O Ceilândia perdeu para o Brasiliense na manhã deste domingo. Lá se vão três jogos sem vitória, três jogos sem fazer gol, cinco pontos em quinze possíveis. Haverá sempre que diga que está faltando isso, faltando aquilo. Não tem faltado vontade. Tem faltado um monte de coisas, dentro e fora de campo, mas não tem faltado vontade. Isso é suficiente para que sempre tenhamos fé.
Há tempos não se via um Ceilândia x Brasiliense em que o adversário fosse tão superior em campo. A rigor, o Ceilândia esteve melhor durante dez minutos… chegaremos lá.
O jogo começou com o Brasiliense propondo o jogo. O Ceilândia vinha com uma postura tática diferente, com Gabriel e Gago compondo o meio. No começo do primeiro tempo essa postura tática funcionou. A marcação, embora recuada, pressionava o Brasiliense a partir da linha divisória.
O Ceilândia conseguiu marcar assim apenas parte do começo do jogo. Aos poucos o Ceilândia recuou sua linha de marcação para a intermediária do próprio campo de defesa. O resultado é que o Brasiliense recuperava a bola já no meio de campo e ficou um jogo de ataque contra defesa.
Ao Brasiliense faltava o último passe. Wallace e Formiga jogavam quase de lateral. O Ceilândia não conseguia jogar. O primeiro tempo encaminhava-se para um zero a zero, mas quis a sorte que fosse diferente. Na cobrança de falta de Almir a bola bateu no travessão e sobrou para Gleissinho fazer Brasiliense 1 x 0.
Victor Brasil fazia uma partida até então segura e não teve chance no gol. O segundo tempo viria contar uma história diferente.
O segundo tempo começou com o Ceilândia bem melhor. O Gato Preto empurrou o adversário para o próprio campo de defesa. Helinho aparecia à frente como surpresa e Romário abria espaço para as movimentações de Formiga e Wallace. O Ceilândia mostrava um futebol que até então não mostrara.
Durante treze minutos o Ceilândia foi melhor. Não criou situação clara de gol, mas jogava um bom futebol. O destino, como sempre, pensava diferente. Até os treze minutos o Brasiliense mal passara do meio de campo. A chance de chegar à área do Ceilândia viria numa cobrança de falta da intermediária ofensiva. Muito longe. Muito despretensiosa. Victor Brasil que até então fazia boa partida falhou. Desistiu de fazer o corte e a bola sobrou para Gleissinho. Brasiliense 2 x 0.
O Ceilândia sofreu psicologicamente com o gol. Ainda faltavam 32 minutos, mas o Gato Preto jamais recuperou o futebol daqueles treze minutos iniciais do segundo tempo. O Brasiliense cozinhou o jogo como quis até o final: Ceilândia 0 x 0 Brasiliense.