O Ceilândia não esteve mal diante do Gama. A maior parte da torcida discorda e tem uma série de argumentos para firmar essa convicção. Não há a pretensão de ser o dono da verdade, mas apenas de debater visões opostas.
O primeiro tempo foi igual. O Gama começou melhor, mas Victor não trabalhou. Parava na intermediária. No cômputo geral, o Ceilândia teve ao menos duas situações de gol, ambas com Murilo, que também apareceu em chute da entrada da área.
O problema veio no segundo tempo. Das duas, uma:
a) Ou Vilson Tadei arrumou o lado esquerdo da defesa do Gama, por onde Murilo, Helinho e Gago conseguiam infiltração
b) Ou o Ceilândia optou ou foi forçado a jogar pela direita de defesa do Gama.
O fato é que o Ceilândia não criou jogadas de gol como no primeiro. Não estamos dizendo que no primeiro tempo foram claras situações de gol, mas que Murilo chegou ao menos duas vezes em condições de chutar, chegou. E isso é um avanço considerado com jogos anteriores. Chegar ao gol adversário em jogadas estruturadas.
O gol do Gama foi aos 12. Até então o Ceilândia sequer conseguira tocar passes. É verdade. Também é verdade que a bola no travessão veio em cobrança de falta discutível, mas que os árbitros marcam. Nunes dá muito trabalho. E isso ocorreria.
Também é verdade que após o gol o Ceilândia foi para cima do Gama. Criou situações claras de gol? Não, não criou. As melhores oportunidades no segundo tempo foram do Gama. Não se pretende tapar o sol com a peneira.
É uma questão de consistência e intensidade… o Ceilândia tem tido dificuldade para ganhar consistência ofensiva e, em menor proporção, defensiva. E não se pode falar em intensidade sem antes ganhar essa consistência.
Quem viu todos os jogos sabia que o Ceilândia não estava no mesmo nível de consistência defensiva e ofensiva que o Gama. Nesse particular o resultado não surpreende.
Quem viu todos os jogos sabe que não estamos no mesmo nível de Gama e Brasiliense. Estamos acima dos níveis de alguns concorrentes e e no mesmo nível dos demais… mas há uma diferença: a camisa! Aqui ainda é Ceilândia!