Um CFZ de diferença!

Augusto e Leys contra o Brasiliense: difícil
Augusto e Leys contra o Brasiliense: difícil

O Ceilândia caiu para a 5a colocação no campeonato. Isso o coloca fora do grupo dos 4 que se classificam para o quadrangular-final. É muito cedo para alarme, mas a situação preocupa.  São necessários 22 pontos para se classificar. A se manter o mesmo ritmo, o Ceilândia chegaria nas  duas últimas rodadas do campeonato com 17 pontos, precisando de duas vitórias contra Brasiliense e Gama. Vai ser difícil, mas parece que o time está habituado a conviver com a emoção.

O futebol apresentado pelo time não é diferente daquele apresentado no ano passado. Em termos gerais é até melhor, o esquema tático  apresenta  um pouco mais de variações e o espírito de luta é basicamente o mesmo, mas tem sido menos eficiente. A diferença é mínima, mas é a diferença entre a segunda e a quinta colocações atuais.

Existem outros problemas: o time deste ano comete mais erros no meio de campo. O Ceilândia normalmente não corre riscos quando a posse de bola pertence ao adversário. O time administra isso muito bem. O número de bolas roubadas pelos adversários desarmando ou interceptando jogadas dos meio-campistas do Ceilândia é incrível.  O perigo está em quando o Ceilândia tem a bola.

Tá tudo embolado!
Tá tudo embolado!

O time tem optado por cadenciar a saída de bola. Há limites que diferenciam os dois extremos: confundir calma com lerdeza e velocidade com pressa.  O time está bem no quesito velocidade. O toque de lucidez de Dimba dá a medida certa do que seja velocidade e não pressa, do que é calma e não lerdeza. Dimba está também menos presente que no ano passado.

O time não está bem no quesito calma. A jogada já está manjada. O Brasiliense sabia exatamente como o Ceilândia realizava a saída de bola. Recuava o seu time até o próprio campo. Encaixava a marcação a partir da defesa e ao comando de um jogador partia para a pressão sobre os defensores. Em ao menos três oportunidades os defensores se complicaram, noutra Edinho se complicou. O CEC precisa de novas variações de saída de bola e parece que não está longe de alcançá-las, o problema é que não tem muito tempo para isso.

Tal como no time de 2010, o Ceilândia não ganha a primeira bola. No ano passado era uma opção clara pela segunda bola. O time deste ano também não ganha a segunda bola. O resultado é que o Ceilândia está sempre correndo atrás do adversário. Isso impõe um desgaste enorme aos volantes (eles próprios responsáveis por não se ganhar a segunda bola), ao sistema defensivo e ao coração dos torcedores. Também explica o número excessivo de faltas e cartões. Adelson tem muito trabalho pela frente e a partir da sétima rodada terá tempo para treinar. O time precisa evoluir.

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