
Os poucos e fiéis torcedores do Ceilândia viram um jogo eletrizante na tarde deste sábado. Depois do sonolento empate diante do Brasiliense, o Ceilândia enfrentou um Paracatu que mostrou, logo nos primeiros movimentos, que viria para o jogo.

O Ceilândia não se deixou intimidar e, como poucas vezes fizera nesse campeonato, fazia a transição da defesa para o ataque com consciência e qualidade. O Paracatu investia na progressão em velocidade.
Não demorou para que um outro personagem aparecesse no jogo: a arbitragem. Os primeiros movimentos demonstravam que o bom time do Paracatu não apenas joga futebol, mas também pressiona a arbitragem a cada lance. Rafael Diniz se perdeu quando aceitou a pressão dos jogadores do Paracatu.

Cada lance era motivo de reclamação, na maior parte das vezes sem motivo. Ficou pior quando Felipe Cirne mereceu um cartão amarelo quando, embora sem a intenção, acertou um jogador do Paracatu na disputa de bola. Rafal Diniz não aplicou. O Ceilândia também se sentiu no direito de reclamar e daí para a frente o jogo se desenvolveu em um clima de tensão que poderia ter sido evitado.

O primeiro tempo também teve futebol. Com a bola rolando, o Ceilândia foi melhor. Artur não teve trabalho.Enquanto isso, Felipe Cirne deu mostras do que viria no segundo tempo. Na primeira vez, serviu Romarinho para que a defesa do Paracatu salvasse sobre a linha. Na segunda, ele próprio quase marcou para o Ceilândia.

O primeiro tempo terminou sem gols. Destaque negativo para arbitragem, frouxa disciplinarmente. Tecnicamente, o erro mais grave foi não marcar um penalti claro para o Ceilândia quando Michel foi seguro dentro da área.

O intervalo foi um show de horrores. Algo que se imaginava superado no futebol do DF e não vale a pena ser mencionado.
A confusão do intervalo tirou a concentração do Ceilândia. O Paracatu voltou melhor e teve duas oportunidades seguidas para abrir o marcador. Na primeira, a trave salvou o Ceilândia. Na segunda, o travessão. Em ambas, brilhou a estrela de Artur.

O jogo era melhor jogado que no primeiro tempo. Rafael Diniz retomara o controle do jogo e a arbitragem era melhor.
Refeito do susto dos minutos iniciais, o Ceilândia retomou a iniciativa do jogo e poderia ter saído na frente quando Felipe Cirne arriscou de fora da área, o goleiro salvou e a bola ainda tocou na trave.

O Ceilândia manteve-se com a iniciativa do jogo até os 25. Foi aí que Filipe Cirne cobrou escanteio na cabeça de Emerson Martins. O volante subiu sozinho no meio da área do Paracatu e cabeceou para fazer Ceilândia 1 x 0.
Com a desvantagem, o Paracatu foi para cima do Ceilândia. O Gato Preto controlou as ações do adversário, mas ao menos em duas oportunidades o Paracatu poderia ter empatado. Em ambas, faltou pontaria.

O Ceilândia era um time consciente e também poderia ter ampliado. Como espetáculo, foi um jogo muito bom de assistir. O futebol tem a sua lógica e poder-se-á questionar as chances criadas pelo adversário.
No final, a vitória devolve o Ceilândia à contra Gama e Brasiliense pelo topo da tabela. Os poucos e fiéis torcedores do Ceilândia comemoraram a vitória. O time mostrou que pode vencer grandes jogos.