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Vocação defensiva!

Badhuga: discreto e eficiente
Badhuga: discreto e eficiente

Vocação é vocação, você não luta contra ela, você a aproveita. Em dois jogos ficou muito claro que o Ceilândia não é um time de volume de jogo, de posse de bola no campo do adversário. O Ceilândia é um time que, a seu modo, joga e deixa jogar.

Para o torcedor isso não é novo. Já há algum tempo o Ceilândia tem essa característica. Foi assim que foi campeão em 2010: com um time forte defensivamente e que aproveita as poucas oportunidades de gol que tem.  Um dos problemas nesse início, é que o time tem desperdiçado muitas chances de gol. No mais, o  Ceilândia é um time eficiente e vive feliz assim, sem crise de identidade.

O resultado diante do Luziânia não foi bom. Em casa o CEC tem sempre que fazer o resultado. O que teve de bom foi a constatação de que não se chega facilmente à defesa do Ceilândia. Pedro foi pouco exigido. Nas vezes que o foi, apresentou-se bem.

Ricardo Oliveira acerta o posicionamento de Gustavo: sem tempo para surtir efeito
Ricardo Oliveira acerta o posicionamento de Gustavo: sem tempo para surtir efeito

O Técnico Ricardo Oliveira também mostrou qualidades. Identificou muito bem a razão do domínio adversário e corrigiu o desequilíbrio a tempo. Só não contava que num lance fortuito, mas nem por isso fantástico, o Luziânia chegasse ao empate.

Para a partida contra o Dom Pedro espera-se que o Ceilândia não fuja às suas características. Espera-se também que os meias ofensivos e atacantes entrem em sintonia com o sistema defensivo e passe a ganhar os mano-a-mano. Cassius e China não fizeram boa partida contra o Luziânia. A razão é simples: aquela foi uma verdadeira partida de campeonato. Com Dimba, que não jogou contra o Luziânia, fica mais fácil. No mais,  o CEC mostrou contra o Luziânia que, ainda que precise melhorar tecnicamente, em disposição ninguém ganha do Gato .

Enquanto isso, Iranildo trabalha para ficar em condições e quem sabe jogar alguns minutos contra o Dom Pedro, ao passo que Darci ainda se recupera de lesão na panturrilha.

Rogerinho marca para o Gato: empate no primeiro turno

Tropeço no Abadião: 1 x 1

A defesa mostrou que não falta disposição
A defesa mostrou que não falta disposição

O Ceilândia não conseguiu vencer o Luziânia em partida válida pela segunda rodada do primeiro turno do Campeonato Metropolitano 2012 (Taça JK). Diferente das outras partidas realizadas este ano, pode-se dizer que Ceilândia e Luziânia foi uma verdadeira partida de futebol. A cobrança em torno do resultado é muito mais fruto da expectativa gerada por uma equipe que deseja ser campeão e não pode perder ponto em casa.

Na maior parte do tempo  o Luziânia tomou a iniciativa do jogo, mas não foi jogo de uma equipe só. Houve diversas alternâncias no decorrer da partida, o que a deixou interessante para quem a assistia. Dimba não jogou.

Rogerinho comemora: CEC tropeçou em casa
Rogerinho comemora: CEC tropeçou em casa

Nem bem o jogo começou e o lateral Gustavo foi à linha de fundo e cruzou para Rogerinho abrir o marcador.  Nos próximos minutos o Ceilândia foi melhor, mas o Luziânia rapidamente tomou as rédeas da partida.  Ao tomar as rédeas da partida não signifca que o Luziânia levava perigo à meta do Ceilândia. Não, na verdade o Ceilândia se defendia e era perigoso nos contra-ataques.

O problema é que aos poucos se percebia que o meio de campo do Ceilândia nao sabia como se portar diante da movimentação do meio de campo do Luziânia. Aos 15 minutos parecia que o gol do Luziânia seria apenas uma questão de tempo. O meio de campo do CEC marcava mal. Estava óbvio que a rotação exercida pela lateral esquerda do Luziânia confundia os volantes do Ceilândia que saiam para dar combate mais à frente, deixando as costas desguarnecidas.

André Oliveira: volantes bem defensivamente, mas com problemas na saída de bola
André Oliveira: volantes bem defensivamente, mas com problemas na saída de bola

Ricardo Oliveira aproveitou que a bola parou antes da cobrança de escanteio e chamou Gustavo para pedir que fechasse o corredor, batendo ala com ala. Pena que não deu tempo. Na cobrança do escanteio, Zé Ricarte mandou uma bomba no canto esquerdo de Pedro e empatou a partida.

Veio o segundo tempo e o CEC voltou melhor. Na verdade o segundo tempo foi mais equilibrado, com as equipes se alternando no domínio da partida. O CEC poderia ter marcado o segundo se Tety não tivesse errado um gol aos 2 minutos do segundo tempo.

Pedro: defesa importante no primeiro tempo
Pedro: defesa importante no primeiro tempo

Foi uma boa partida de futebol, mas revelou detalhes que incomodam. Em boa parte das iniciativas do CEC,  era o zagueiro Badhuga quem tinha que iniciar a jogada. Em ao menos duas dessas jogadas o CEC cedeu contra-ataques perigosos ao adversário. Outro detalhe que incomodou foi o número excessivo de passes errados executados pelos volantes do Gato. Sabe-se que no futebol nem sempre o erro que se vê é o erro que ocorre. No caso dos problemas do meio de campo estava óbvio que a mudança de posicionamento de Gustavo devolveu equilíbrio ao CEC, por exemplo.

Outro detalhe que incomodou foi o fato de o CEC não ganhar disputas no mano-a-mano no campo ofensivo. Ao CEC parece que falta atacar com a mesma disposição com que defende. O sistema defensivo do CEC pode ter uma série de defeitos, mas mostrou que ninguém entra na área do CEC com facilidade ou completa uma jogada inteiro. De qualquer sorte, o resultado foi ruim, mas ficaram lições importantes.

O CEC jogou com Pedro, Gustavo, Badhuga, Panda, Liel e Wallison (Anchieta); Daniel, André Oliveira (Thiago Eciene), Rogerinho; Cassius (China) e Tety.

CEC completa o elenco

Maurício estreiou longe da forma ideal: falta força física
Maurício estreiou longe da forma ideal: falta força física

A vitória sobre o Legião retirou um pouco da pressão que o CEC vivia antes da estréia. A avaliação geral foi a de que, embora melhor o jogo inteiro, o CEC foi um time confuso e que a partida em si não permitiu uma correta avaliação do desempenho da equipe.

Pesaram por um lado as condições do gramado e por outro o próprio estágio de preparação do Legião. O gramado estéticamente estava horrível, com enormes manchas de areia, e o Legião estava visivelmente sem conjunto.

A enorme quantidade de gols perdidos pelos jogadores do Gato foi debitada ao estado do gramado.  Tirando Dimba que é  infalível no último toque, os demais jogadores demonstraram ansiedade na hora de concluir. Mesmo assim, o artilheiro teve dificuldades para dominar a bola em meio à areia e também perdeu oportunidades. De algum modo a dificuldade no um contra o goleiro foi entendida como natural porque os jogadores ainda estão fora do ritmo ideal de jogo.

Dimba: eficiente no último toque
Dimba: eficiente no último toque

O técnico Ricardo Oliveira disse ao SiteCEC nesta semana que precisa fazer adequações no elenco. Na leitura do SiteCEC, fazer adequações implica dispensar jogadores e contratar outros novos.  O gerente de futebol Adelson de Almeida disse que está difícil contratar porque está difícil encontrar atletas de qualidade e que estejam livres no mercado. Uma opção surgiu com a desistência do Brasília em disputar o campeonato. Atento, o CEC cuidou em trazer Claudionor, atacante, Diego Marangon, volante; Gustavo, lateral-direito  e Felipe para complementar o seu elenco.

Para enfrentar o Luziânia os atletas estão convictos que precisam mostrar mais do que mostraram contra o Legião. O time do Luziânia vem de vitória e provavelmente vai explorar os erros do Gato. A missão do Ceilândia contra o Luziânia não permite erros.