
O Ceilândia foi derrotado pelo Brasília por 2×1, partida válida pelas quartas-de-final do Campeonato Candango 2014. Agora o alvinegro precisa vencer o adversário por dois gols de diferença para alcançar as semi-finais.
Foi um excelente espetáculo, se não pela técnica apresentada pelas equipes, mas porque houve de tudo que um torcedor espera: gols, polêmica, emoção e muito, muito espírito de luta.

O Brasília começou melhor. O Ceilândia até que tentou impedir o melhor que o Brasília tem, que é a jogada trabalhada desde a sua linha de defesa.
Como não marcou a saída de bola adversária, o Ceilândia permitiu que o Brasília aos poucos o empurrasse para o seu campo de defesa. Não que o Gato Preto estivesse acuado, mas era claro que o Brasília chegava com mais qualidade ao ataque.

Não demorou muito e o alvirrubro abriu o marcador. Alekito cortou para dentro, tirando Jeff Silva da jogada, e bateu forte no canto direito de França.
Com seis minutos e atrás no marcador e sem inspiração, restava ao Ceilândia o coração. Foi na base da raça que o Ceilândia equilibrou o jogo.
Chances de empatar até houve, mas o Gato Preto não chegou com qualidade. O Brasília também não chegou.

Tudo mudou quando Juninho foi expulso. Com um a menos e atrás no marcador, parecia que o Ceilândia estava morto na partida: não foi isso que aconteceu.
Mesmo em desvantagem numérica, o Gato Preto manteve o jogo equilibrado, mas o primeiro tempo terminou com o Brasília à frente.

Veio o segundo tempo e o CEC empatou logo aos 3 minutos, com Gilmar Herê em boa jogada com Cassius.
O Ceilândia tinha um corredor aberto pela esquerda de ataque. Inexplicavelmente, Gilmar Herê deixou a esquerda e foi para a direita. O Ceilândia continuou melhor pela esquerda, obrigando o técnico do Brasília a trocar o seu lateral.
E deu certo. O Brasília recuperou o controle do jogo e, aos 25, passou novamente à frente no marcador com Daniel.

O Ceilândia, que naquele momento já não contava com Elvis e Alan Delon e sim com Adriano Felício e Caio, sentiu o golpe. O Brasília passou a administrar o jogo até que, em um lance fortuito, Andre Nunes deu um carrinho violento em Gilmar Herê e foi expulso.
O Ceilândia, na base do coração, foi todo ao ataque. Perdeu algumas chances de gol e poderia ter empatado.
No final, a derrota deixa o Gato Preto numa situação desconfortável para a partida desse domingo, 20h30, no Serejão: precisa vencer o Brasília por dois gols de diferença.
Ao que se viu dessa sexta, não vai faltar coração, mas vai ser preciso jogar mais.