A análise que será feita não é exaustiva e não desconhece que os jogadores se empenham. A questão talvez não seja empenhar-se, mas o quanto se empenha antes, durante e depois do jogo. Não se pode fechar os olhos para muitos problemas apresentados pelo Ceilândia. O Gato é forte na defesa. Isso pode ser verdade, mas não apaga o fato de que o Ceilândia precisa se reinventar se quiser passar pelo Brasília.
- O CEC perde a bola na intermediária média de defesa adversária. O problema é que recupera na intermediária baixa de sua própria defesa. Dá sempre a impressão que está sendo dominado, o que nem sempre é verdade. Apenas gosta de viver perigosamente.
2. Os adversários alternam marcação alta e marcação na intermediária. O CEC fica tocando de lateral para lateral sem objetividade até que o adversário sobe a marcação e o CEC apela para o chutão (Nos últimos jogos, Wallace foi desarmado duas vezes! Culpa dele? Não necessariamente.) Se é para dar chutão que seja dado logo!
3. Os atacantes do CEC basicamente só tem função ofensiva. O CEC não retoma a bola no campo de defesa do adversário. Contra o Formosa, isso aconteceu apenas uma vez, com Didão, aos 22 min.
4. Os meias, Allan Dellon e Filipe, mais Wisman, não tem funções defensivas definidas (e nem ofensivas), são poupados num esquema que sacrifica a defesa.
5. Wisman voltou contra o Formosa, mas nem de longe apresentou o futebol que jogou contra o Brasília. Pareceu apático quando é um jogador impulsivo… a atuação dele particularmente e do time como um todo assustou. Por falha dos jogadores ou da comissão técnica, o banco não tem sido utilizado e quando é utilizado não tem funcionado.
6. De positivo, Gabriel entrou bem na lateral direita. Pode parecer injusto com Gabriel, mas não se sabe o quanto que é merito dele e o quanto é incompetência do adversário.
7. Nos últimos 8 jogos, apenas dois gols com bola rolando!
8. Ceilândia não segura a bola no ataque. É um time dividido entre ataque e defesa. Como a defesa sabe que a bola bate e volta, nem se dá ao trabalho de subir.
9. O ataque como sabe que não tem apoio e normalmente nem tem a oportunidade de prender a bola. A bola bate e volta com velocidade… por isso que o CEC está sempre correndo atrás do adversário (e haja cartões!). Os meias, como sabem que o time está dividido, tentam carregar a bola. Os volantes tem duas opções: chutão ou carregar a bola… está difícil. O Ceilândia não é um time solidário. Isso pode ser reflexo do “fora de campo”.
10. O Ceilândia não recupera a segunda bola. Como toda bola vai no referência, não se sabe a razão pela qual Allan Dellon, Wisman e Filipe não desempenham outras funções. Uma leitura de “Guardiola Essencial” talvez fosse útil…