Futebol é um negócio complicado: fazendo tudo certo ainda pode dar errado. Os menor dos problemas pode desviar a atenção e, no final, a derrota não é propriedade do treinador, do jogador, torcedor, da direção… é de todos. Todos perdem… e o Ceilândia perdeu na estreia do Candangão 2017, mas 2017 está apenas começando. É preciso colocar os pés nos chão nesse momento, só isso… claro, sem perder de vista que há muito que melhorar.
O Ceilândia fez a sua estreia no Candangão 2017 e foi derrotado pelo Real por 1 x 0 na tarde deste sábado .Não foi a derrota em si que incomodou. Foi a forma como o time atuou. Claro que muito disso se deve ao gol marcado por Glauber, logo aos 2 minutos de jogo aproveitando um rebote debote dentro da área.
Muito modificado e cheio de improvisações, o Ceilândia foi completamente dominado pelo Real no primeiro tempo. O Real, principalmente pelo seu lado direito de ataque, com Dedê, Caio e Leo Santos simplesmente passeou em campo e deu muito trabalho à última linha defensiva do Ceilândia.
É verdade que Pedro não foi muito exigido, mas o fato é que havia a certeza de que se alguém fosse marcar um outro gol na partida esse alguém seria o Real.
O Ceilândia era valente. Apenas valentia não garante vitórias. É preciso jogar. O Ceilândia não conseguia.
Veio o segundo tempo e o Real controlou o jogo e o Ceilândia. É verdade que o Gato Preto melhorou com as mudanças de Adelson quando retornou Alcione e Helivelto para o meio, mas o Ceilândia era um time sem inspiração. O máximo que conseguia era alçar bolas na área, mas não havia quem as disputasse. O Ceilândia fazia força para jogar, o Real contentava-se em segurar o jogo.
Com isso, o Real controlou as ofensivas alvinegras e, se alguém esteve próximo de marcar foi o ex-Dom Pedro.
No final, o resultado traz uma nuvem de inquietação para os lados da Cidade do Gato. Todos sabem que as derrotas são muito mal digeridas por aquelas cercanias.
Obviamente que o Ceilândia não pode repetir atuações como as dos últimos jogos. Também não pode perder de perspectiva o fato de que a maior parte do elenco é qualificada e, de modo geral, não faltou luta. Noutra medida, não se pode esquecer que em três partidas o time foi incapaz de criar uma mísera situação clara de gol que resultasse do produto de um jogo estruturado.
Antes do jogo o técnico Adelson mostrava essa preocupação. Achava que o time precisaria de uns quatro jogos para ganhar corpo. O treinador tem razão em todos os aspectos: O Ceilândia ainda é um time em formação e isso ficou muito nítido na tarde deste sábado.
O problema é que, diferente do Candangão, os dois próximos jogos serão eliminatórios.