No início do Século XXI, o Ceilândia era uma força intermediária do Futebol Candango. Na época, o CFZ dominava o cenário do futebol feminino local. O Apollo, campeão em 2004 e 2005, e o Guarany, vice em 2000, 2002, 2005 e 2007, ambos de Ceilândia eram os melhores times da maior cidade do Distrito Federal.
No fundo o time feminino do Ceilândia era uma realidade à parte. O Ceilândia sempre esteve, como está, preocupado em sobreviver. O time feminino sempre foi resultado de trabalhos de parceiros. Foi assim com Gildeon e é hoje com Moacir Junior e Sidney Rezende.
O futebol do DF na categoria feminina pode ser dividido em antes e depois do CRESSPOM. Para se tornar a força que é, em 2006, importou todo o time e a comissão técnica do Apollo. Ficou em quarto em 2006 (perdeu a disputa do terceiro com o Guarany por 1 x 0). O Luziânia sagrou-se campeão. De lá para cá o CRESSPOM se tornou o maior campeão do futebol local.
Tudo viria a mudar depois com as parcerias ICESP, primeiro com a ASCOOP e depois com o Minas. A parceria tornou o Minas no que é atualmente. Recentemente veio o Real.
No geral o Ceilândia voltou ao cenário local em 2015. Foi um campeonato de tiro curto, no qual o Gato Preto chegou na decisão contra o CRESSPOM. A diferença era enorme e o resultado se refletiu na final.
A diferença sempre foi grande nos anos seguintes, principalmente em estrutura. O Ceilândia ficava melhor no seu papel de revelar jovens atletas, como foram os casos de Isabella, Nycole, Novinha e Layssa, todas com passagens pelas categoria de base da seleção Brasileira.
O Gato Preto voltou à final em em 2017, contra o Minas. A diferença continuava a mesma de 2015 e se refletiu no placar da decisão. O CRESSPOM não participou em 2017.
Em 2019 foi o ano em que o Ceilândia realmente tirou a diferença para os grandes do futebol local. O parceiro fez grande investimento e muitas daquelas jogadoras ainda estão jogando por Minas e CRESSPOM ou nas principais divisões do futebol brasileiro. O investimento resumiu-se àquele ano, quando o Gato Preto caiu nas semis para o Minas.
O Ceilândia não disputou em 2021. Sabe-se que em 2022 os investimentos serão muito limitados, como sempre foi. Na essência não dá para competir contra Real, Minas e CRESSPOM, mas o Ceilândia tem um diferencial que é o trabalho por todos os envolvidos no projeto.
Sabemos que o Ceilândia não é favorito, nem mesmo para chegar nas semifinais. Sabemos que vai ter luta e luta é o que esperamos. Ninguém vence de vespera.
O Gato Preto estreia no Candangão Feminino no proximo dia 3 de setembro contra um adversário direto na luta pela última vaga restante das semis: o Legião.