
O Ceilândia empatou com a Aparecidense em 4 x 4 na tarde deste sábado e está praticamente fora da segunda fase da Série D 2017. Somente uma improvável combinação de resultados mantém chances do Ceilândia ir para a última rodada com alguma possibilidade de se classificar. Pragmaticamente: o Ceilândia não tem mais chances de se classificar. Essa é a dura realidade.

Apesar do resultado adverso, a torcida alvinegra terminou o jogo gritando Ceilândia, Ceilândia. Foi um jogo maluco. A Aparecidense começou melhor. Aos poucos o Ceilândia foi se acertando no jogo e equilibrou as ações. Quando o Gato Preto tentava assumir o controle da partida, o imponderável mostrou-se presente. Uma bola fácil para Wendell. O goleiro deixou-se trair pela bola e Nonato não perdoou: 20 minutos e Ceilândia 0 x 1 Aparecidense.

O Ceilãndia sentiu o gol. A Aparecidense mostrou-se mais equilibrada e passou a rondar a área alvinegra com perigo. Não demorou muito e aos 24, Aleilson fez Aparecidense 2 x 0. As esperanças alvinegras desapareciam com menos de 30 minutos de jogo. Mas a torcida alvinegra já havia visto este filme antes.

Mesmo depois do segundo gol, a Aparecidense continuava melhor. Consistente em todos os aspectos, o time goiano rodava a área alvinegra e um frio percorria a espinha de quem estava nas arquibancadas. Tudo parecia indicar que o Ceilândia seria goleado. O Gato Preto, contudo, era valente, sempre foi valente. Se o time estava em um dia ruim, não faltava, como nunca faltou, vontade. O imponderável compensou o esforço. Emerson Martins bateu de longe. A bola chocou-se contra a trave e se ofereceu-se para Mirandinha diminuir. Ceilândia 1 x 2 Aparecidense e 31 minutos do primeiro tempo.

O panorama do jogo não mudou. O Ceilândia era todo vontade, a Aparecidense era melhor. Na força, na vontade, o Ceilândia poderia ter empatado, mas o goleiro adversário defendeu a conclusão cara a cara de Mirandinha. A história do confronto poderia ser outra. O “se”, contudo, não joga. O “se” é de uma crueldade sem tamanho.

Veio o segundo tempo, o Ceilândia foi todo ao ataque. Depois de tanto insistir, em apenas 4 minutos do segundo tempo, Emerson Martins empatou o jogo. A torcida se inflamou. O Ceilândia foi todo ao ataque. No contra-ataque e apenas seis minutos depois do empate, a Aparecidense voltou a ficar novamente à frente do marcador: Belo gol de Uederson e Ceilândia 2 x 3 Aparecidense.

A torcida do Ceilândia assumiu a responsabilidade de levar o time à frente, mas em novo contra-ataque a Aparecidense deixou o sonho da classificação ainda mais difícil: 22 minutos do segundo tempo e Alex Henrique fez Ceilândia 2 x 4 Aparecidense. Impossível, diriam… mas não para esse time.
Limitações à parte, dificuldades à parte, o Ceilândia foi sempre valente. Aos 28 do segundo tempo, Pedrinho aproveitou um dos poucos contra-ataques cedidos pela Aparecidense e novamente deu esperanças à torcida do Ceilândia. A chuva não foi capaz de afugentar a C13 e os apaixonados alvinegros. O Ceilândia precisava virar. Lutou, lutou, lutou… o tempo passou, passou, passou….

Aos 48, Kasado empatou o jogo novamente. Em duas oportunidades o Ceilândia esteve dois gols atrás no marcador. Nas duas vezes buscou o empate contra tamanha diferença. Mas não deu. O árbitro apitou o final da partida. A torcida reconheceu o esforço e gritou Ceilândia, Ceilândia. O Ceilândia é valente, foi valente… mas não conquistou pontos suficientes para chegar em melhores condições na última rodada. É possível? No plano matemático, é possível. Sejamos sinceros: a torcida continua, mas é preciso encarar a dura realidade: resta defender a honra alvinegra. Vamos a Sinop pela honra de torcer e pela honra de defender essas cores.