O futebol tem razões que a própria razão desconhece. Só isso explica o que aconteceu no Bezerrão na noite deste sábado.
Ceilândia e Gama entraram em campo naquele que seria o septuagésimo primeiro confronto entre dois dos mais tradicionais times do Distrito Federal. Em campo mais tradição que rivalidade.
O Gama não vencia o Ceilândia desde 2010. Jogando em sua casa, a escrita era ainda maior: desde 4 de fevereiro de 2009.
Nos primeiros movimentos, o Gama mostrou que não cederia a vitória facilmente. Falta brusca que o árbitro considerou como normal.
O Gama começou melhor, insinuante pela esquerda de defesa alvinegra. A defesa alvinegra comportou-se bem e a cada ataque perigoso do Gama correspondia um ataque perigoso do Ceilândia.
Aos 4 minutos, lance que mudaria a história do jogo. Renato pediu falta, a defesa do Ceilândia parou e Moisés recebeu em profundidade para fazer Gama 1 x 0.
A partir de então o Ceilândia foi aos poucos assumindo o controle do jogo. Aos 12 minutos, empatou com gol de Badhuga.
Depois do gol de empate o Ceilândia controlou a partida. Se é fato que o só dava Ceilândia, é fato também que esse domínio não se transformou em situações claras de gol.
Veio o segundo tempo e de novo o Gama começou melhor. Aos poucos o CEC equilibrou o jogo e passou a mandar na partida. O Gama, diferente do primeiro tempo, sequer chegava a ameaçar a meta alvinegra e a torcida alviverde questionava seus jogadores e o técnico.
O Ceilândia, por sua vez, ameaçava, ameaçava, mas não convertia as situações em gol. O futebol castiga.
Aos 24 minutos, chute de muito longe. Bola molhada e Dennys rebate. Aloisio chega para concluir, Dennys corajosamente se atira aos pés do atacante. A bola bate no corpo de Dennys, sobe e mansamente alcança as redes. Gama 2 x 1.
Não deu nem tempo de se preparar para buscar o empate. Quatro minutos depois, cobrança de falta de longa distância, a zaga falha e Aloisio desvia para o fundo do gol.
Daí em diante só deu Ceilândia. O Gama defendia como podia. Não deu. Nos minutos finais, o árbitro interrompeu ataque perigoso do Ceilândia para expulsar Aloisio. Minutos depois foi a vez de outro jogador Gamense ser expulso, Juninho.
O CEC ainda esteve perto de diminuir com Vitor por duas oportunidades. Na primeira, Max salvou. Na segunda, a bola parou na trave. Não deu.
Foi uma bela partida de futebol. Pena que o alvinegro tenha perdido. Agora as chances de classificação são muito pequenas.