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O nome dela é Herika! Destaque do Ceilândia em 2020

Katyelle foi escolhida como destaque do Ceilandia em 2019 pelo CeilandiaEC Torcedor

Pelo segundo ano consecutivo o destaque do futebol do Ceilândia é uma mulher. O time masculino não foi bem em 2019 e em 2020. Restou ao time feminino, em 2019, realizar bela campanha. Difícil foi escolher o destaque do time feminino. No final das contas, para o CeilandiaEC Torcedor, pesaram os gols. Katyelle  fez 12 gols e foi o destaque num time estrelado.

Em 2020, o masculino fez um campanha catastrófica. Cada derrota foi a pior derrota da história do Ceilândia diante do adversário.  Já o time feminino entrou na competição sabendo que era o patinho feio. O time feminino é amador e sabia que seria impossível competir de igual para igual contra times com estrutura profissional.

Alessandra foi uma boa surpresa em 2020. 

As jogadoras do Ceilândia fizeram a campanha possível. Terminaram em 4o lugar, mas em nenhum momento foi páreo para Real, o campeão, para o Minas e para o Cresspom. De qualquer sorte foi gratificante ver novos talentos. Do time que jogou a decisão do 3o lugar, 9 jogadoras contavam 22 ou menos anos de idade. 

No final, a grande dúvida estava entre a eterna goleira Valéria com seus 23 anos de idade e Herika, 26. Também foram lembradas a sempre regular Alessandra, 22 anos, e Erika, 20 anos. Essas últimas evoluíram demais!

O CeilandiaEC Torcedor optou por Herika. A razão é simples. Herika mostrou desde o início que seria a referência técnica e física do time. Movimentos maduros e uma boa capacidade para ler o jogo, Herika poderia ter rendido mais, mas o time não a acompanhava física e tecnicamente.

Valeria salvou o Ceilândia em diversos momentos. Crédito: @galeranafoto

Herika está no Ceilândia desde o ano passado. No total jogou em 9 partidas com 4 gols marcados, 3 deles em 2019 e apenas 1 em 2020. Caso o Ceilândia consiga montar uma estrutura compatível com a nova realidade feminina do futebol do DF, Herika não pode faltar.

Ao final, uma palavra para a Comissão Técnica. Ailton Roriz e Dani Mendes realizaram o trabalho possível. A rigor o Ceilândia possuía as mesmas armas que os adversários. Na média, as jogadoras do Ceilândia não estavam a dever para as jogadoras de Real, Minas e Cresspom. Faltava, como faltou ao Ceilândia, dedicação em tempo integral tanto das jogadoras quanto da comissão técnica. Insiste-se, o time feminino não é profissional.

Herika foi o destaque alvinegro em 2020. 

A falta de dedicação em tempo integral separou o campeonato em 2 grupos. Aqueles que treinavam 3 ou menos horas na semana iriam enfrentar aqueles que treinavam no mínimo 15 horas na semana. Isso faz muita diferença do ponto de vista da evolução físico, técnica e tática.

Se o Ceilândia quiser competir em 2021, não poderá montar o time às vésperas da competição. Será preciso espelhar o máximo possível a programação de Minas e Real, que estão na A1 do Brasileirão, e Cresspom, que tomou a vaga do Ceilândia na A2 do Brasileirão. A pressão está com Moacir Junior e equipe, responsáveis pelo time feminino do Ceilândia. Vai ser possível? O tempo dirá.