Tag: Metropolitano 2011

Boas lembranças!

Zé Ricarte: entrada desleal
Zé Ricarte: entrada desleal

O adversário de hoje traz boas recordações para o Ceilândia. Foi contra ele que o Gato conseguiu a sua última vitória. Há o consenso de que o time vem atuando bem. Foi assim diante do Botafogo, Bosque e Brasilia, jogos em que foi mais consciente que o adversário e poderia ter saído de campo com a vitória. Também foi assim diante do Brasiliense e Gama, quando o time equilibrou os aspectos ofensivos e defensivos e o empate foi um resultado justo. A exceção foi o jogo diante do Caxias, quando o time fez a pior apresentação do Ceilândia nos últimos 8 anos.

Thiago Félix: mais uma ausência
Thiago Félix: mais uma ausência

Para essa partida Allan Dellon deve voltar. A previsão é a de que o Ceilândia entre em campo com o mesmo time da partida diante do Brasília. Em outras palavras: teremos um time mais pegador, mas também com alguma deficiências muito nítidas na ligação. Com a volta de Allan Dellon o Ceilândia espera suprir essa deficiência. Jorginho Paulista ainda se recupera de contusão. Outro problema é a ausência de Andrezinho. O lateral que era um dos destaques da competição faz muita falta no aspecto ofensivo, justamente a maior dificuldade do time. Outro desfalque muito sentido é o de Thiago Félix.

Dimba é a esperança de gols no ataque. O atacante ainda reclama de uma persistente contusão no tendão de aquiles. A sua mobilidade tem sido muito prejudicada, principalmente em gramados como o do Rorizão e do CAVE. A expectativa de hoje é que o artilheiro conduza a recuperação alvinegra no campeonato.

A paz possível

Panda no ataque: novo corte de cabelo
Panda no ataque: novo corte de cabelo

Para um time que está a sete jogos sem vencer o Ceilândia passa por uma semana de trabalho relativamente tranquila. Para completar uma semana de boas notícias possíveis, o  técnico Adelson de Almeida pode contar com o retorno de Allan Dellon, que voltou a atuar com bola. Outra novidade foi o retorno de Cassius, agora recuperado das dores lombares que o tiraram da partida diante do Brasília. Outro que está a disposição é Goeber após cumprir a suspensão.

Alguns jogadores ainda preocupam. Jorginho Paulista e Thiago Félix trabalham intensivamente para incorporar-se à equipe.

Sede de vitória

Badhuga: Um dos destaque dos Ceilândia
Badhuga: Um dos destaque dos Ceilândia

22 pontos! Este é o número mágico. Para chegar na última rodada classificado, um time precisará ter alcançado 22 pontos. Aparentemente apenas um time terá condições de chegar na última rodada tendo conquistado esse número de pontos ou mais: o Brasiliense. O Ceilândia obrigatoriamente terá que lutar até o último instante, mas até para isso terá que vencer o jogo deste sábado. Se conseguir, chegará na última rodada disputando uma vaga contra o Gama num jogo que poderia deixar de fora do quadrangular-final uma das equipes.

No sábado, o Ceilândia pega o Ceilandense, 16h00, no Abadião, em mais uma partida decisiva. Uma vitória muda a história da competição e a correlação de forças. Um ponto a mais, um ponto a menos, nessa etapa do campeonato faz muita diferença. Jogar pelo empate na última rodada pode ser uma questão de vida ou de morte (de classificação ou desclassificação). Uma vitória deve recolocar o Ceilândia no G4, mas o Ceilandense luta para fugir do rebaixamento. Em caso de vitória, o adversário verá surgir uma tênue linha de esperança de classificação para a semi-final.

O técnico Adelson de Almeida terá uma semana inteira de treinamento. Isso é um luxo comparado às rodadas recentes. Mas a semana não será apenas de treinamento: Adelson terá que lidar com problemas técnicos e a difícil decisão de restringir a sua equipe àqueles que efetivamente possuem condições de seguir adiante.

Quando o assunto é rebaixamento a contagem é outra. Em tese seriam necessários 17 pontos para fugir ao rebaixamento.  Nesse momento apenas o Brasiliense não precisa se preocupar porque matematicamente já está livre dessa preocupação.

Pressionados!

Leys: um excelente primeiro tempo, depois cansou.
Leys: um excelente primeiro tempo, depois cansou.

O Ceilândia inicia a semana extremamente pressionado. A pressão pela falta de vitórias começa pelo sentimento da diretoria e da comissão técnica de que algo precisa ser mudado no elenco. A pressão aumenta com a certeza de que nem tudo está errado, a equipe precisa de pequenos ajuste e não se pode errar nesse momento.

Algumas decisões não foram tomadas na semana passada porque se argumentou que não era o melhor momento. Algumas noites passadas podem ter levado a diretoria a mudar a decisão de mexer no elenco. Veremos hoje.

Para a próxima partida é muito provável que o Ceilândia volte a contar com Allan Dellon, nem que seja no banco. O meia esteve afastado dos últimos seis jogos do Ceilândia. Outro retorno quase certo é o do lateral esquerdo Andrezinho, um dos destaques do Ceilândia na competição até agora. Goeber, que cumpriu suspensão automática, estará a disposição de Adelson. Outro retorno é o de Cassius, que nem no banco esteve na última partida.

A situação de Jorginho Paulista, com o joelho inchado, permanece indefinida. Jorginho, apesar de algum tempo, fez partidas aceitáveis diante de Formosa e Caxias.  Edinho, que foi liberado para resolver problema particulares é outro que deve retornar ao elenco.

Os retornos previstos mudam muito o clima no Ceilândia para esta semana de trabalho. Tudo isso, todavia, pode mudar hoje.

Diogo: atuou pelo meio. Não comprometeu

Para mudar o astral

Ceilândia x Brasilia: oração em campo
Ceilândia x Brasilia: oração em campo

O Ceilândia empatou sem gols com o Brasilia em jogo disputado na tarde deste sábado em Samambaia. O resultado não foi o esperado, mas ao menos o Ceilândia ganha tempo para recompor as peças da equipe. Apesar de estar a 7 jogos sem vencer, o Gato está a apenas uma vitória de seus concorrentes diretos por uma vaga no quadrangular-final. Em outras palavras: se o Ceilândia não avança, os demais também não. Na tarde deste sábado o Gama foi derrotado pelo Brasília o que o coloca apenas um ponto a frente do Ceilândia.

O Ceilândia fez o aquecimento para a partida em campo. Antes, contudo, os jogadores se reuniram no gramado e reafirmaram o compromisso da equipe com a busca pela vitória. Foi um momento de afirmação do grupo, mais preocupado em reencontrar a própria identidade do que com a vitória.  Parece que deu certo. O Ceilândia que se viu em campo foi mais Ceilândia.

Dimba: merecia ter marcado um gol
Dimba: merecia ter marcado um gol

O Ceilândia merecia melhor sorte. Apesar de entrar em campo com uma formação completamente diferente, com Donizetti, Paulo Ricardo, Panda, Badhuga, Edimar e Augusto; Leys, Ze Ricarte, Diogo,  Rodriguinho e Dimba, o Ceilândia foi um time mais consciente que o Brasilia. Em resumo: se alguém esteve próximo de marcar no primeiro tempo esse time foi o Ceilândia. As duas oportunidades surgiram em jogadas de Dimba. Na primeira ele bateu rente a trave direita da meta do Brasília; Na segunda ele ajeitou para Augusto perder aquela que foi a chance mais clara de gol de toda a partida.

No segundo tempo o Brasília voltou diferente. Nos primeiros 15 minutos o alvirrubro mostrou uma consistência que não apresentara em toda a partida. Mesmo assim as jogadas do adversário foram facilmente neutralizadas pela defesa alvinegra. Nos contra-ataques o Ceilândia levou perigo, mas sem criar oportunidades claras de gol. O panorama da partida mudou com as entradas de Magrão e Rodrigo Mello. Rodrigo Mello, o talismã da equipe na temporada passada, pela primeira vez mostrou a disposição e velocidade que o caracterizaram na campanha vitoriosa.

Apesar de tudo o gol alvinegro não veio. No último minuto, o contra-ataque foi desperdiçado. Quando a fase não é das melhores o árbitro termina a partida antes da cobrança de escanteio.

O resultado não foi dos melhores. Mesmo assim ficou a impressão que o time terá uma semana de trabalho mais tranquila. São sinais de que a má fase está indo embora.

Fé!

Contra o Caxias: Everton desequilibrou o jogo. Hoje será diferente
Contra o Caxias: Everton desequilibrou o jogo. Hoje será diferente

Há um clima de ansiedade no ar…  Há um misto de otimismo e dúvida, mas há também a certeza de que não há nada a temer. Basta que o time encaixe o seu jogo para que o Ceilândia conquiste uma vitória na tarde de hoje. Pesa a favor do Ceilândia a certeza de que o momento vivido pelo Brasília não é melhor.  Pesa a favor do Brasília o fato de que jogam com menos responsabilidade.

Para a partida de hoje à tarde o Ceilândia entrará mais uma vez bastante modificado. Goeber, Jorginho Paulista e Andrezinho são desfalques certos. Foi assim, bastante modificado, que fez uma excelente partida diante do Formosa e deixou a vitória escapar nos minutos finais. Surpreendentemente, o time cresce nas adversidade. Essa é a esperança para hoje a tarde. Todos tem fé de que a tudo mudará a partir de hoje. Que assim seja.

Junior e Rogério: todos estão sofrendo

Começar de novo!

Fé: A torcida acredita na reação
Fé: A torcida acredita na reação

O Ceilândia fez um check list e descobriu que do ponto de vista formal tudo está certo: os salários estão  rigorosamente em dia; o técnico é um dos melhores da cidade; o preparador físico é uma pessoa disputada; o preparador de goleiro é competentíssimo; o mordomo e a equipe de apoio são pessoas e profissionais exemplares. Ainda sob o ponto de vista formal o Ceilândia tem um elenco que sob qualquer aspecto está entre 5 melhores de todo o Centro-Oeste.

A análise foi mais adiante e revelou que há uma razão para o time estar tão mal: todos estão muito pressionados: diretoria, comissão técnica, equipe de apoio e jogadores. Todos estão sentindo o peso de ser campeão do Distrito Federal, porque isso mudou a vida de todos e do Ceilândia. Há muita pressão e essa pressão mudou o comportamento da equipe como um todo. Todos têm medo de errar. O jogador tem medo de errar, o técnico tem medo de errar, os diretores tem medo de errar. Com isso, todos atuam de forma previsível para os adversários

Diante do quatro, ouviu-se diretores, membros da equipe de apoio, membros da comissão técnica e alguns jogadores e se descobriu que o bicho não é tão feio assim. O Ceilândia e sua enorme capacidade ainda estão latentes, vivos no coração de cada um. Descobriu-se que há valores mais importantes que vencer a qualquer custo até porque, a qualquer custo, a vitória não vem. Então o que teremos pela frente é um novo Ceilândia que privilegiará o que mais de importante possui: os homens de sua equipe.

Esse novo Ceilândia começa a ser montado a partir desta sexta-feira. É possível que uma ou outra pessoa deixe a equipe, mas de acordo com a diretoria essa responsabilidade será dessa pessoa. A princípio todos entraram juntos nesse momento e todos devem sair juntos.

O dilema de Adelson

O dilema de AdelsonAdelson é reconhecidamente um bom treinador. Conhece o ser humano como poucos, mas parece evidente que deixou de ser ele mesmo. Algo mais que os resultados deve estar a incomodá-lo. Adelson sempre foi uma mistura de explosão e companheirismo. Hoje não é nem uma coisa, nem outra.  Não parece que o problema sejam os jogadores; estes tem se dedicado bastante, ou ao menos a imensa maioria. Um ou outro problema em um elenco de trinta homens é normal. Pode ser que seja algo alheio a sua propria esfera de decisão, mas Adelson não pode esperar.

A responsabilidade pelos resultados recai primeiro sobre ele. Depois as pessoas vão pensar em jogadores e, por último, nos dirigentes. O mais correto seria que os dirigentes adotassem as medidas necessárias a proteger o treinador, já tão desgastado pelos últimos resultados. Adotar as medidas necessárias não significa medidas extremas, desproporcionais ao momento. Medidas necessárias são aquelas adotadas com calma, serenidade e no tempo adequado e, se for o caso, com a anuência dos líderes do grupo. Adotar as medidas necessárias significa, acima de tudo, não abandoná-lo à própria sorte nesses momentos tão difíceis, fazer-se presente nos treinamentos, obrigar que cada um cumpra a sua parte nos contratos firmados com o Ceilândia, não apenas o treinador.

Não é hora para amiguinhos. É hora de profissionalismo. O processo todo reflete uma linha de montagem em que cada um possui responsabilidades. Cada um intervém no tempo certo, nem antes, nem depois. O produto final reflete ou não a harmonia da linha de montagem. Se alguém perder o tempo, o produto final será prejudicado.

Dentro de campo, bem, dentro de campo Adelson já mostrou que sabe fazer e os jogadores também.

Só eles podem mudar a história

A zaga do Caxias deu chutão quando necessário
A zaga do Caxias deu chutão quando necessário

Futebol é coisa séria. Ao menos 30 pessoas sobrevivem dos salários pagos pelo Ceilândia. Diga-se de passagem: salários pagos em dia.  As condições de treinamento estão acima das oferecidas nos demais clubes do Distrito Federal.

Futebol é coisa séria. É impossível que alguém esboce um sorriso no dia de hoje, tenha ele atuado ou não na partida de ontem. A goleada acachapante de ontem pode revelar que algo precisa ser mudado.

É natural que a convivência permita a existência de concessões indevidas. É natural até que exista duplicidade de posturas diante de um mesmo fato. O problema estaria se, existindo concessões ou duplicidade de comando, esses fatos fosse para o campo. Nâo é possível avaliar completamente todas as variáveis.

Uma coisa é certa: o Ceilândia chegou ao fundo do posso. A autoestima foi no limite e a partir de agora somente é possível trabalhar com quem efetivamente tenha o mesmo objetivo. Objetivos pessoais tem que ser relegados a um segundo plano. Todos de alguma maneira se beneficiam de uma boa campanha. Isto tem que ficar claro para todos, diretoria, comissão técnica e jogadores. Um grupo somente é um grupo quando todos trabalham para o grupo, deixando interesses e visões pessoais de lado.

É muito provável que os jogadores que moram na cidade não saiam a rua hoje sem estar envergonhados. Aqueles que vieram de fora provavelmente evitaram contato com os familiares. Se algo desse nível não aconteceu é porque o objetivo não é o mesmo para todos.

Se a situação chegou onde chegou, todos tem a sua parcela de culpa, do Presidente até o mais humilde torcedor.  O Ceilândia tem um bom elenco. Edinho e Donizetti tem carreiras vitoriosas; Paulo Roberto, Panda, Badhuga, Edimar e Andrezinho jogam no nível do futebol nacional.  Mello e Pedrão, os suplentes, são melhores que a média dos zagueiros do campeonato local e estão no mesmo nível dos demais. Jogador por jogador o Ceilândia tem um time respeitável.  Mesmo assim essa defesa tomou 13 gols nos últimos 6  jogos, mais de dois gol por jogo. É muito para um time que tem orgulho em afirmar que se defende bem.

Se os resultados não aparecem é porque algo está errado: alguém não está falando a mesma linguagem que os demais. Urge corrigir isso logo. O Ceilândia, que é um time que não sorri, nem em treino, precisa reencontrar o sorriso o quanto antes. Uma vitória contra o Brasília, aliada a uma semana de trabalho, pode mudar muita coisa. Esse grupo é forte e pode ir longe.

Nunca fiquei 5 jogos sem vencer!

Adelson comanda o treino: momentos difíceis
Adelson comanda o treino: momentos difíceis

O técnico Adelson de Almeida falou ao SiteCEC sobre o momento atual do Ceilândia. Adelson contou que tem orgulho do grupo montado pelo Ceilândia. Falou que o time tem evoluído nos últimos jogos, mas tem faltado sorte. Acrescentou que tecnicamente o time é forte e, porque está crescendo na hora certa, tem tudo para ser campeão.

SiteCEC: Qual a sua avaliação?

Adelson: Acho normal. Os resultados são normais, mas a sequencia nos deixa intranquilos. Há um clima de intranquilidade no ar. Os jogadores estão motivados, conscientes das dificuldades. Ninguém esperava que fosse ser fácil, que os adversários iriam entregar o jogo prá gente.

SiteCEC: A diretoria tem dado o respaldo necessário?

Adelson : A diretoria tem agido no momento certo e montou um grupo forte, contratando jogadores em nível de futebol brasileiro. Jorginho Paulista e Goeber, por exemplo, poderiam estar, na pior das hipóteses, em qualquer time da Série B do Campeonato Brasileiro. O Ceilândia é um time forte técnica e mentalmente. Com a primeira vitória vai voltar a sorrir… esse é um dos problemas… o Ceilândia é um time que não sorri.

SiteCEC: Você pode exigir mais dos jogadores?

Adelson – Não tem mais como exigir dos jogadores. Eles estão dando tudo de si, correndo, dando carrinho, não perdendo divididas… então o problema não está na falta de disposição. Em alguns momentos tem faltado sorte… noutros uma pequena desatenção, por menor que seja, tem sido fatal. Tem faltado sorte, apenas.

SiteCEC: Então tem faltado atenção?

Adelson – Não é bem assim… os jogos tem sido duros. É natural um ou outro momento de desatenção. O problema é que os adversários tem uma chance e aproveitam essa chance. Nós saímos na frente contra CFZ, Botafogo e Brasiliense. Contra o Botafogo e Brasiliense tomamos o gol logo em seguida. O momento de euforia foi suficiente para desconcentrar o time… logo o time se recompôs, mas não teve a mesma sorte que o adversário.

SiteCEC – Qual a razão de tantos cartões?

Adelson – O time possuía alguns defeitos. Isso sobrecarregava os volantes e defensores. Esse defeito foi corrigido desde o jogo contra o Gama. Desde então o Ceilândia aumentou a sua posse de bola e o resultado pode ser sentido contra o Formosa. O time tecnicamente é bom. Ao evoluir também nesse aspecto (da posse de bola) o mais provável é que cheguemos ao quadrangular final no nosso melhor nível.

SiteCEC: Você cogitou em sair?

– Quero o melhor para o time. Quando eu vejo os jogadores se dedicando, todos eles querendo ser campeões, conversando entre eles sobre a melhor forma de fazer isso ou aquilo, eu me comovo. Por instantes cheguei a pensar que talvez uma nova abordagem, com um novo técnico, fosse o melhor… mas é difícil abandonar um trabalho quando você vê que ele tem tudo para dar certo, quando você vê que as coisas estão evoluindo e quando você vê que após cinco rodadas de insucessos os adversários avançaram apenas dois pontos a sua frente. Nunca fiquei 5 jogos sem vencer…

SiteCEC: Finalizando, qual o tamanho da sua responsabilidade?

Adelson – A minha responsabilidade é total. Se os jogadores estão fazendo aquilo que eu peço e o resultado não vem, pode ser que eu não esteja sabendo tirar deles exatamente aquilo que precisamos. É isso que me incomoda.

SiteCEC : E a Copa do Brasil?

Adelson : A nossa pretensão é fazer uma boa campanha, repetindo no mínimo a última participação do Ceilândia na Copa do Brasil, quando eliminou o Bahia na primeira fase. Conheço muito pouco do Caxias, mas o suficiente para saber que eles fizeram uma excelente campanha no Campeonato Gaúcho.

Pedrão comemora o gol contra o Formosa

Tensão prá que?

Goeber fez uma estréia razoável, mas é desfalque no próximo jogo
Goeber fez uma estréia razoável, mas é desfalque no próximo jogo

O jejum de vitórias completou cinco jogos. Nos últimos jogos foram quatro empates, contra Botafogo-DF, Brasiliense, Gama e Bosque, justamente os quatro primeiros da tábua de classificação. Uma análise mais detida da tábua de classificação demonstra que a situação não é tão dramática assim. Dois pontos separam o Ceilândia dos concorrentes mais próximos. Os jogos entre os cinco primeiros colocados têm sido muito iguais. Do total de 11(onze) confrontos registrados entre os cinco primeiros colocados, nove(9) terminaram empatados. Apenas dois times foram derrotados nesses confrontos: Gama e Botafogo, para Bosque e Brasiliense respectivamente.

Em resumo, a definição da tabela está sendo realizada nos confrontos contra os demais times. Nesse quesito é que o Ceilândia pecou, ao perder três pontos para o CFZ. Mesmo assim, o aproveitamento do CEC é melhor que o do Bosque Formosa. Veja resumo abaixo:

Brasiliense 6 pontos no confronto direto entre os 5 primeiros – 12 contra os demais
Gama 3 pontos no confronto direto entre os 5 primeiros – 10 contra os demais
Bosque 7 pontos no confronto direto entre os 5 primeiros – 6 contra os demais
Botafogo-DF 3 pontos no confronto direto entre os 5 primeiros – 10 contra os demais
Ceilândia 5 pontos no confronto direto entre os 5 primeiros – 6 contra os demais

Alguns fatores podem influenciar no segundo turno. O Brasiliense já tem a classificação quase selada e não deve ser discutido. O Bosque, no returno e do grupo dos cinco, vai enfrentar apenas o Botafogo-DF em casa. Na mesma situação está o Botafogo-DF, que vai pegar Bosque, Gama e Ceilândia fora. Vai jogar em casa contra o Brasiliense que, no contexto atual, não é um hóspede desejável. O Gama, ao contrário, vai pegar Botafogo-DF, Bosque e Brasiliense em casa. O Ceilândia já enfrentou o Bosque e vai enfrentar Botafogo-DF e Gama em casa nas rodadas decisivas.

Resultados:

Bosque 0 x 0 Ceilândia
Botafogo 2 x 2 Bosque
Brasiliense 0 x 0 Gama
Brasiliense 1 x 0 Botafogo
Bosque 0 x 0 Brasiliense
Botafogo 1 x 1 Gama
Botafogo 1 x 1 Ceilândia
Bosque 3 x 1 Gama
Ceilandia 1 x 1 Brasiliense
Gama 0 x 0 Ceilândia
Ceilândia 2 x 2 Bosque

Classificação:

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Com gosto de derrota, com valor de derrota

Forte marcação do Ceilândia: O Formosa lutou até o último instante
Forte marcação do Ceilândia: O Formosa lutou até o último instante

O Ceilândia foi melhor que o Formosa quase o tempo todo. Plasticamente foi o futebol que se deseja. Pode-se questionar que ainda assim foi ineficiente. Pode-se questionar e dizer que essa era justamente a dinâmica de jogo esperada pelo Formosa. Os dois gols do Ceilândia vieram de bolas paradas. Mérito para Adelson de Almeida e seus comandados que treinaram exaustivamente.

Mas o futebol castiga. Castiga por diversas razões. Uma delas é que o futebol gosta de ser jogado pelo time que está ganhando. Nos minutos finais o time do Formosa mexeu com os nervos do Ceilândia. Com estatura física menor, os jogadores do Formosa provocavam os do Ceilândia dentro da área. Os mais perseguidos eram Goeber e Cassius. O árbitro interveio em apenas uma situação. Para o azar do Ceilândia, o árbitro somente se deu conta que já havia aplicado cartão amarelo em Goeber quando avisado pelos jogadores do Formosa. O árbitro hesitou mas não tinha mais o que fazer.

Cassius se machucou e teve de ser substituído. O time do Formosa, diferentemente do que acontecera no Diogão quando esqueceu de

Troca de passes: pela primeira vez no campeonato, uma chance de gol a partir da troca de passes.
Troca de passes: pela primeira vez no campeonato, uma chance de gol a partir da troca de passes.

devolver a posse de bola (lá o jogo fora parado por um atleta do próprio Formosa), desta vez fez diferente. Entregou a bola no pé de um jogador marcado. Nas circunstâncias, não restou outra alternativa que não o chutão para a frente.

Aos 44 uma entrada criminosa do atleta do Formosa em Andrezinho. O jogo parou por 3 minutos. A confusão se formou e naquele momento o Ceilândia perdeu o foco do jogo. Perdeu a possibilidade de ganhar jogando ao tentar ganhar na catimba um jogo que já era seu. Cerca daqui, cerca dali, jogadores trocando intimidações. Edinho vai ao chão… o Ceilândia deixou o jogo para disputar na catimba…um minuto depois, desconcentrado, permitiu o empate. Não se pode dizer que o castigo foi merecido. Não se pode negar que o futebol deve ser jogado até que o jogo termine.

Castigo!

Cassius, em jogo festivo, mais um gol na carreira.
Cassius, em jogo festivo, mais um gol na carreira.

Não há palavra melhor para definir: Castigo, foi isso que o Ceilândia recebeu na tarde agradável deste domingo no Abadião. Foi o jogo dos contrastes. O Ceilândia que sempre concede a iniciativa ao adversário, pela primeira vez o Ceilândia assumiu o controle de uma partida no campeonato. O Ceilândia que sempre marcava primeiro, pela primeira vez saiu atrás no marcador.  O Ceilândia que sempre disputou até a última bola do último segundo, relaxou quando não podia. Por um único deslize, no último minuto, sofreu um castigo imerecido.

O primeiro tempo mostrou um Ceilândia diferente, até porque, de fato, era um Ceilândia diferente. Do time que enfrentou o Formosa na estréia, apenas Paulo Roberto e Zé Ricarte entraram como titulares hoje. Para completar o time vinha com três estréias, duas delas no miolo da defesa: Goeber, Pedrão e Jorginho Paulista.

Seja porque os jogadores eram diferentes, seja porque Adelson de Almeida, conforme confidenciara ao SiteCEC, iria partir para cima do Formosa, o Ceilândia foi diferente. Nos 20 primeiros minutos tomou a iniciativa da partida, poderia até ter aberto o marcador, mas o Formosa já sinalizara que nos contra-ataques seria perigoso. Aos 20, Thiago Farina colocou o time do entorno na frente.

Logo em seguida, aos 23, de estreante para estreante o Ceilândia empatou. Jorginho Paulista cobrou escanteio e Pedrão cabeceou para empatar.

Jorginho Paulista: enquanto teve fôlego, fez uma boa partida.
Jorginho Paulista: enquanto teve fôlego, fez uma boa partida.

O empate parece ter feito mal ao Ceilândia. Tão logo o time empatou o Formosa equilibrou as ações. O jogo permaneceu assim até os 35, quando a partir de então o Formosa foi melhor até o final do primeiro tempo. A reincidência nesse tipo de comportamento demonstra um time ainda instável emocionalmente e que usa o mínimo sucesso como motivo para relaxar. No final do jogo esse relaxamento seria fatal.

No segundo tempo o Formosa perdeu coesão defensiva. Os volantes foram muito sacrificados para cobrir as subidas de Andrezinho. O resultado foi que o Ceilândia passou a encontrar pelo meio uma facilidade que já não tinha pelas pontas.

Mas não foi com bola em movimento que o Ceilândia virou a partida. Aos 14, em escanteio, Jorginho Paulista cobrou e Cassius, que fazia a sua 300 partida pelo Ceilândia (número no qual estão incluídas partidas não oficiais), colocou o Gato na frente.

Após o gol o Formosa esboçou uma reação, mas o Ceilândia rapidamente reassumiu o controle da partida até a expulsão de Goeber. O árbitro foi algo que rigoroso na expulsão.

Mesmo assim o jogo permaneceu sob controle até os 44 quando o Formosa teve dois expulsos. A partida somente voltou aos 46 e aos 49 Thiago Farina, mais uma vez, empatou o jogo.

O resultado deixa o Ceilândia em estado de alerta. A cota de tropeços já foi excedida.

Paulão, Cassius e Edmar: Ceilândia de Cara nova

E o Ceilândia reage e contrata!

Jorginho treinou e o Ceilândia ganha com a bola parada
Jorginho treinou e o Ceilândia ganha com a bola parada

O Campeonato do Distrito Federal é relativamente longo. São 22 jogos até que um time possa sagrar-se campeão. Diante dessa maratona uma constatação é inevitável. É necessário ter um elenco de qualidade para vencer as diversas etapas da competição.

O Ceilândia terá uma oportunidade sem igual de mostrar que tem um elenco a altura de suas aspirações: dos onze jogadores que começaram a partida diante do Formosa no primeiro turno apenas dois devem iniciar a partida desse sábado como titulares. A maior parte das substituições decorrem  de lesões e suspensões.  As ausências preocupam.

Em decorrência das ausências, Adelson de Almeida teve que mexer muito no time. A diretoria correu e contratou três novos atletas e já os colocou a disposição do treinador: Goeber, Pedrão e Jorginho Paulista.

Adelson participa do treinamento... momento decisivo
Adelson participa do treinamento... momento decisivo

O treinador realizou diversas experiências e mostrou-se confiante.

Jorginho Paulista treinou e mostrou que, apesar de não estar na plenitude da forma, é uma boa aquisição. O atleta pode ser utilizado tanto na lateral quanto no meio de campo.  No treinamento com bola parada mostrou grande eficiência.

Goeber também treinou e pode ser a solução para a cabeça de área ou mesmo pode jogar  na defesa. Já o zagueiro Pedrão, com boa passagem nas divisões menores do futebol carioca, impressionou pela boa condição atlética.