Antes de qualquer coisa é preciso que fique claro: o CeilândiaEC Torcedor reconhece o grande trabalho realizado pela direção, pela Comissão Técnica e pelas jogadoras. O propósito deste post é apenas evidenciar o que todos já sabem: Há uma nova ordem no futebol do Distrito Federal. Existe um novo modelo.
Não é necessário ser muito inteligente para perceber que o modelo amador morreu. O Paranoá exibiu um modelo completamente amador e em 5 jogos sofreu 75 gols, marcando apenas 1. Foram 4 derrotas com 2 dígitos de diferença.
Gama e Ceilândia tem o peso de suas camisas. O Ceilândia foi melhor que o Gama graças principalmente a sua organização fora de campo (vale dizer, direção e comissão técnica). Isso valeu a classificação alvinegra até a semifinal.
O problema é que na semifinal o Ceilândia enfrentaria adversários que estão em outro nível. Não é possível ganhar apenas com vontade. Agora é necessário ser profissional. Não é possível treinar 3 horas por semana e competir contra um time que treina 12, 15 ou 20 horas por semana. Não é possível dedicar 3 horas por semana e jogar contra jogadoras que se dedicam integralmente, 4 horas, 7 dias da semana.
A direção do Ceilândia Feminino sabe disto e tem limitações financeiras para dar o salto necessário. Treinar em 1 período todos os dias da semana eleva os custos consideravalmente. Isso implica exigir dedicação em tempo integral das atletas e isso também aumenta os custos consideravelmente
Do lado das atletas, é necessário exigir uma mentalidade profissional que nem todas tem e algumas se recusam a aceitar. A velha escola morreu e não é páreo para as jogadoras profissionais de Minas e Real e para a estrutura do Cresspom (que fez um belo trabalho em 2021, mas ainda não é páreo para Minas e Real).
O resultado de ontem, Minas 9×1 Ceilândia, foi o pior resultado do feminino na história recente do Ceilândia. O resultado em si demonstra a diferença, nunca negada, entre os projetos. No primeiro tempo o Minas vencia por 4×0 (Marcella 2, Jessica e Laine). No segundo tempo fez mais 5 (Marcella 3, Erika, Isadora e Ana Keyla) e o Ceilândia fez o gol de honra com Erika Cordeiro, de falta.
O campeonato prevê dois jogos a mais, disputa pelo terceiro lugar. O terceiro lugar pode valer uma vaga na Série A2 do Brasileiro, caso o Real consiga sacramentar a classificação muito provável para a A1.