Temos humildade para reconhecer que aquilo que entendemos de futebol é menor do que aqueles que vivem do futebol.
O problema é que também exige humildade reconhecer quando uma determinada formação tática não é suficiente para vencer uma marcação que está encaixada.
Exige humildade, também, reconhecer que tecnicamente não se possui o instrumental para dar um passe de grau de dificuldade extrema ou para vencer na marra o muro erguido pelo adversário.
O Ceilândia perdeu ontem à noite para o Anápolis por 2 x 0. Dissemos que o Ceilândia foi melhor no primeiro tempo, mas também dissemos que o Anápolis chegava com mais qualidade.
O fato é que o Ceilândia poderia ter saído na frente, nem tanto pela qualidade de suas chegadas, mas simplesmente porque o Anápolis não aproveitou os contra-ataques e a chance criada.
O problema sempre foi quando o Ceilândia tinha a bola. O Gato Preto dificilmente chegava equilibrado na área adversária e quando chegava tinha que lutar e insistir bastante.
O Anápolis teve vida mais fácil. Bastava pressionar na altura do grande círculo, tomar a bola e chegar até a área alvinegra, quando a última linha de defesa alvinegra impedia o gol adversário.
Veio o segundo tempo e o panorama não mudou. O Ceilândia tinha mais a bola, mas errava na intermediária e dava o contra-ataque. Numa destas, penalti e gol do Anapolis aos 10 do segundo tempo: Igor Bahia.
Não demorou muito e veio o segundo. Marcio Luiz fez de cabeça aos 25. Adelson mexeu no time. O Ceilândia foi todo ao ataque. O Anápolis passou a marcar mais atrás, dando campo ao Ceilândia. O Gato Preto insistiu e não conseguiu diminuir.
Agora, os dois times voltam a se enfrentar no sábado. O Ceilândia está 5 pontos atrás de Brasiliense e Anápolis e 2 atrás do Costa Rica. Vai ser preciso serenidade e firmeza para corrigir os erros. Vai ser preciso humildade para vencer o Anápolis.