O Ceilândia perdeu para o Sinop neste domingo, em Mato Grosso, e está fora da Série D 2018. O Gato Preto também está fora da Série D 2019. 2018 termina deixando um amargo gosto de derrota.
O Ceilândia veio a Sinop com a obrigação de vencer. Vencer e torcer por uma combinação de resultados. Vencer e, mesmo que não se classificasse, deixar uma boa impressão. Não foi o que aconteceu.
Foi um jogo à moda dos jogos da Série D, dos jogos que ocorrem longe do cenário pasteurizado das Séries A e B. O Sinop começou assumindo maior posse de bola. O Ceilândia, bem postado, controlou as investidas do adversário e foi sempre mais perigoso. Poderia ter saído à frente do marcador com Mirandinha ou com Daniel. Não conseguiu.
O Ceilândia poderia ter marcado também com um belo chute de meia distância de Emerson Martins. Não marcou. O Sinop inverteu o sinal. Era um time valente. Se não dava pelo futebol praticado, passou a pressionar a arbitragem e jogadores do Ceilândia. Um jogo típico de Libertadores de décadas passadas. O Ceilândia precisava ser mentalmente forte para suportar a pressão, não foi.
Veio o segundo período e os placares de momento jogavam a favor do Ceilândia. O Gato Preto precisava apenas vencer para se classificar. Não por muito tempo. O Gato Preto voltou bem melhor que o Sinop. Empurrou o adversário contra o próprio campo e chegou a criar uma boa oportunidade com Daniel, mas o atacante bateu fraco para a defesa do goleiro do Sinop.
O Sinop, no desespero, aumentou a pressão sobre a arbitragem e psicologicamente sobre o Ceilândia. O árbitrou portou-se bem, nas circunstâncias. O Gato Preto que aguentara firmemente até os 15 do segundo tempo, já dava sinais de exaustão. A cada jogada, pressão sobre os jogadores do Ceilândia e da arbitragem e o Sinop foi destruindo o Ceilândia mentalmente, um pouco pela valentia. Aos 15 do segundo tempo, nem mesmo a vitória salvava o Ceilândia.
Aos 25, quando o Sinop gradativamente empurrava o Ceilândia contra o seu campo de defesa, Mirandinha recebeu em profundidade e, em jogada individual, fez Ceilândia 1 x 0. Alegria efêmera. Em menos de 10 minutos, o Sinop virou o jogo sobre um Ceilândia que passivamente aceitava a agressividade do adversário.
Não que tenha faltado vontade ao Ceilândia. Isso nunca faltou. Por óbvio, contudo, os números finais da competição demonstram o time não esteve à altura do desafio. Agora, remar, remar e remar… de olho em 2020.