CEC passa sufoco até contra times muito inferiores

Pesadelo em Ceilândia: Dez erros assustadores do Gato Preto

A análise que será feita não é exaustiva e não desconhece que os jogadores se empenham. A questão talvez não seja empenhar-se, mas o quanto se empenha antes, durante e depois do jogo.  Não se pode fechar os olhos para muitos problemas apresentados pelo Ceilândia.  O Gato é forte na defesa. Isso pode ser verdade, mas não apaga o fato de que o Ceilândia precisa se reinventar se quiser passar pelo Brasília.

recuperando
Ceilândia consegue conter o adversário próximo de sua meta, mas é desarmado na intermediária de defesa do adversário.
  1. O CEC perde a bola na intermediária média de defesa adversária. O problema é que recupera na intermediária baixa de sua própria defesa. Dá sempre a impressão que está sendo dominado, o que nem sempre é verdade. Apenas gosta de viver perigosamente.
perdendo
Ceilândia é desarmado longe do gol adversário, mas só consegue conter próximo de sua meta

2. Os adversários alternam marcação alta e marcação na intermediária. O CEC fica tocando de lateral para lateral sem objetividade até que o adversário sobe a marcação e o CEC apela para o chutão (Nos últimos jogos, Wallace foi desarmado duas vezes! Culpa dele? Não necessariamente.) Se é para dar chutão que seja dado logo!

Não importa. Seja Chefe, seja com Cassius, o Ceilândia é um time dividido
Não importa. Seja Chefe, seja com Cassius, o Ceilândia é um time dividido

3. Os atacantes do CEC basicamente só tem função ofensiva. O CEC não retoma a bola no campo de defesa do adversário. Contra o Formosa, isso aconteceu apenas uma vez, com Didão, aos 22 min.

Filipe corre atrás do adversário. Meias e ataque marcam mal...
Filipe corre atrás do adversário. Meias e ataque marcam mal…

4. Os meias, Allan Dellon e Filipe, mais Wisman,  não tem funções defensivas definidas (e nem ofensivas), são poupados num esquema que sacrifica a defesa.

Ceilândia bate na defesa do adversário e recomeça... o que pode ser normal, no caso do Ceilândia está cada vez mais perigoso
Ceilândia bate na defesa do adversário e recomeça… o que pode ser normal, no caso do Ceilândia está cada vez mais perigoso

5. Wisman voltou contra o Formosa, mas  nem de longe apresentou o futebol que jogou contra o Brasília. Pareceu apático quando é um jogador impulsivo… a atuação dele particularmente e do time como um todo assustou. Por falha dos jogadores ou da comissão técnica, o banco não tem sido utilizado e quando é utilizado não tem funcionado.

Banco é a esperança, mas também não tem correspondido
Banco é a esperança, mas também não tem correspondido. O problema não pode ser apenas dos jogadores.

6. De positivo, Gabriel entrou bem na lateral direita. Pode parecer injusto com Gabriel,  mas não se sabe o quanto que é merito dele e o quanto é incompetência do adversário.

saída de bola manjada e insegura
saída de bola manjada e insegura. O adversário vai pressionar e o CEC apelar para o chutão.

7.  Nos últimos 8 jogos, apenas dois gols com bola rolando!

Volantes conduzem a bola: perigo constante
Volantes conduzem a bola: perigo constante na saída de bola. CEC não segura a bola no ataque.

8.  Ceilândia não segura a bola no ataque. É um time dividido entre ataque e defesa. Como a defesa sabe que a bola bate e volta, nem se dá ao trabalho de subir.

Chefe luta contra os adversários. O único companheiro que aparece, aparece marcado
Chefe luta contra os adversários. O único companheiro que aparece, aparece marcado

9. O ataque como sabe que não tem apoio e normalmente nem tem a oportunidade de prender a bola. A bola bate e volta com velocidade… por isso que o CEC está sempre correndo atrás do adversário (e haja cartões!). Os meias, como sabem que o time está dividido, tentam carregar a bola. Os volantes tem duas opções: chutão ou carregar a bola… está difícil. O Ceilândia não é um time solidário. Isso pode ser reflexo do “fora de campo”.

CEC passa sufoco até contra times muito inferiores
CEC passa sufoco até contra times muito inferiores

10. O Ceilândia não recupera a segunda bola. Como toda bola vai no referência, não se sabe a razão pela qual Allan Dellon, Wisman e Filipe não desempenham outras funções. Uma leitura de “Guardiola Essencial” talvez fosse útil…