
Os campos de terra de Ceilândia do final da década dos anos 90 e início dos anos 2000 possuíam uma referência na categoria juvenil: o time do Jardim, formado, na sua essência, por jogadores da base do Gama.
Dentre esses meninos havia um que se destacava em especial: criado pela avó e com o apoio financeiro da tia, Divani, ao lado dos primos Diego e Erica, Daniel era uma referência.

Dez anos se passaram até aquele 20 de janeiro de 2010. O Ceilândia fora mal diante do Gama e perdera em casa por 3 x0. Adelson de Almeira resolveu mexer no time e promoveu a entrada daquele volante de cabelos espalhafatosos e de um vigor impressionante.
O jogo terminou empatado em 0 x 0 e ali começava efetivamente a campanha de Daniel com a camisa alvinegra e a trajetória do Ceilândia para o seu primeiro título.

Daniel foi peça importante daquele time recheado de estrelas. Foi para o Brasiliense em 2011 onde se sagrou bicampeão candango.
Em 2012 voltou ao Ceilândia e, novamente, foi campeão candango, tricampeão para dizer a verdade.

Em 2013, Daniel fez a sua última temporada pelo Ceilândia. O sua última partida como titular foi contra o Botafogo. Daniel terminou a sua carreira no Ceilândia sem perder um jogo sequer entre março de 2012 a fevereiro de 2013, data de sua última partida pelo Gato Preto.
Em 2014, depois de 32 jogos oficiais com a camisa do Ceilândia, Daniel foi tentar a sorte em outros lugares e foi parar na Ceilandense.

Quis o destino que tudo terminasse tragicamente naquele 15 de maio de 2015.
Daniel não está mais entre nós. Fica a saudade de um nome que entra para a nossa história.