
O futebol é perverso. Dizem que talvez por isso seja apaixonante… mas não deixa de ser perverso.
Os torcedores que foram ao Regional na tarde chuvosa deste sábado, presenciaram um belo jogo de futebol.

No final, o empate em 2 x 2 pode ter sido justo pelo que as duas equipes apresentaram em campo, mas foi injusto para Edmar, o goleiro do Luziânia.
Foi de fato um belo jogo de futebol. As duas equipes jogaram para a frente, num jogo limpo e, porque não dizer, bem jogado. Teve tudo que um belo jogo precisa: gols, polêmica, momentos heroicos e uma enorme parcela de drama.

O Ceilândia começou melhor. Não deu tempo para o Luziânia se assentar em campo e Badhuga fez 1×0 para o Gato Preto logo aos 8 minutos.
Após o gol, o CEC continuou melhor. Chefe perdeu boa oportunidade de ampliar o marcador.

A regra diz que quem não faz, leva. Não demorou muito e Rodriguinho empatou para o Luziânia.
Após o gol, o Luziânia manteve-se melhor. Era um time mais consistente. Compacto, o azulão impunha enormes dificuldades ao Ceilândia. O Gato Preto era valente, mas, no geral, a consistência do Luziânia se impunha.

Veio o segundo tempo e o panorama não mudou. O Luziânia com um jogo mais consistente, compacto… e o Ceilândia abusando no erro de passes. Sandro, Wallace, Dudu erravam passes fáceis. Allan Dellon errava o último passe, normalmente mais difícil.

O jogo seguia igual até os 31 quando Daniel desviou de cabeça falta cobrada da lateral esquerda de defesa alvinegra.
Após o gol, o Ceilândia tentou pressionar o Luziânia. No fundo faltava inspiração, mas o Gato sempre foi valente. Ser valente, normalmente, não é suficiente. É preciso jogar futebol… e ter sorte.

Adelson, antes mesmo de sofrer o segundo gol, sentiu a necessidade de mudar. Maninho assistiu da linha de campo, aguardando o sinal para entrar, o segundo gol do Luziânia. Wesley e Romarinho entraram também, mas pouco produziram.

No apagar das luzes, Maninho tentou lançar Chefe. O passe não saiu como queria. Edmar saiu para a defesa fácil… a bola quicou… e encobriu Edmar. Gol do Ceilândia: 2 x 2
A crueldade do lance espelha bem o que um jogo de futebol. O jogo mostra bem o que é o futebol. O Luziânia é um time mais humilde que o Ceilândia. Joga simples, compacto, objetivo… erra pouco.

O Ceilândia tem um quê de superioridade e precisa dar menos chance para o azar.
No final do jogo, Adelson de Almeida estava contrariado. Apesar de dizer que empate seria o resultado mais justo, Adelson admitiu que o gol do empate se deveu mais ao acaso que méritos do alvinegro.
O resultado teoricamente derrubou o Ceilândia para a quarta posição na tabela de classificação. Pouco, segundo Adelson, para a soberba alvinegra.