia coletivamente esteve bem. Essa era uma dúvida, porque os jogadores ainda estão se adaptando ao esquema de Marcelo Conte.

Felipe Piá foi muito bem. Firmeza, bom tempo de bola por baixo e pelo alto. Problema bom para Marcelo Conte

No primeiro tempo, o Ceilândia controlou o seu adversário. Não levou perigo à meta do Unaí, é verdade, mas também não permitiu chance clara de gol para o adversário. Outra coisa positiva foi a insistência do time em jogar com a bola no chão, apesar do gramado claramente não ajudar.

Jonatan foi muito importante no equilíbrio do time. Cresceu muito em uma semana

A defesa se portou bem. Leandro fez apenas uma defesa considerada difícil. Os gols estouraram na defesa. O Ceilândia de algum modo sofreu com a bola longa cruzada do Unaí.

De um lance assim, nasceu o primeiro gol adversário.  O segundo gol pareceu decorrência da falta de ritmo de jogo. Faltou um pouco mais de fome na dividida. Isso se corrige com ritmo de jogo.

Marcone foi uma boa surpresa. Apareceu para o jogo, bom passe e visão de jogo. Cansou no segundo tempo.

Jordã e Jonatan, os cabeças de área,  funcionaram bem. Talvez devessem sair um pouco mais para o jogo, mas talvez essa fosse a estratégia em função do tempo de treinamento: não se expor muito. Paulo Cesar entrou no lugar de Jonatan e mostrou que pode ser útil.

Lucas Bocão sofreu o jogo inteiro com a dupla marcação.

O campo pesado atrapalharia os volantes se quisessem sair para o jogo. O Unaí também não conseguia, mas tinha uma bola longa mais efetiva. A bola longa incomodou o Ceilândia. Por essa razão, Marcone e Lucas, apareceram pouco. Lucas ficou  preso na marcação dupla. 

Marcone surpreendeu. Ele mesmo admite que precisa correr mais que os outros para recuperar o tempo perdido, mas mostrou que sabe jogar. Em ritmo de jogo tende a ser um dos bons nomes do campeonato. 

Gabriel apareceu bem. Gramado muito alto atrapalhou o toque de bola do Ceilândia.

O ataque sofreu bastante com a dificuldade do Ceilândia na transição defesa-ataque. A bola pouco chegou, mesmo assim Gabriel deu trabalho para a defesa do Unaí. Cordeiro, com funções táticas um pouco diferentes, apareceu pouco. Michael entrou no seu lugar num momento em que o Ceilândia já não tinha forças.

No geral e olhando para o jogo como um treino de luxo, o Ceilândia já pode estrear verdadeiramente no campeonato sabendo de suas potencialidades. A essas potencialidades soma-se uma grata surpresa: Roni, visivelmente sem tempo de bola e ritmo de jogo, mostrou que deve ser muito útil para o time. 

Roni apesar claramente de sentir a falta de ritmo de jogo, mostrou que tem potencial

O Ceilândia não poderia se permitir ser derrotado pelo Unaí. Terá uma sequência de jogos contra times que estão há mais de 2 meses treinando. Trabalhos mais maduros. A derrota coloca o Ceilândia na obrigação de buscar resultados positivos.

A se tirar do que se viu, uma semana a mais de trabalho encurtará muita distância para os adversários. Sábado será diferente de ontem.