
O Ceilândia mostrou um relaxamento em Dourados que não pode se repetir. Há uma série de justitificativas para tal comportamento. A verdade é que todas as justificativas podem ser compreendidas, mas no ambiente esportivo nenhuma delas pode ser aceita.
O Ceilândia entrou em campo classificado. Se perdesse a partida ainda assim teria uma nova chance de garantir a primeira colocação do grupo e o time ficara quinze dias sem jogar. Os vencedores comemoram, os perdedores justificam. O problema é que não se pode aceitar que o time jogue de maneira tão dispersa quanto jogou em Dourados.

Na saída do jogo, pode-se perceber os jogadores estavam chateados com a derrota. Liel chegou a bater boca com um torcedor do CENE. Parece claro que não faltou compromisso, mas com certeza parece que a maneira como o time jogou reflete no mínimo uma preparação mental inadequada durante os dias que antecederam.
O Ceilândia marcou muito mal. Há tempos o time não marcava tão mal, desde o jogo contra a Anapolina, ainda na fase de preparação. Uma das boas características do Ceilândia no campeonato local foi a de que diminuir os espaços e impedir que o adversário progredisse livremente até a sua intermediária. Na partida deste domingo, contra o CENE, o Ceilândia simplicou: recuou até a intermediária e ainda assim deixou espaço entre os volantes!

No ataque o time também foi disperso. É verdade que Allan Dellon é um jogador sacrificado no esquema adotado. Isso exige mais participação de Didão e dos laterais. Infelizmente, pareceu que o CENE sabia exatamente como o Ceilândia jogaria.
Poderiam dizer, e seria verdade, que o Ceilândia dominou boa parte do jogo. É verdade, o Ceilândia dominou boa parte do jogo, mas era um time sem interesse, sem vida. As alterações não funcionaram.

Domingo o Ceilândia decide o primeiro lugar do grupo. Depois, fará a semi-final do grupo Centro-Sudeste da D Nacional. Não há muito o que ser mudado. O time alcançou uma maneira de jogar e não há tempo para mudar.
A preocupação é apenas uma: não há mais tempo para jogar com a sorte. Não dá para ser campeão apenas com o charme irresistível.
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