O Ceilândia volta a enfrentar o Botafogo-RJ na próxima quinta-feira, 21h30, jogo válido pela 3a Fase da Copa do Brasil 2022 (16 de final).
As circunstâncias da derrota por 3 x 0 no último dia 20 de abril ainda ecoam. Ainda dói pensar no jogo, por várias razões. Porque sabemos do esforço de todos, dentro e fora de campo e cremos firmemente que todo esforço precisa ser recompensado. Dói pensar em como poderia ter terminado.
Ficou claro que há muito que caminhar, dentro e fora de campo. Fora de campo aconteceu aquilo que se esperava, porque um evento daquela importância obviamente estava além das capacidades administrativas do Ceilândia.
A estrutura administrativa do Ceilândia é pequena. Adequada à sua realidade. Agora que o time pretende alçar vôos mais altos é necessário que essa estrutura se modernize. Isso cria desafios novos porque velhos hábitos terão de ser deixados de lado. Todos sabemos que deixar velhos hábitos não é fácil. Delegar, por exemplo, não é fácil quando se tem pela frente pessoas novas.
O Ceilândia deu um grande passo ao contratar Alan Rones para cuidar das mídias sociais. O trabalho desenvolvido é realmente importante e de qualidade. Agora, trouxeram um auxiliar para o Diretor de Futebol.
A vinda de pessoas novas sempre trazem um perigo associado. A estrutura do Ceilândia sempre foi, porque precisava ser, fechada. Alçar novos vôos compreende correr novos riscos.
A estrutura da Comissão Técnica é talvez a mais próxima do necessário para o próximo passo.
Dentro de campo, o Ceilândia tem bons valores. Contra o Botafogo, contudo, ficou claro que o Gato Preto está há alguns cliques em diversos aspectos. Claro, há jogadores que com toda a certeza deveriam estar na Série A por seu profissionalismo, por sua capacidade mental e por sua capacidade técnica.
No geral, contudo, o elenco do Ceilândia é muito bom para a nossa realidade. A nossa realidade é diversa do Botafogo.
Conhecendo nosso elenco, como conhecemos, os números do jogo de 20 de abril parecem um pouco exagerados. Os 3 x 0, as diversas bolas nas traves, as recuperações de bola pelo adversário no nosso campo de defesa, as divididas perdidas, os piques perdidos, os um contra um perdidos… a total ausência de intensidade… tudo parece exagerado.
Sentimos tanto ao ponto de nos jogarmos para querer ganhar a posse de bola no apito (não vamos reclamar da arbitragem e, claro, poderíamos). Nao apenas o trabalho dos jogadores, de todos, comissão tecnica, dirigentes, torcedores, nosso, poderia ter sido melhor.
Voltamos a enfrentar o Botafogo na próxima quinta. O Ceilândia que tinha uma semana de trabalho no primeiro jogo, já contará com um mês de trabalho. O time que entrar, deve entrar pela honra.