Na trave…

Começa o jogo: Dedé não sabia, mas escreveria o seu nome na partida
Começa o jogo: Dedé não sabia, mas escreveria o seu nome na partida

O Ceilândia deu adeus ao campeonato candango de 2015 na tarde deste sábado, mais uma vez sem público, no Estádio Regional de Ceilândia.

Depois de haver perdido em Luziânia, quando foi um time completamente apático e dominado pelo adversário, o Ceilândia foi um time vibrante na tarde deste sábado.

Em menos de 5 minutos, Ceilândia já tinha três jogadores amarelados. Dedé seria a vítima mais importante
Em menos de 5 minutos, Ceilândia já tinha três jogadores amarelados. Dedé seria a vítima mais importante

A disposição do Gato Preto cobrou um preço: Dedé, Sandro e Mário foram advertidos com cartões nos primeiros minutos de jogo.  O árbitro mostrou, desde os primeiros minutos, que o que fora permitido ao Luziânia na primeira partida não seria permitido ao alvinegro na segunda.

O Luziânia começou melhor. A transição da defesa para o ataque do Azulão da Saída Sul sempre se mostrou mais consistente. Ao Ceilândia o que faltava de transição estruturada sobrava em vontade.

Tartá mostrou que com ele o Ceilândia é um time melhor.
Tartá mostrou que com ele o Ceilândia é um time melhor.

Na metade do primeiro tempo vieram os lances decisivos. No primeiro, Chefe saiu cara a cara com Léo e tocou para fora.

No lance seguinte, Vinicius se jogou e o árbitro assinalou a falta.  Filipe Cirne bateu e abriu o marcador. Mal sabia o Ceilândia que o erro da arbitragem nesse gol lhe custaria muito caro.

Ceilândia comemora no erro da arbitragem. Compensação iria desfigurar o Ceilândia
Ceilândia comemora no erro da arbitragem. Compensação iria desfigurar o Ceilândia

Cobrado insistentemente pela participativa direção do Luziânia (?) não demorou para que Wales Martins compensasse.

Aos 42, o árbitro assinalou penalti para o Luziânia em um lance que solenemente ignorara muitas vezes na partida. Ao perceber que Dedé já tinha cartão amarelo, o árbitro tentou se fazer de rogado. Cobrado insistentemente, somente então resolveu dar cartão amarelo para Dedé. Como já havia sido advertido, Dedé foi expulso e o Ceilândia ficou com um jogador a menos.

Léo se estica. A bola toca na trave... e entra
Léo se estica. A bola toca na trave… e entra

Na sequencia, Marlon bateu o penalti… a bola tocou na trave e morreu nas redes: 1 x 1. A missão do Gato Preto, que já era difícil com 11, tornava-se ainda mais difícil.

Veio o segundo tempo e o Ceilândia não tinha opção. Era matar ou morrer. O alvinegro lançou-se ao ataque e até teve duas chances. Na primeira, Cassius serviu Filipe Cirne, mas o meia chegou desequilibrado e bateu fraco para a defesa de Edmar.

Vitor Felipe cabeceia com Edmar batido no lance: Ceilândia perdia a chance da vitória
Vitor Felipe cabeceia com Edmar batido no lance: Ceilândia perdia a chance da vitória

Minutos depois, a prova definitiva que não era tarde do Ceilândia. No mesmo lance, Sandro escorregou na hora de bater, a bola passou entre as pernas de Cassius, sobrou para Badhuga que desequilibrado cabeceou mal… a bola subiu e se ofereceu para Vitor Felipe que não conseguiu mandar para as redes.

Nos minutos restantes o Ceilândia foi valente. Até teve uma ou outra oportunidade não muito clara. O Luziânia também ameaçou, mas preferiu controlar o jogo.

Ceilândia perdeu boas oportunidades: eliminado na sua melhor partida
Ceilândia perdeu boas oportunidades: eliminado na sua melhor partida

No final, o empate em 1 x 1 relega o Ceilândia à quinta colocação da competição. A se tirar pelo investimento, não deixa de ser uma boa classificação.

Há controvérsias, contudo. Ao se limitar a ambição a uma quinta colocação (nos últimos doze anos o Ceilândia ficou fora do G4 apenas 4 vezes – incluindo 2015) talvez estejamos sendo injustos com um time que poderia, no mínimo, merecer coisa melhor.