A segunda divisão do campeonato do DF classificava 2 times para a primeira. Em 2011 classificou seis! Isso mesmo, tres vezes mais. Em outras palavras: os seis times que permaneceram na primeira divisão receberão o mesmo número de equipes vindas da segunda. Esse foi o resultado do imbróglio criado pelos clubes ao tentar manter o Brasília ou o Ceilandense na primeira divisão. Nesse ponto, verdade seja dita, o Brasília questionou eventual irregularidade na escalação de jogador do Ceilandense no tempo e modo devidos.
O campeonato era disputado por 8 equipes o que, convenhamos, era pouco. O Distrito Federal tem mais de trinta regiões administrativas. Dessas regiões administrativas ao menos quatorze muito povoadas ou com tradição no futebol (Brasilia, Cruzeiro, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Gama, Brazlândia, Samambaia, Recanto das Emas, Santa Maria, Sobradinho, Planaltina, São Sebastião, Paranoá, Núcleo Bandeirante, etc…). Este ano campeonato terá doze equipes, seis delas subiram com base no campeonato de 2011.
Vai ser disputado é força de expressão: Brazlândia e Ceilandense já indicaram que terão dificuldades para participar, se não tiverem o apoio financeiro do governo local. O Gama chegou a cogitar desisitir. O futebol do local é deficitário e paga salários irreais aos seus jogadores. É um futebol que não se sustenta. Por outro lado, o Distrito Federal, corretamente, exige que os clubes comprovem estar em dia com as obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias. Parte dos clubes resiste. Dos doze times, apenas seis entregaram a documentação ao BRB: Ceilândia, Formosa, Luziânia, Capital, Brazlândia e Legião. O patrocínio do BRB levará a cada um dos clubes algo como trinta mil por mês de competição.
Em meio a esse turbilhão, ninguém se lembra do torcedor. E precisa?