O Ceilândia merecia melhor sorte no jogo de ontem. Fez uma bela partida, mas uma coisa fez a diferença: torcida do Iporá.
O Iporá começou a todo o vapor, mas o Ceilândia equilibrou as ações, saiu na frente com Filipinho e poderia até ter ampliado.
O time do Iporá jamais se entregou em campo porque a torcida do Iporá não deixou. Os dirigentes adversários já pareciam conformados, mas a torcida não deixou.
A torcida mudou o comportamento do time e de seus dirigentes.
O Ceilândia foi valente. Isto é o mínimo que se espera de quem veste a camisa do alvinegro. Todos sabemos que o time tem limitações e problemas fora de campo que precisam ser resolvidos. E muitos dos jogadores tiveram problemas de diarréia antes do jogo.
Não podemos pedir mais aos jogadores que entraram ontem que aquilo que fizeram.
O Ceilândia poderia ter vencido. Qualquer um que vencesse seria justo.
Pela primeira vez em tempos o meio de campo funcionou. Werick, Geovane, Ferrugem e Filipinho.
Ferrugem, enquanto teve perna, fez uma partida impecável. O Ceilândia caiu de produção quando ele cansou. A qualidade da transição já não era a mesma.
As saídas de Falero e Pítio também contribuíram. Pítio fez sua melhor partida no ano, mas saiu machucado.
Gabriel deu mostras do Gabriel que conhecemos. O miolo da zaga não comprometeu… mas o time cansou talvez porque não tivesse uma torcida como a do Iporá para não deixar que se permitisse cansar…
A entrega total não importa: o fato agora é que a classificação para a segunda fase ficou difícil… e sabemos que poderia ser diferente.