O Ceilândia é um time pragmático. Ao longo da competição sempre jogou o que precisava jogar.
Para a decisão deste sábado, precisando de três gols de diferença para levar o título Candango de 2016, o Ceilândia sabe que terá que jogar como jamais jogou neste campeonato. Uma dura missão para o elenco mais qualificado da competição, mas cujos resultados em campo estão longe de representar essa qualificação.
A verdade pode doer, mas é preferível a verdade… sempre. Há quem torça para jogadores, por diretores, por funcionários.
Há quem torça para o Ceilândia Esporte Clube, alguns desde 1979: assistiram, em campo, debaixo de sol ou de chuva, mais da metade dos 739 jogos oficiais da equipe, não importando quem fosse o presidente, o técnico, o jogador ou o roupeiro.
A vantagem do Luziânia é enorme em todos os aspectos, mas isso não impressiona o Ceilândia: O Gato Preto sempre jogou pensando na competição, acreditando que, nos momentos decisivos, faria o que precisaria ser feito.
Além da diferença de gols conquistada no primeiro jogo, o time do entorno sul foi mais constante que o Ceilândia ao longo de toda a competição. A diferença de vitórias talvez explique muito das críticas feitas ao Ceilândia: o Luziânia tem 9 vitórias em 16 jogos, quase o dobro do Ceilândia que tem 5. São 34 pontos conquistados contra 24 do Gato Preto. Nos últimos 4 confrontos diretos, 2 vitórias do Luziânia e 2 empates.
O Ceilândia, todavia, está na final. Nos jogos finais aumentou o volume de jogo com as chegadas de Bruno Morais e Claudecir. Isso não se materializou em resultados: são dois empates, duas derrotas e apenas uma vitória, com dois gols marcados e quatro sofridos.
O time cai no segundo tempo, mas o volume de jogo diante do Luziânia no primeiro tempo do último sábado dá alguma esperança.
O trabalho da semana foi bom e dá esperanças, mas é preciso saber que tarefa é apenas difícil, não impossível.
Adelson deve mexer no time. Todos sabem do que Léo, Gabriel, Badhuga, Wallace, Mário Henrique, Liel, Didão, Klécio, Allan Dellon, Bruno Morais e Claudecir são capazes e do que precisam fazer. Terão que se doar como nunca, jogar como nunca, lutar como nunca. A final se aproxima…