
O Ceilândia está classificado para as semifinais do Candangão 2025. O atual campeão candango defenderá o seu título diante do Capital nas semifinais.

Por ter feito 20 pontos contra 19 do Gato Preto, o Capital terá a vantagem de mando e empate nesses confrontos.
Ontem, o Gato Preto pagou por suas próprias opções. Adelson sabe que terá jogo na quarta e no domingo. Resolveu poupar parte do seu time titular para esses confrontos.

Qualquer aposta possui sempre um risco envolvido. No caso de ontem, é preciso alguma serenidade para encarar o quê ocorreu. Para o torcedor, nem sempre é possível manter a serenidade. Pessoas vão e vem, mas o resultado não pode ser apagado da história.

Adelson também não tinha muitas escolhas. Precisava testar os novos reforços e o quê se viu no primeiro tempo foi um Ceilândia confuso. Parecia evidente a falta de entrosamento, mas era possível ver também lampejos daquilo que Rafael Sayão e Menezes são capazes de fazer.

O problema é que esses jogadores mostraram qualidades individuais, mas coletivamente deixaram a dever. É preciso dar um desconto, a posição de Rafael envolve mais complexidade que a posição de Menezes, mas foi bom ver qualidades que podem ser úteis em curto tempo.

Não dá para debitar ao meio as dificuldades de ontem. Na visão do CEC Torcedor o grande problema é a dependência excessiva de Clemente. Não dá para esconder algo que já é público.

Ontem, o Ceilândia até começou dando a impressão que imporia um novo ritmo de jogo. Não demorou para ver que o ritmo não era sustentável
O adversário atacar não é problema, o problema é que o Ceilândia, ao contrário dos anos anteriores, tem deixado o adversário entrar demasiadamente em sua área de defesa. Da quantidade se retirar a qualidade.

O Samambaia tanto entrou na área de defesa alvinegra que numa destas Lilla (não poderia ser ele porque sempre dói ver um jogador que gostamos fazer um gol na gente) entrou pelas costas do lado direito de defesa (mais uma vez) e abriu o marcador. Eram 34 do primeiro tempo.

Veio o segundo tempo e Adelson colocou Nolasco, Clemente e Bambu. O Ceilândia é um time com Clemente e Bambu e outro sem eles. Por mais que alguns torcedores torçam o nariz, com alguma razão, é bom lembrar que o time não perde quando Nolasco é titular.
O Ceilândia mudou da água para o vinho. O Samambaia que antes chegava regularmente na área de defesa alvinegra, agora já era contido na intermediária. É isso que se espera.

Apesar do domínio alvinegro, o gol veio apenas aos 23. Danilo, que estava em um mal dia, cobrou na cabeça de Pedro Bambu. Dupla comemoração, pelo empate e pelo fato de Pedro Bambu ter feito o gol. Ninguém representa a imagem deste time quanto ele, não há torcedor que não goste dele.

Naquele momento Gui Macedo já havia entrado e acrescentou força física ao ataque. Não é que Wisman estivesse mal, a questão é que a necessidade era diferente.

O Ceilândia continuou melhor até o apito final, mas não conseguiu o desempate. Se vencesse, o Ceilândia enfrentaria o Capital em circunstâncias diferentes: com mando e empate.
Parece evidente que o Capital escolheu o Ceilândia para enfrentar. Ao Ceilândia não resta outra escolha que não lutar.