Categoria: Há 30 anos

Notícias do CEC há 30 anos

Capitão Brito recusa o cheque em foto do Givaldo Barbosa do Correio Braziliense

A primeira vitória do CEC sobre o Brasília: vitória da dignidade

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Manchete do Jornal Ùltima hora de 1 de julho de 1983

Brasília, Gama, Sobradinho e Ceilândia são os únicos remanescentes da elite do futebol local dos anos 70 na primeira divisão dos dias atuais.

No final dos anos 70 e início dos anos 80, o Brasília era a maior força do futebol local.

Em 1983, o Ceilândia lutava com dificuldades pela própria existência. Já o Brasília fora tricampeão nos anos de 1976, 1977 e 1978, foram campeão em 1980 e, naquele 30 de junho de 1983, entrara em campo como campeão de 1982. Viria a ser campeão naquele ano e no seguinte, 1984.

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Ronaldo (posteriormente Ronaldo Aranha) garantiu a vitória alvinegra

O retrospecto dos confrontos, até então, era francamente favorável ao Brasília: até aquela noite ocorreram sete jogos, com sete vitórias do Brasília, incluindo um sonoro 6 x 0 no primeiro confronto.

O fato é que o Brasília entrou em campo precisando de um empate para sagrar-se campeão do primeiro turno.  O Ceilândia, que estreava o técnico José Antônio (terceiro técnico que mais vezes dirigiu o alvinegro – o CeilandiaEC registra 34 jogos, com 7 vitórias, 14 empates e 7 derrotas –  e que substituíra Raimundinho- 11 jogos, 1 vitória, 2 empates e 8 derrotas) cumpria tabela.

Marcação impecável, anulou Wander do Brasília em foto do Givaldo Barbosa do Correio Braziliense
Marcação impecável, anulou Wander do Brasília em foto do Givaldo Barbosa do Correio Braziliense

No final, para a surpresa de muitos, o Gato Preto venceu o então poderoso Brasilia por 2 x 1, gols de Marquinhos (em jogada de Auro) e do próprio Auro (em jogada de Marquinhos (posteriormente ficou nacionalmente conhecido como Marquinhos Bahia).

Ao final da partida, o presidente do Taguatinga Froylan Pinto veio com um cheque de Cr$ 300.000,00  (trezentos mil cruzeiros da época, algo como R$ 8.000,00 em dinheiro de hoje), valor muito superior à renda do jogo que fora de R$ 34.500,00 (novecentos reais em dinheiro de hoje).

Capitão Brito recusa o cheque em foto do Givaldo Barbosa do Correio Braziliense
Capitão Brito recusa o cheque em foto do Givaldo Barbosa do Correio Braziliense

Os jogadores do Ceilândia, apesar de todas as dificuldades vividas, recusaram a oferta do homem do Landau. O clima ficou tenso com o gesto nobre dos jogadores do Gato Preto. Ao final, contudo, depois de muita discussão optou-se por dar um destino mais nobre ainda ao valor que foi repassado a uma instituição de caridade o Lar de Assistência ao Menor Abandonado da Dona Geni então localizado na QNM 29 de Ceilândia.

A partir  desse confronto, Ceilândia e Brasilia se enfrentaram  59 vezes e o retrospecto nesse período é favorável ao Gato Preto: São 23 vitórias do Ceilândia, 19 empates e 18 vitórias do Brasília.

 

 

Cai a mais longa invencibilidade do futebol do DF

Em reprodução do CB da época: confusão na vitória
Em reprodução do CB da época: confusão na vitória

A data: 9 de abril de 2000. O local:  AE 14, Ceilândia. O adversário: o Gama. A invencibilidade: 36 jogos.

A semana foi complicada. O Ceilândia há tempos não jogava no Abadião. O gramado na época era muito ruim e para complicar estava cheio de areia. O Gama fez o que pode para evitar o confronto no Abadião, o estádio lotou. Mais de 4 mil ingressos foram vendidos e no final os portões tiveram que ser abertos.

Em campo, a torcida do CEC não perdoou as manobras do adversário visando tirar o jogo da AE 14. “inha, inha, inha, o Gama é uma galinha” gritavam.  Estádio lotado, algo que não se vê desde 2004. Havia mais paixão naquela época, há mais profissionalismo hoje em 2013.

Empurrado pela torcida, o CEC foi melhor.  Logo aos 8 minutos, Marquinhos Bahia deu passe para Alemão que passou por Mica e chutou sem defesa para Fernando. Ceilândia 1 x 0.  Aos 21, Marquinhos Bahia bateu falta com perfeição, sem chance para Fernando, mas a bola bateu na trave.

O time do Gama era um bom time. Não se podia bobear. Aos 43, Abimael fugiu e cruzou para Marcelo França empatar. Silêncio na AE 14.

Veio o segundo tempo e o CEC voltou pressionando. Aos 6 minutos, Cassius, sempre ele, foi derrubado por Fernando. O árbitro Paulo renato marcou o penalti claro. Márcio Franco cobrou com perfeição: Ceilândia 2 x 1.

Aos 35, Silvio e Marquinhos Bahia se desentenderam e, na confusão, Paulo Henrique e Clécio foram expulsos.

O Gama pressionou nos minutos finais, mas o CEC garantiu a vitória e quebrou aquela que seria, até então, a mais longa invencibilidade de times do DF. O Gama não perdia desde 26 de abril de 1998.

O Ceilândia jogou com Tobias, Marcio Franco, Elson, Dias e Adilson (Pedrão); Marquinhos Carioca, Iron, Alemão (Serginho) e Marquinhos Bahia; Cassius e Márcio Paulista (Clécio). Técnico Ricardo Freitas.

O Gama jogou com Fernando, Paulo Henrique, Sávio, Almir Conceição e Mica. Nem, Kabila, Robston (Esio) e Mariozan (Bebet). Marcelo França (Rodrigão) e Abimael. Técnico: Valter Ferreira.

Público: +4mil pessoas

Expulsões: Paulo Henrique (Gama) e Clécio (Ceilândia).

Cartões Amarelos: Alemão, Elson, Iron, Marquinhos Carioca e Marcio Franco (Ceilândia) Marcelo França, Silvio e Fernando (Gama).

 

O Dia em que o Ceilândia enfrentou a Seleção do Canadá

Brito foi o técnico do Ceilândia no amistoso contra o Canadá
O tricampeão do mundo Brito foi o técnico do Ceilândia no amistoso contra o Canadá

Uma singela notinha no jornal, sem grandes informações. É o que consta do primeiro jogo internacional do Ceilândia Esporte Clube.

A nota em destaque: Ceilândia fazia seu primeiro amistoso internacional

O ano era 1988. O Ceilândia, depois da boa campanha no Candangão de 1987, começou o ano com grandes planos. Na primeira partida, diante do Sobradinho, segundo relatos da época, 25 mil pessoas foram ao Serejão e presenciaram a vitória do Ceilândia por 3 x 0.

No final da reportagem, menção ao jogo do Ceilândia
No final da reportagem, menção ao jogo do Ceilândia

O público fora atraído com sorteio de prêmios. Apesar do bom começo, o Ceilândia, treinado pelo tricampeão Brito, colecionou alguns tropeços. Em 23 de março, o Gato Preto deixou a competição de lado para enfrentar a seleção do Canadá.

Uma notinha no jornal. Duas ou três linhas dão a notícia de que o Gato Preto saiu na frente. Não menciona quem fez o gol. Também diz que o Ceilândia foi derrotado por 2 x 1. Brito acabou não resistindo.

O jogo contra o Brasília, adiado para a disputa do amistoso, foi enfim realizado. O Ceilândia venceu por 4 x 1 e Brito deixou o Ceilândia. Em seu lugar entrou Aldair Felix. Na época, dizia-se que o salário de Brito, de Cz$ 80.000,00 (oitenta mil cruzados ou algo como R$ 8500,00 em dinheiro de hoje) fora a causa.

Dias, Chaguinhas, Paulao, Janio (Athos) e Marcelo (Raimundo); Chicão, Edmilson (Tita) e Dirson; Carlinhos, Marquinhos e Wade normalmente formavam o Ceilândia de 1988.

1983: Ceilândia acaba com favoritismo do Gama

Marco Antonio vs Moreirinha: todos os olhos para Brasilia x Tiradentes
Marco Antonio vs Moreirinha: todos os olhos para Brasilia x Tiradentes

Com um gol de Joãozinho logo aos 32 minutos do primeito tempo o Ceilândia apresentou as suas credenciais para 1983. Com um time formado por jogadores que fariam parte da história do futebol local com Roberto, Auro, Brito, Tião (Evandro) e Teixeira; Chico, Som e Marquinhos(Paulo Honório); Nicássio, Joãozinho e Adão, o Ceilândia dominou boa parte da partida, mas não resistiu a pressão do adversário e permitiu o empate aos 10 do segundo tempo, quando Zinha fez o gol alviverde.

O domínio do Ceilândia foi completo no primeiro tempo quem sabe beneficiado pelos quatros desfalques alviverdes. A verdade é que o Ceilândia poderia ter saído no intervalo com uma vantagem mais confortável mas o jogo ficou no 1 x0, gol marcado por Joãozinho  aproveitando cruzamento da esquerda.

No segundo tempo o panorama da partida mudou. O Gama pressionou e poderia ter virado se não fosse pelas três bolas na trave alvinegra.

Ficha Técnica:

Arbitro: Luiz Vilhena

Auxiliares: Francisco Portugal e Jose Vidal

Gama: Toinho, Cidão, William; Zinha e Dailton. Santana, Junior e Vicente; Lino, Vaguinho (Ronaldo), Ariosto (Chiquinho). Tec. Jaime dos Santos.

OUTRAS PARTIDAS

Na outra partida da rodada o Tiradentes empatou com o Brasília em Planaltina por 1 x 1. Os gols foram anotados por Josimar para o Tiradentes aos 15 e Queiroz para o Brasilia aos 27 do 2. tempo. Folgando na rodada o Sobradinho venceu o Anápolis por 1×0, gol marcado por Péricles.

Fonte: Correio Braziliense (inclusive ilustração) – arquivos pessoais

1983: Ceilândia desafia favoritismo do Gama

Manoel Ferreira era um dos destaques do Tiradentes
Manoel Ferreira era um dos destaques do Tiradentes

O Gama é o grande favorito na estréia do Ceilândia no campeonato de 1983. O time alviverde foi campeão do Torneio Início, mas luta contra o tempo para inscrever Carlão, Hélio, Manoel Silva e Nilson. O Técnico alviverde, Jaime dos Santos disse estar aborrecido porque terá que fazer algumas improvisações.
Para os lados do Ceilândia o técnico Raimundinho admite o favoritismo alviverde mas adiantou que o Ceilândia tem condições de surpreender. Para a estréia Raimundinho tem apenas uma dúvida: Marquinhos, revelação do Campeonato de 1982 (posteriormente ficaria conhecido como Marquinhos Bahia) é dúvida para atuar ao lado de Chico e Som. Caso não possa jogar entrará Adão.
A grande novidade do CEC contudo é a estréia de Nicássio, campeão do DF em 1981 pelo Brasília. Também estão a disposição de Raimundinho os jogadores Edson (ex-Brasília) e Caio (Ex-Guará).
As mais prováveis escalações: Gama: Toinho, Cidão, William, Zinha e Junior, Santana, Ronaldo (Rubens), Rosemberg, Lino, Vaguinho e Ariosto. Tec. Jaime dos Santos.
Ceilândia: Roberto, Auro, Brito, Tião e Teixeira; Chico, Som e Marquinhos (Adão); Nicássio, Joãozinho e Paulo Honório (Adão). Tec.: Raimundinho.

 

ENQUANTO ISSO.
Na primeira prtida da competição o Taguating estreiou com vitória sobre o Guará por 2 x 1. Os gols do Taguatinga foram marcados por Péricles e Fantato ao passo que Peba descontou para o Guará.

Outra partida completava a primeira rodada:  Tiradentes x Brasilia (em Planaltina). Sobradinho e Vasco da Gama folgariam.

Outra notícia chamou a atenção na época: a Federação Metropolitana havia convidado Planaltina Esporte Clube, Campineira, CAsa do Ciclismo, Ajax e Unidos (Sobradinho), Canadrinho, Madureira e Brazlândia (Brazlândia), Desportiva Bandeirante e Gremio Brasiliense (Núcleo Bandeirante), Dom Bosco (Ceilândia), Pratão (Guará), Clube Atlético Brasiliense (Gama) e ASMEC para que se inscrevessem a oito vagas na segunda divisão do DF.

Fonte: Correio Braziliense (inclusive ilustração) – arquivos pessoais

1983: Gama campeão do Torneio Início

Teixeira, último em pé e a direita: um dos mais regulares da história
Teixeira, último em pé e a direita: um dos mais regulares da história

O Ceilândia não teve muita sorte no Torneio Início 1983 e acabou eliminado logo em sua primeira apresentação. Jogando contra o Tiradentes, o alvinegro sofreu um gol logo aos 5 minutos, quando Manoel Ferreira aproveitou o rebote do goleiro Roberto e abriu o marcador.  Raimundinho, técnico do Ceilândia, reclamou bastante da arbitragem e da violência do time do Tiradentes. Numa dessas entradas mais ríspidas, o atacante Neto do Ceilândia fraturou a clavícula. Com a derrota o Ceilândia foi eliminado do Torneio Início.

O Ceilândia jogou com Roberto, Auro, Brito, Tião, Teixeira; Chico, Joãozinho, Adão e Paulo Honório; Neto e Alves.

A competição foi disputada no Estádio Bezerrão, no Gama. Os times jogavam partidas eliminatórias em 30 minutos. Em caso de empate os times decidiriam quem avançaria em cobrança de 3 penaltis.

A partida de abertura foi entre Taguatinga e Guará. O Taguatinga  venceu nas cobranças de penaltis (6×5) , apos empate sem gols durante os 40 minutos de partida.  A segunda partida foi disputada entre Sobradinho e Brasília e também foi decidida nos penaltis em favor do Sobradinho (6×5).   O Ceilândia perdeu na terceira partida do dia para o Tiradentes e na última partida da primeira fase o Gama enfrentou o surpreendente Vasco da Gama. O alviverde levou um susto quando Dircinho marcou para o Vasco logo aos 5 minutos de jogo. Pouco tempo depois Lino empatou para o Gama em cobrança de penalti. Com a igualdade no marcador o jogo também foi para os pênaltis. O vencedor somente veio na segunda série de cobrança de penaltis e o Gama venceu por 3 x 2 (Lino, Paulo Sérgio e Manoel Silva para o Gama).

Na semi-final o Taguatinga enfrentou o Sobradinho e o alvinegro serrano surpreendeu mais uma vez.  Após empate no tempo normal, o Sobradinho venceu em cobrança de penaltis por 3 x 2 (Serginho, Arthur e Rodrigues contra Paulo Araújo e Péricles do Taguatinga. Joaldo defendeu o penalti cobrado por Fantato).

Na outra semi-final, o Gama derrotou o Tiradentes no tempo normal por 2 x 0 (gols de Lino e de Ronaldo).

O Gama sagrou-se campeão do Torneio Início ao vencer, na decisão, o Sobradinho por 2 x 0, nas cobranças de penaltis. Após os 40 minutos de jogo, o Hélio defendeu os penaltis cobrados por Serginho e Artur, enquanto que Lino e Cidão marcaram os gols do campeão.

1983: Guerra começa com Torneio Início

Raimundinho: técnico do Ceilândia
Raimundinho: técnico do Ceilândia

O  Campeonato Metropolitano de 1983 começa neste domingo, 8 de maio de 1983, com o Torneio Início. Ao lado dos convidados há um intruso, o Vasco do Gama, que não foi convidado mas estará presente  na festa como penetra apoiado pelas leis desportivas.  O favorito é o Taguatinga, que armou o melhor time da cidade e tem João Avelino como técnico.  O Tiradentes com Luiz Arthur Gomes manteve a base de 1982 e o Guará de Alaor Capela que participou da Taça de prata mudou mutio e é apenas uma pálida lembrança do bom time do ano passado.

Brasilia, de Mozair Barbosa, Gama de Jaime dos Santos, Ceilândia, treinado por Raimundinho,  e Sobradinho de Jorge Medina esperam dias melhores. O Vasco da Gama, treinado por Carlos José e representando o Cruzeiro, era tido como uma brincadeira de mau gosto. Não confundir com outro Vasco da Gama, este fundado no Lago Norte anos depois.

CEILÂNDIA: EM BUSCA DE DEFINIÇÃO

O Ceilândia vem com Raimundinho como técnico e estréia no Torneio Início contra o temido Tiradentes.  O time passou a treinar no Parque da Cidade e realiza os coletivos no Estádio Chapadinha em Brazlândia. Até 1982, o time treinava no Serejão, em horários permitidos pelo Taguatinga.  Até o momento o elenco do Ceilândia possui apenas 16 jogadores, quatro deles juniores. Destaques para o meio campista Marco Antonio (posteriormente conhecido por Marquinhos Bahia) e para o centro-avante Joãozinho.

(fonte: jornais da época).

1983: Campeonato começa em maio

Jairzinho jogando pelo Tiradentes: Metropolitano começa em maio
Jairzinho jogando pelo Tiradentes: Metropolitano começa em maio

Botafogo do Rio de Janeiro sagrou-se campeão do Torneio 21 de Abril ao vencer o Tiradentes por 3 x 1 no Bezerrão (Té fez os três gols do Botafogo e Jairzinho descontou para o Tiradentes).  Destaque na competição para a participação do tri-campeão  Jairzinho jogando com a camisa do Tiradentes. Na disputa do terceiro lugar o Taguatinga venceu o Gama por 2×1 (Fantato fez os dois do Taguatinga e Nilson descontou para o Gama).

Enquanto a Taça 21 de Abril era disputada, os clubes se movimentavam. A única coisa definida é que o campeonato começará em 15 de maio de 1983. O número de clubes não está definido. A razão é que o Vasco da Gama, clube do Cruzeiro, conseguiu parecer favorável da CBF para disputar a competição, mas a FMF e seu presidente Adilson Peres reluta em admitir o clube na primeira divisão. Prefere a idéia de criar uma segunda divisão no DF.

De certo, por enquanto, apenas a participação de pela ordem Brasilia, Taguatinga, Gama, Ceilândia, Tiradentes, Sobradinho e Guará.

(com base em reportagens da época).

Pauleci, camisa 10 do gato em 1982, comandado por Euripedes Bueno

No time de Euripedes Bueno, brilhava Pauleci

Pauleci, camisa 10 do gato em 1982, comandado por Euripedes Bueno
Pauleci, camisa 10 do gato em 1982, comandado por Euripedes Bueno

A notícia da morte de Eurípedes Bueno trouxe à memória fatos acontecidos no distante 1982. Naquele ano o CEC voltava a disputar o Campeonato do Distrito Federal após se licenciar e não disputar o campeonato de 1981. O então presidente Antônio Cardoso trouxe o campeão do Distrito Federal de 1979 pelo Gama e Eurípedes Bueno renovou o time quase que por completo. Dentre os jogadores estava Pauleci que formava o meio de campo com Alves e Chicão.

Mas o caminho não estava de todo aberto para Pauleci brilhar. No segundo turno de 1982 o CEC trouxe de volta Zé Vieira e um outro jogador começou a aparecer um meio de campo baixinho e habilidoso chamado  Dorival. Pauleci perdeu o lugar no time e o Ceilândia ganhava o seu maior ídolo em sua história: Dorival.

Com esse time, o CEC recuperou-se na competição e fez uma boa campanha no segundo e no terceiro turnos do metropolitano 1982.

Gama derrota o Ceilândia e garante o vice-campeonato

Brasilia vencia enquanto o CEC pegava o Gama
Brasilia vencia enquanto o CEC pegava o Gama

O Gama não teve dificuldades para derrotar o Ceilândia, na tarde do domingo, 6 de julho de 1980.  A arbitragem de Carlos Alberto Santiago foi reprovada pela imprensa, assim como a atuação dos auxiliares Luiz Vilhena e Luiz Carlos Magno.

A partida começou num bom ritmo,  mas o Gama somente veio a marcar aos 24.  Fantato cobrou falta com prefeição,  a bola tocou o travessão e morreu no fundo das redes da meta defendida por Carlos.  Um minuto depois, enquanto os jogadores do Ceilândia ainda discutiam, Lino recebeu na intermediária, passou pela marcação e tocou na saída de Carlos.

Logo após o gol, o treinador do Ceilândia, Seu Chicão, sacou Carlos e colcou Edson.

Na segunda etapa, o Gama colocou o pé no freio, mas ainda assim, aos 45, Lino ampliou para o Gama. O resultado em nada ajudou o Gama. A combinação de resultados deu o título ao Brasília que venceu o Taguatinga por 2 x 0 (dois gols de Wander) e sagrou-se tetracampeão da Taça Brasília (1 turno). Nas outras partidas o Guará bateu a Desportiva por 1 x 0 (Cleyton aos 18 minutos do primeiro tempo); Comercial de Planaltina e Sobradinho empataram em 2 x 2 (Arildo 2 para o Sobradinho e Magela e Nicássio para o Comercial).

Ficha técnica:

Renda: Cr$ 66.400,00

Ceilândia: Carlos (Edson), Renilton, Arlício, Toninho e Teixeira; Adilson, Marcos e Zé Vieira; Messias, Júlio César (Risadinha) e Zé Carlos.

Gama: Hélio, Júnior, Paulo Frederico, Kidão e Carlão; Jairo, Boni e Zu (Manoel Ferreira); Lino, Fantato e Luis Carlos.

(Com base em reportagens da é

Ceilândia: vitória suada contra Tiradentes

O Ceilândia deu um passo importante visando o topo da tabela.  Jogando no Serejão, neste domingo de 8 de junho de 1980, o alvinegro venceu o Tiradentes por 1 x0.

Foi um jogo equilibrado. No primeiro tempo o Tiradentes mostrou mais objetvidade, mas foi o Ceilândia quem saiu na frente. Aos 10 minutos do primeiro tempo, Zé Vieira tocou para Messias que foi a linha de fundo e cruzou. O zagueiro Geraldo tentou cortar e jogou contra a sua própria meta: Ceilândia 1 x 0. Após o gol, o Tiradentes tomou o controle da partida, mas nada fez de positivo.

No segundo tempo, Seu Chicão, técnico do Ceilândia, advertiu o time para não ceder espaços. Com a nova formação, o CEC inibiu as ações do Tiradentes e levou a vitória até o final.

Ficha Técnica:

Arbitro Adelio Nogueira (Osvaldo dos Santos e José Vidal auxiliaram.

Renda: CR$ 4.620,00

Ceilândia: CArlos, Zé, Reinaldo, Harisson e Teixeira; Edilson, Marcos e Zé Vieira; Messias, Risadinha e Zé Carlos.

Tiradentes: Jailson, Joãozinho, Geraldo, Nonato e Anselmo; Aquino, Messias e Biônico; Marco Antônio, Roberto Cesar e Viana.

Ps: com base em reportagem da época.

CEC supreende Guará no CAVE

Quando, aos 45 do segundo tempo, Cacírio Marinho apitou o final do jogo, o Ceilândia conseguira o seu primeiro ponto no campeonato Metropolitano de 1980 ao empatar com o Guará em 1 x 1 no CAVE. Farncisco fez o primeiro gol em jogo oficial do CEC.

O nível técnico da partida não foi dos melhores. No primeiro tempo, o Guará, treinado por Alaor Capella, com boas atuações de Jânio e Marquinhos, tomou a iniciativa do jogo e perdeu seguidas oportunidade de abrir o marcador.

O jogo não mudou no segundo tempo. O Guará adiantou sua linha de defesa e manteve o Ceilândia acuado em seu próprio campo. De tanto insistir, o Guará abriu o marcador. Isto, contudo, somente ocorreu aos 30 minutos da etapa final. Jânio lançou Ivonildo que passou pelo seu marcador e tocou na saída de Edson: Guará 1 x 0.

Após o gol, o Guará chamou o Ceilândia para o seu campo. A estratégia não deu certo. Aos 36, Zé Vieira e Zé Carlos fizeram uma belíssima tabela. Zé Carlos chutou, a bola desviou na defesa e sobrou para Francisco, que entrara no lugar de Paulinho, fazer o gol do Ceilândia, o seu primeiro gol em jogo oficial.

Após fazer o gol, o CEC se animou. Partiu para o ataque e chegou a perder algumas chances. O resultado final, contudo, foi justo.

Ficha técnica:
Data: 25/05/1980
Guara 1 x 1 Ceilândia
Renda: 1.350 cruzeiros
Juiz: Cacírio Marinho
Auxiliares: Carlos Alberto Santiago e Luis Carlos Magno
Ceilândia: Edson, Aléssio, Toninho, Remilton e Teixeira. Adilson, Marquinhos e Zé Vieira. Julinho, Paulinho (Francisco) e Zé Carlos.
Técnico: Seu Chicão.

Deu Taguatinga: 3 x 0

Em sua primeira partida oficial, na estréia do campeoanto Metropolitano de 1980, o Ceilândia perdeu para o Taguatinga. Apesar dos problemas fora do campo, o Taguatinga foi sempre superior ao mais novo time profissional do Distrito Federal.

Desde os primeiros minutos o Taguatinga mostrou que era um time mais organizado e experiente. Euzébio, Lobão e Paulo Hermes comandaram o meio de campo, enquanto o Ceilândia, com Adilson, Paulinho e Ze Vieira tinham preocupações apenas ofensiva, deixando a defesa desprotegida. O técnico do Taguatinga, Wanderley Salles percebeu a falha e instruiu  Paulo Hermes a posicionar-se nas costas do trio.

Foi justamente desse ponto onde se colocou Paulo Hermes que surgiu o primeiro gol do Taguatinga. Num ataque do Ceilândia,  Zé Vieira foi desarmado por Euzébio que tocou de primeira para Paulo Hermes que, de passagem, entre dois adversários, acionou Careca que bateu firme e sem chances para Edson.

O Ceilândia que até aquele momento era dominado pelo Taguatinga, sentiu o gol e o Taguatinga passou a dominar o jogo por completo. Aos 25, Careca driblou Teixeira e Paulinho e cruzou na cabeça de Paulo Hermes que fez o segundo gol. Após o segundo gol o Taguatinga passou a administrar o jogo até o final do primeiro tempo.

Na segunda etapa da partida, Chicão fez duas substituições. Tirou Paulinho e Cidão e colocou Sideni e Arlicio. Isso melhorou a defesa do Ceilândia, mas não resolveu a falta de objetividade da equipe. O resultado foi que o Taguatinga cozinhou o jogo a seu modo e, aos 30, Piau fez o terceiro. Resultado final: Taguatinga 3 x 0 Ceilândia.

Ficha Técnica:
TAGUATINGA 3 X 0 CEILANDIA
Gols: Careca 13, Paulo Hermes, 15 do Primeiro tempo. Piaui aos 30 do segundo tempo.
LOCAL : ELMO SEREJO
RENDA : 14.100,00 cruzeiros
Árbitro: Adelio Nogueira
Auxiliares: Manuel Batista e Raimundo Leite
CEILÃ?NDIA: Edson, Enilton, Cidão (Arlício), Toninho e Teixeira; Adilson, Paulinho (Joseni) e Zé Vieira; Messias, Risadinha e Marquinhos. Técnico: Chicão
TAGUATINGA: Jonas, Aldir, Valter, VArley e Geraldo Galvão; Euzébio, Lobão e Paulo Hermes; Careca, Piaui e Maurício. Técnico: Wanderley Salles

Fonte auxiliar: CORREIO BRAZILIENSE 19.05.1980

Ceilândia estréia contra Taguatinga

1980zevieiraCeilândia e Taguatinga realizam esta tarde, Ã s 15h30min, uma partida bastante equilibrada pela primeira rodada do Campeonato Brasiliense de 1980. As duas equipes ainda não tem escalação definida e, devido a “catimba” dos treinadores durante a semana, pode prever-se que ADELIO NOGUEIRA (árbitro), MANOEL BATISTA DE OLIVEIRA e RAIMUNDO LEITE (auxiliares) terão bastante trabalho.
CHICÃ?O, treinador do Ceilândia, só definiu sua equipe (sujeita a mudanças de última hora) após o treino de ontem, quando corrigiu alguns erros de marcação. Já o Taguatinga, que será dirigido pelo preparador-físico Wanderley Salles, já que o novo treinador da equipe – Ananias – ainda não assumiu.
CEILÃ?NDIA
Com a saída do treinador João da Silva o ambiente pesado que fazia com que dirigentes e jogadores ficassem desanimados acabou e a contratação de Chicão para seu lugar parece que deu vida nova ao time, uma vez que é conhecido de todos os atletas. Chicão, com seu modo afável de tratar os jogadores conseguiu uma grande união dentro do clube e os dirigentes chegam a afirmar que essa união é que fará do Ceilândia um forte no Campeonato Metropolitano.
Para a partida de hoje, Chicão, parecendo que acredita no fator surpresa dentro do futebol, demorou a semana catimbando, se fornecer a escalação do time. Por fim, ontem, escalou um time sujeito a mudanças, mas tudo isso não passa de um ardil para provocar o adversário.
A contratação de Zé Carlos, ponta-esquerda da selelção juvenil do Distrito Federal deixou o treinador bastante animado. E o jogador já poderá ser utilizado, pois sua situação na FMF e CGF está devidamente regularizada, esclareceram os dirigentes.

O Ceilândia deverá formar com Edson, enilton, Cidão, Toninho e Teixeira; Adilson, Marcos e Zé Vieira. Julinho, Paulinho e Zé Carlos. Técnico Chicão.