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Ceilândia e Cruzeiro decidirão o campeonato candango de 2017. Os dois times do grupo B chegam às finais de um campeonato marcado pelas críticas à arbitragem (Formosa reclamou horrores) e ao regulamento.
O fato é que jogando na manhã deste sábado, em um Estádio Regional com bom público, Ceilândia e Real voltaram a empatar. O empate, pelo regulamento atual, classifica o Ceilândia para as finais.
![Logo nos primeiros lances a arbitragem quis se fazer notar](http://www.ceilandiaec.com.br/wp-content/uploads/2017/08/20170826ceilandia1x1real_090.jpg)
Foi uma excelente partida. Do lado do Real, um time mais maduro coletivamente três ou quatro bons valores e ao menos um excelente jogador; do outro lado, o Ceilãndia com um jogo ainda imaturo do ponto de vista coletivo, dois ou três bons valores e dois ou três excelentes jogadores.,
Para completar a boa presença de público. Tudo apontava para uma grande festa, mas logo nos primeiros minutos a arbitragem já se fazia notar.
![Leandro Almeida: potencial ofuscado por desejo desnecessário de mostrar quem manda, mesmo que para isso tenha que tomar más decisões](http://www.ceilandiaec.com.br/wp-content/uploads/2017/08/20170826ceilandia1x1real_098.jpg)
O árbitro queria se fazer notar, não no sentido comum da expressão, mas parecia evidente, por sua linguagem corporal e decisões tomadas, que ele queria se fazer notar como autoridade mesmo que isso implicasse em tomar más decisões. Anos e anos de beira de campo permitem reconhecer o potencial do árbitro, mas também permite identificar mau uso desse potencial.
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Foi um jogo equilibrado na maior parte do tempo, com pequena superioridade do Ceilândia. Na verdade os times pouco criaram nos 90 minutos. O equilíbrio era a tônica. Em jogo tão equilibrado um erro, do jogador ou da arbitragem, poderia fazer a diferença.
Quis o destino que, aos 40 do primeiro tempo, o Ceilândia saísse na frente. Victor ganhou jogada de linha de fundo, cruzou e o zagueiro do Real fez contra. Ceilândia 1 x 0.
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O Ceilândia voltou melhor que o Real no segundo tempo. Nos vinte minutos da etapa final o Gato Preto rondou a área do Real, mas sem criar situação clara de gol. Era a tônica do primeiro tempo: um jogo duro, equilibrado e disputado de intermediária a intermediária.
![Defesas levaram vantagem sobre os ataques o jogo inteiro](http://www.ceilandiaec.com.br/wp-content/uploads/2017/08/20170826ceilandia1x1real_097.jpg)
O gol do Real veio aos 28 do segundo tempo em penalti mal marcado pela arbitragem que com isso mudou o destino do jogo. Uma demonstração clara de abuso de autoridade do juiz da partida. Victor empatou a partida.
O empate favorecia o Ceilândia que não se arriscou muito. Controlou o jogo até o apito final. Com o fim do jogo, uma cena insólita. Os dois times comemoravam a classificação, o Ceilândia com mais convicção.
![Essa foi a melhor oportunidade do Ceilândia na partida](http://www.ceilandiaec.com.br/wp-content/uploads/2017/08/20170826ceilandia1x1real_089.jpg)
Conforme o CeilandiaEC apurou todo o problema está relacionado com o fato de que o campeonato de juniores foi uma disputa assimétrica. Seriam 20 times divididos originariamente em quatro grupos de cinco equipes com os 2 primeiros de cada chave se classificando.
O problema começou quando Aruc e Samambaia, que estavam nos grupos A e B originariamente, desistiram da competição. Com isso, dois grupos ficaram com 5 times e dois grupos com 4 times. Com isso, a regra de desempate pelo somatório de pontos na competição precisaria ser alterada, porque os times dos grupos C e D jogariam uma partida a mais: o Real e Cruzeiro, em três jogos, fizera 7 pontos, o Formosa e Legião, em 4, fizeram 10. O critério originário permitia distorções.
![Presidente Ari de Almeida: disse estar tranquilo com relação à classificação](http://www.ceilandiaec.com.br/wp-content/uploads/2017/08/20170826ceilandia1x1real_092.jpg)
Por essa distorção, segundo apurou o CeilandiaEC, o regulamento teria sido alterado para que se levasse em consideração apenas a pontuação da fase anterior. Foi isso que o Ceilândia teve a vantagem de decidir em casa contra o Real. O Real, somente depois da primeira partida e ante a possibilidade concreta de desclassificação, tentou retornar o primeiro regulamento: a Justiça Desportiva desconheceu do pedido mas o presidente da Federação acolheu a solicitação.
![Ceilândia comemora a classificação: final será contra o Cruzeiro, contra quem o Gato Preto começou a campanha](http://www.ceilandiaec.com.br/wp-content/uploads/2017/08/20170826ceilandia1x1real_099.jpg)
A rigor a confusão está armada. O primeiro regulamento era de fato inaplicável em função da assimetria dos grupos. O Ceilândia está nas semifinais do Metropolitano de Juniores 2017. No mais, o tempo dirá.