O Ceilândia tem algumas coisas a comemorar em 2016. A principal foi o retorno da torcida, ainda que tímido.
No futebol você precisa pensar grande para ser grande. Tão importante quanto pensar grande é parecer grande. Nesse contexto, convenhamos, o Abadião não ajuda nem um pouco a conquistar o respeito do adversário.
Setembro chegou e, com isso, a Série D já definiu os times que conseguiram o acesso. Havia uma certa torcida pelo Fluminense de Feira. Não porque eliminou o Ceilândia, mas por aquilo que se vira em Feira de Santana. Uma verdadeira festa. Um estádio com capacidade para 20 mil pessoas quase que completamente lotado. Enquanto isso, no Abadião…
Isso não seria um problema se a reforma do estádio, anunciada em 2015, tivesse saído do papel. Em 2013, foram dados os primeiros passos para que o Estádio Regional de Ceilândia tivesse a sua capacidade ampliada, dos atuais 3500 lugares para 7000 lugares.
Não se quer dizer, em hipótese alguma, que um estádio de 7000 lugares tornaria o Ceilândia um time grande. Há que se convir, contudo, que Ceilândia, com 500.000 habitantes e três times profissionais, merece muito mais que isso.
Acontece que o Abadião é hoje, dentre todos os estádios do DF, aquele que se mostra mais incompatível com a força do futebol da cidade.
A reforma, segundo anunciada, incluiria a demolição das atuais estruturas de vestiário e a construção de novos vestiários. O torcedor alvinegro, depois de 33 anos, enfim seria atendido: seriam construídos os lances da arquibancada oeste. O sol seria companheiro apenas daqueles que, por opção, ficassem na arquibancada leste.
A imprensa não foi esquecida com a construção de novas tribunas de imprensa. Além disso, estavam previstos novos banheiros públicos.
O fato é que, passados três anos, nada foi feito no Estádio Regional. Na verdade, isso não corresponde à realidade. O Distrito Federal diz ter realizado obras na arquibancada leste (!).
Não importa. O fato é que por incompetência ou descaso, ou ambos, as obras não aconteceram.