A lição que Dôgão nos ensinou


Há várias maneiras de ver o jogo. Então, o CEC Torcedor não tem o monopólio da verdade. Aliás, ninguém tem. Primeiro queremos fixar o seguinte: Dos últimos 3 jogos foi o melhor jogo do Ceilândia, embora, como já dissemos, o time tenha repetido velhos defeitos principalmente no 1o tempo.

O que vemos é que o time tem corrido, se esforçado. Não tem faltado luta. O Ceilândia tem mostrado defeitos, mas também não tem tido sorte.  Quem sabe o gol de Peninha tenha sido um sinal de que a sorte voltou?

Os defeitos na transição, naquilo que permite os contra-ataques adversários,  não podem ser atribuídos apenas a este ou aquele jogador. Precisam ser corrigidos com a participação da Comissão Técnica com naturalidade, com firmeza e com o tom necessário.  Alguém precisa ver que a transição é lenta e presivível e que no mínimo não balança o adversário em profundidade, apenas lateralmente.

Claro, alguém poderá dizer que não tem defeito nenhum. Os jogadores não são perfeitos, ninguém é. Perder a bola na zona do grande círculo como perde o Ceilândia parece-nos um defeito grave (foram 7 apenas no 1o tempo de ontem). A culpa não pode ser apenas do jogador A ou B ou do técnico. A culpa é de todos ou não se consegue sair deste momento.

Dôgão deu uma lição aos volantes do  time

O defeito pode ter várias origens. Vamos ficar com uma: a lentidão e previsibilidade pode ser resultado do medo de errar, de um ambiente de muita cobrança, medo do tipo de cobrança  ou mesmo de incapacidade técnica. Jogador vai errar, técnico vai errar… todos erramos. É preciso segurança para errar e para acertar, mas é preciso admitir que errou ou que uma certa exigência se mostra incompatível com o momento.

Dôgão deu enorme lição no jogo de ontem. Humilde, suporta uma sequência de jogos sem sequer ser relacionado. Ao entrar, não ficou com medo de errar. Mais importante, moveu o time em profundidade e não apenas lateralmente. Não é o erro que incomoda. O que incomoda é a ausência de iniciativa. Dôgão errou, mas mostrou iniciativa. Vencer ou ser derrotado é do jogo.

Para admitir que errou é preciso humildade. O Ceilândia precisa de humildade para seguir adiante. A dúvida neste momento é saber com quem seguir adiante. A sequência de maus resultados tem disto porque todos precisam estar na mesma página e alguém pode desistir no meio do caminho.

Não faltou luta…

O Ceilândia precisa se reagrupar. Jogadores que nunca jogaram mal  passaram a ficar instáveis. Nessas horas é preciso dar um basta e dizer que podem errar ao tentar acertar.

Nessas horas é preciso fechar ouvidos àqueles que não querem o bem do Ceilândia e eles são  muito influentes. É preciso seguir em frente.

Algumas decisões punem o time e a todos nós. É preciso reavaliar algumas decisões.  Sofremos com os maus resultados, mas temos a certeza que algumas pessoas sofrem mais. O Ceilândia vai dar a volta por cima.