Em 2010, o Ceilândia liderou o seu grupo da primeira à penúltima rodada. Entrou na última rodada precisando de um empate. Se derrotado, ainda assim se classificaria, desde que o Araguaína (Tocantins, não confundir com o adversário deste final de semana), não vencesse o Botafogo-DF.
O time entrou em campo acomodado e perdeu para o Brasilia por 2 x 0. O Araguaína venceu e o Ceilândia foi eliminado ainda na fase de classificação.
Em 2012, a história foi diferente, apenas em parte. O Ceilândia entrou nas últimas duas rodadas já classificado. Relaxou na reta final, perdeu os dois últimos jogos e a primeira colocação do grupo. O relaxamento cobrou seu preço também nas semifinais da região centro-sul.
A Série D, o Ceilândia sabe, não é fácil.
Para o jogo deste domingo, o Gato Preto não pode se dar ao luxo de perder. O elenco montado demonstrou que possui qualidades técnicas para avançar à segunda fase. Falta demonstrar que é capaz de transformar essa qualidade em resultados dentro de campo.
Adelson de Almeida a princípio não tem problemas de ordem física. Do ponto de vista do espectador, o Ceilândia foi bem contra a Aparecidense e proporcionou um bom jogo. Para a Série D, todavia, o que importa é o resultado.
Para a Comissão Técnica alguns ajustes precisam ser feitos na movimentação, principalmente no ataque. Gilvan não encontrou a sincronia com Willian e Matheusinho. Tem recebido a bola de costas para o gol, sem condições de concluir.
Adelson sabe que o time melhorou o volume de jogo, mas ainda tem problema na última bola. O fato é que, ofensivamente, o time precisa de pequenos ajustes, desde que esses ajustes não comprometam o sistema defensivo.
A necessidade de resultado pressiona, mas não é o fim do mundo. O que o Ceilândia queria evitar era entrar na última rodada pressionado. A derrota diante da Aparecidense tornou isso um fato inconteste: o Ceilândia terá que lutar pela vaga até a última rodada.