Ceilândia e Mixto mostram como se joga a Série D: 1 a 1

Lucas Silva foi muito exigido

Vamos colocar as coisas tal qual elas são, ou foram: o Mixto conseguiu impor o seu ritmo de jogo e obrigou o Ceilândia a sofrer. Ponto, final.

Isso não significa que o Ceilândia estava morto no jogo, nem nunca esteve.  O jogo deste domingo foi o contrário do que vimos contra a Luverdense.

Valter Bala: perdeu uma chance, mas foi taticamente perfeito.

Do ponto de vista do torcedor, esperava-se que o Ceilândia impusesse seu ritmo de jogo, mas isso não aconteceu. O Mixto assumiu a iniciativa desde o início.

O Ceilândia tentou a todo o custo tomar a iniciativa da partida e isto tornou o jogo sensacional. O Mixto partia para cima como se não houvesse amanhã, o Ceilândia se defendia como se cada bola representasse a própria sobrevivência. Um jogão.

Bolt fez sua melhor partida e não merecia participação no gol do Mixto

O sofrimento do Gato Preto foi maior no primeiro tempo, quando o Mixto efetivamente teve as suas melhores oportunidades em bolas paradas. Numa destas, Giovane mandou no travessão de Sucuri.

Nando e Bolt deram muito trabalho. Para Nando faltou contundência, o que não faltou a Bolt

Em termos táticos, o Ceilândia sofria pelo lado esquerdo de defesa e deixava Everaldo sobrecarregado. O problema vinha pelo meio, nas costas de Tarta e piorava com os seguidos erros de passes na saída de bola.

Tarta correndo atrás do meio do Mixto: problema no primeiro tempo

Ainda no primeiro tempo, o Mixto mandou outra bola no travessão e Sucuri fez uma defesa difícil.

O Ceilândia não estava morto, já dissemos. Poderia ter aberto o marcador em ao menos 3 situações, duas delas claras: Na primeira, Valter Bala saiu cara a cara mas a bola chocou-se contra o corpo do goleiro. Depois, Romarinho dominou, mas não teve a felicidade de abrir o marcador. 

Lado esquerdo da defesa sofreu no primeiro tempo, mas Sucuri estava atento.

Veio o segundo tempo e o Mixto voltou com a mesma intensidade, mas não com as mesmas facilidades. Nesse contexto,  não teve as mesmas oportunidades do primeiro tempo, mas os erros na saída de bola do Ceilândia pareciam indicar o que viria acontecer.

Mixto entrava pelo meio no primeiro tempo. Ao fundo, Everaldo assiste a luta de Lucas e Euller.

Tal qual no primeiro tempo, o Ceilândia não estava morto. Havia mais espaços e a transição melhorou. O time chegava mais equilibrado ao ataque. Numa destas, jogada Everaldo, Valter Bala começaram a jogada que terminaria no semicírculo da grande área. Timbó serviu a Tarta (ou seria Lucas) que chutou. O goleiro rebateu e Romarinho fez Ceilândia 1 a 0 aos 12 do segundo tempo.

Maior parte da torcida não aprovou o uniforme dourado

Com o gol do Ceilândia o jogo não mudou. O Mixto continuava tendo a iniciativa e isto significa empurrar o Ceilândia para o campo de defesa, mas agora sem inspiração do primeiro tempo.

Quis o destino que aos 24, Bolt, que fez uma partida impecável (vejam Arquibancada do Gato Preto no Youtube durante a semana), não conseguisse dar um chutão como gostaria. A bola foi dominada por Edsobn Gabriel que bateu com rara felicidade. Um golaço e 1 a 1. 

Desta vez não tomamos gol pelo alto: Mingotti e Euller soberanos na aérea.

Após o gol, Adelson mexeu no time.  Bolt foi deslocado para a posição de Nando (que fez uma partida decente), colocou Cabralzinho, Regino e Paulinho. O Ceilândia melhorou e poderia ter marcado em excelente chute de Valter Bala ou na conclusão de Cabralzinho. 

Romarinho pega o rebote: O artilheiro não falha.

Ficou assim. Jogar fora é muito difícil. O ideal seria ter conquistado 4 pontos porque a briga não se limita à classificação. O Gato Preto conseguiu 2, mas ao menos os adversários diretos não diminuíram a distância.

Romarinho comemora: rumo aos 50

Resta a briga pelo primeiro lugar com Luverdense, que joga hoje, e Aparecidense. Gato Preto agora precisa vencer Aparecidense no próximo sábado de qualquer maneira sob pena de complicar a conquista do primeiro lugar.