
O Ceilândia foi ao Gama e empatou sem gols com o Santa Maria na tarde deste sábado de carnaval.
Foi uma partida disputada em marcha-lenta, na qual o Ceilândia permitiu que a iniciativa do jogo, na maior parte do tempo, pertencesse a um Santa Maria que respeitou o alvinegro ao extremo.

O Ceilândia, por sua vez, era incapaz de conter o Santa Maria no seu próprio campo de defesa. O Santa Maria, contudo, não pressionava a saída de bola do Ceilândia.
O resultado foi que a iniciativa do Santa Maria morria na intermediária alvinegra e, nos poucos momentos em que tomou a iniciativa do jogo, os esforços do Ceilândia morriam na intermediária grená.

Com os times se respeitando ao extremo, as chances de gol dependeriam de lances isolados.
A maior chance de todas pertenceu ao Ceilândia. Lançamento longo para a área e Chefe escorou de cabeça para Romarinho. O atacante dominou e bateu no canto direito da meta do Santa Maria. A bola caprichosamente tocou na trave.

Veio o segundo tempo e o Ceilândia manteve-se incrivelmente passivo. Tamanha passividade namorava com o perigo. Num ou outro lance isolado, o Santa Maria poderia abrir o marcador. O Ceilândia também, mas havia uma diferença: o Ceilândia não chegava próximo ao gol adversário.

O castigo quase veio aos 18 do segundo tempo quando na cobrança de falta a bola explodiu no travessão alvinegro.
Com o susto, Adelson tratou de fazer duas substituições. Tirou Didão e Romarinho e colocou Clécio e Wisman. O Ceilândia melhorou com as alterações e começou a rondar a meta do Santa Maria.

Nos minutos finais o Ceilândia tinha mais volume de jogo, mas quem assustou foi o Santa Maria, com um cabeceio que passou rente à trave.
No final, o jogo terminou mesmo sem gols. Para o Ceilândia ficou muito claro que o time tem uma cara e essa cara tem aspectos negativos e positivos.

De positivo, o fato de que o Ceilândia é um time que não se enerva com o domínio adversário e trata de torna-lo estéril. De negativo o fato de que em 5 jogos em 2016, o Ceilândia fez gol apenas em um.
Pensando no futuro, é possível dizer que o que o Ceilândia precisa é de pequenos ajustes para permitir que chegue à área do adversário com mais frequência e qualidade.
No futebol, contudo, essa é uma fórmula difícil de encontrar sem expor o sistema defensivo. Esse é o desafio que se apresenta para o Ceilândia no momento.