
Antes do jogo, uma péssima notícia: não bastasse a ausência de Gabriel Henrique, o Ceilândia não contaria com a referência técnica do time: Tarta. Adelson colocou dois cães de guarda: Giovani e Werick. Todos sabemos para que servem cães de guarda.

Como se esperava, o Capital começou empurrando o Ceilândia para o seu campo de ataque. O Gato Preto estava bem postado defensivamente, segurou o ímpeto do adversário e aos pouco equilibrou as ações. Kayser não trabalhou nos 15 primeiros minutos.

Quem levou susto à meta adversária foi o Ceilândia. Primeiro com Gabriel Pedra, depois com Romarinho, com Vidal todas para grandes defesas do goleiro adversário.

O Capital não estava morto e poderia ter saído na frente, mas Kayser fez um milagre em cabeceio à queima roupa. Daqueles milagres que Lèo está acostumado a fazer, mas que, agora, Kayser demonstra ser capaz de fazer tanto quanto.

Apesar do susto, o Ceilândia era mais objetivo. As melhores jogadas eram sempre com Romarinho. E foi ele, o maior artilheiro do Gato Negro nos últimos 5 anos, quem abriu o marcador. Aos 40, jogada que começou com Werick que passou para Gabriel Pedra que assistiu Romarinho: Ceilândia 1 x 0.

Veio o segundo tempo e o Ceilândia manteve a pegada. Aos 7, Werick passou para Cabralzinho que lançou para Gabriel Pedra que cruzou para Werick na área, mas Wallace cortou com a bola batendo em sua mão.

O árbitro não marcou pênalti. Nem o CEC Torcedor acha que seja, mas é bom lembrar que marcaram 2 penaltis assim contra o Ceilândia: contra o Luziânia e contra o Brasiliense (este com o zagueiro de costas para a bola).

Vida que segue. Aos 11 do 2o tempo, novamente Werick. Ele mesmo que começara errando passes simples e aos poucos tomou conta do meio. Werick serviu o incansável Cabralzinho que foi ao fundo e cruzou para Romarino que fez Ceilândia 2 x 0.
Na sequência o Ceilândia poderia ter matado o jogo. Romarinho teve chance de fazer 3 x 0. Em seguida, Romarinho saiu cara a cara com o goleiro, foi derrubado e o árbitro não marcou o pênalti. Um pouco depois, o mesmo Romarinho saiu cara a cara com o goleiro e perdeu grande oportunidade.

O Ceilândia não fez o terceiro e deixou de jogar. O Capital foi todo ao ataque fazendo uma série de substituições. O Ceilândia pareceu ansioso, estava bem postado, mas aí surgem duas variáveis.
O Ceilândia deixou de valorizar a posse de bola. A saída de Giovani dificultou a vida do alvinegro que acelerou demasiadamente o jogo com todos achando que poderiam ter o dom de dar o último passe. O resultado é que o Capital encurralou o Ceilândia.

Tudo, de certo modo, começa exatamente aos 15 minutos. Savio Sampaio tinha método. Via de regra os zagueiros, volantes e atacante chamam a falta. Há arbitros que marcam, outros não. A rigor nenhuma dessas situações seria falta na Inglaterra, mas é o que há no DF e no Brasil.
A diferença está no método de Savio Sampaio. Após os 2×0, ele negou ao Ceilândia faltas dessa natureza (em que estivessem envolvidos volantes e atacantes), mas preservou para o Capital desde que não representasse claro perigo de gol. Aqui precisava ser falta mesmo. É falta ou não é! Esquisito. Verdade se diga: Preservou a isonomia em relação aos zagueiros.

O problema é que o árbitro não pode negar a falta a um e marcar a mesma falta ao adversário. O fato é que a arbitragem, aliada à ansiedade do Ceilândia deixaram o Capital rondar a área alvinegra.
A sorte do Ceilândia é que o Gato Preto tem 4 grandes goleiros e Matheus Kayser vive uma fase magnifica. Salvou um gol certo em cabeceio de Emerson.

No geral o panorama do jogo nos últimos 30 minutos, mais incontáveis 8 minutos de acréscimo, foi o mesmo. O Ceilândia deu campo para o Capital, mas o Capital não conseguiu superar a defesa alvinegra ou parou nas mãos de Matheus Kayser.
Resultado importantíssimo. Chegar na próxima fase sempre foi a primeira prioridade do Gato Preto em 2022. Ainda faltam 4 pontos a serem conquistados e todos sabemos o quão é importante e difícil é cada ponto, mas este time já deu demonstrações que pode cumprir a meta estabelecida.