O clima no vestiário do Ceilândia era como de incredulidade ao final do jogo. A pergunta que se fazia era apenas uma: como avitória escapou. Há várias verdades. O que vem a seguir pode ser uma delas, ou não.
O primeiro tempo foi do Ceilândia. O alvinegro tomou para si a iniciativa do jogo. O Luverdense era incapaz de trocar três passes no campo ofensivo. O domínio do Ceilândia, contudo, era de certo modo ilusório. O Ceilândia não agredia o Luverdense em seu campo defensivo, de modo que o adversário cadenciava o jogo. O Ceilândia era incapaz de tirar o Luverdense do seu
O Ceilândia forçava o erro adversário apenas na sua própria intermediária. Com isso, o Luverdense estava cômodo no jogo. Bem dirão: mas o Ceilândia poderia ter feito três ou mais gols no primeiro tempo. Essa é outra parte da verdade. As chances criadas pelo alvinegro foram essencialmente em bolas paradas.
Apesar de tudo e porque o Luverdense não oferecia perigo havia a falsa impressão que Gato Preto conquistaria a vitória no segundo tempo. O tempo cuidou em afastar essa impressão. Logo aos seis minutos, em sua primeira oportunidade no jogo, Neguete fez Luverdense 1 x 0.
O gol fez mal ao Ceilândia. Pela primeira vez o time perdeu em estrutura de jogo. O Luverdense passou a ter a iniciativa do jogo, mesmo assim sem inspiração.
A partir da metade do segundo tempo, o Ceilândia até retomou a iniciativa das ações, mas era incapaz sequer de reproduzir o impeto ofensivo do primeiro tempo. Restou ao alvinegro, assim como no primeiro tempo, levar perigo em bolas paradas.
Adelson mexeu no time. O Ceilândia foi ao ataque na base da vontade e chegou perto de empatar quando a zaga do Luverdense quase fez contra, mas a bola chocou-se contra o poste direito da meta matogrossense.
No final, havia um excessivo desapontamento nas hostes alvinegras. Excessivo porque, futebol por futebol, o jogo está 1 x 0 para o Luverdense e ainda há o jogo de volta. Excessivo porque uma coisa é perder por um adversário que se mostra superior, outra coisa é perder para um adversário que jogou por uma bola.
Nada está perdido. Não importa que o Luverdense tenha entrada com quatro suplentes. O sistema de jogo do adversário foi esse o ano inteiro. O Ceilândia vive!