O Ceilândia termina 2019 sem motivos para comemorar. Há mais incertezas que certezas no ar. O Gato Preto começou o ano de 2018 com esperanças. Sem Adelson de Almeida, trouxe Jairo Araujo para ser o técnico. O elenco, apesar de não encher os olhos, no papel era um elenco suficiente para colocar o Ceilândia na disputa do título.
O que se viu no campeonato candango foi completamente diferente. As dificuldades de pagamento começaram logo no primeiro mês. A direção confiava no recebimento de um crédito judicial, mas a decisão judicial que a embasava fora anulada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O processo voltou para a primeira instância.
Alheio à falta de pagamentos, o elenco fazia o que era possível. Irregular, o Ceilândia acumulou 5 derrotas em apenas 11 jogos. O Gato Preto conseguiu a façanha de não se classificar para as quartas-de-final do Candangão 2019, quando avançavam 8 de 12 times.
Apesar de tudo, a torcida reconhece que os jogadores de 2019 fizeram o que era possível. Ao término do campeonato, o Ceilândia acumulava dívidas. As dívidas pressionam o Gato Preto desde a Série D de 2018. Sem dinheiro, o Ceilândia definha.
A realidade do Ceilândia não é diferente da realidade dos demais times do DF. Aqueles que não tem o suporte da prefeitura ou de um proprietário milionário estão sofrendo. Mesmo o Gama, único time que efetivamente pode contar com uma bilheteria que ajuda, mas não banca, a folha salarial, tem dificuldades.
O ano de 2019 está terminando. A diretoria mantém silêncio sobre o destino do Ceilândia. A única informação oficial está vinculada à nota divulgada há quase um mês.
O CeilândiaEC Torcedor, no único contato mantido com a direção, apurou que há diversos interessados em formar uma parceria. Na fala do presidente Ari de Almeida as negociações são complicadas. Este site compreende que há muitos aventureiros. De acordo com o Presidente, ao menos 7 propostas de parceria foram analisadas. Todas recusadas.
Enquanto isso, o tempo passada. falta menos de 1 mês para o campeonato. Não se sabe se o Ceilândia participará. Se não participar, o que resta é a certeza de que a morte do time que leva o nome da cidade será uma questão de tempo. Buscar causas ou responsáveis não resolve por agora os problemas do Ceilândia. O negócio, por enquanto, é torcer para a vinda de um parceiro. Depois, evitar os mesmos erros.