
Ceilândia e Aparecidense compartilham diversas qualidades, mas era nos defeitos do Ceilândia que morava o perigo. Sabia-se que seria um jogo em que o Ceilândia não poderia errar. Não poderia errar por diversas razões. A principal é que nenhum jogador do Ceilândia tem se mostrado decisivo no ataque. A Aparecidense tem.

O jogo começou com a Aparecidense empurrando o Ceilândia contra o seu campo de defesa. Apesar do maior volume de jogo da Aparecidense, a meta defendida por Wendel não passou por situações claras de gol.

O Ceilândia foi aos poucos equilibrando o jogo, mas o time parecia ansioso. O Ceilândia subia desequilibrado da defesa para o ataque. O jogo ficou próximo a uma briga de rua, com a diferença aqui de que a Aparecidense tinha espaço para triangular pelo meio, derrubar os volantes do Ceilândia como peças de dominó e finalizar a jogada pelas laterais.

Foi assim que a Aparecidense chegou a fazer 2 x 0. Erros quando o Ceilândia tinha a posse de bola, triangulações rápidas e os gols de Nonato, aos 18, e Aleilson aos 32. Com a desvantagem, Adelson não perdeu tempo e colocou Mirandinha no lugar de Adriano.

A vantagem de dois gols pareceu ter acomodado a Aparecidense que passou a marcar um pouco mais atrás. Com espaço na saída de bola, o Ceilândia passou a chegar mais equilibrado. Perigo apenas em bolas paradas. Cocada quase diminuiu, mas aos 47, Kabrine cobrou falta sofrida por Amoroso. A bola passou por todo mundo e foi morrer no fundo das redes. Aparecidense 2 x 1 Ceilândia.

Veio o segundo tempo e o Ceilândia continuou com maior volume de jogo. Não criava situações claras de gol e ainda sofria com a saída de bola da Aparecidense, mas o Ceilândia era melhor. Aos 12, Amoroso e Mirandinha tabelaram e o estreante Mirandinha empatou o jogo.

Logo em seguida a Aparecidense se viu com 10 homens em campo, com a expulsão de Aleilson. A arbitragem também mudou a partir desse momento. O árbitro claramente passou a controlar o jogo e as ofensivas do Ceilândia.

Aos 20, o árbitro assinalou penalti para a Aparecidense. O problema não foi o penalti, mas os precedentes apitados desde o momento em que a Aparecidense ficara com um homem a menos. Nonato bateu e fez 3 x2.

Adelson percebeu que a arbitragem poderia reduzir o Ceilândia a 10 homens também. Retirou Kasado, que tinha amarelo, para colocar Mario Henrique. O Ceilândia perdeu em estrutura. Cercou a Aparecidense na intermediária de defesa, mas jamais conseguiu oferecer perigo à meta goiana. Resultado: o Ceilândia mais uma vez jogou bem, mas agora se coloca numa situação em que, mais que jogar bem, precisa de vitórias, três vitórias em quatro jogos.