Jogando para um bom público na tarde desta quarta-feira, o Ceilândia venceu o Brasiliense por 1 x 0. O Gato Preto foi fiel à sua lição de casa: deveria equilibrar em concentração e disposição com seu adversário. Em condições de igualdade, o talento de seus jogadores deveria prevalecer.
Não foi um jogo fácil, como se esperava. O Brasiliense começou melhor. O Ceilândia, inovando taticamente, deixava muito espaço entre a sua linha de ataque formada por Clécio, Claudecir e Bruno Morais.
Como Bruno Morais e Clécio mostravam dificuldade na marcação da saída de bola, o Brasiliense encontrava Didão e Liel desprotegidos. Sorte do alvinegro que o time amarelo respeitou demais o Gato Preto ou não quis arriscar. O fato é que o Brasiliense teve a iniciativa do jogo nos primeiros vinte minutos.
Na segunda metade do segundo tempo, o Ceilândia equilibrou o jogo. Nessa segunda metade do primeiro tempo ocorreram as maiores chances de gol. Na primeira, a bola beijou o poste direito de Léo. Um lance casual, mas que poderia ter mudado a história do jogo.
Minutos depois, o Ceilândia conseguiu furar o sistema defensivo do Brasiliense. Mário Henrique invadiu a área adversária, mas o goleiro do Brasiliense fez grande defesa.
Veio o segundo tempo e o jogo começou equilibrado. Aos poucos, contudo, o Ceilândia foi se impondo. Não que o Ceilândia criasse situações de gol, mas tinha a iniciativa do jogo.
Aos 16, Wallace surpreendeu o adversário ao conduzir a bola até a intermediária. Recebeu o passe em profundidade e cruzou para Clécio, que se esforçava mas não fazia uma boa partida, desviar e fazer o primeiro gol da partida. Ceilândia 1 x 0.
Depois do gol, o Ceilândia até que tentou manter o equilíbrio da partida, mas Clécio, Allan Dellon e Bruno Morais estavam cansados. Clécio e Bruno Morais possuíam a missão de marcar a saída de bola adversária e acompanhar os alas. Uma tarefa difícil, cansativa, e, se não foram efetivos como meia-atacantes, de certo modo cumpriram suas missões a contento.
O Brasiliense assumiu a iniciativa do jogo, mas faltava-lhe o último passe. O Ceilândia, ao contrário, com mais espaço passou a rondar a área amarela. Tanto quanto o adversário, faltava ao Ceilândia o último passe.
Adelson tirou Clécio e Allan Dellon para as entradas de Kabrine e Wisman. Os dois nada acrescentaram ofensivamente, mas ao menos voltaram a equilibrar o jogo.
No final da partida, Adelson tirou o valente Claudecir que, se não fez gol, mostrou que seguira à risca a lição da comissão técnica: se o Ceilândia ao menos igualasse o adversário em concentração e disposição, teria mais talento para resolver o jogo. Em seu lugar entrou Chefe que segurou a bola no ataque.
Nos minutos finais, o Ceilândia controlou o jogo. Mostrou-se ciente de que não resolveria o mata-mata no primeiro jogo. São 180 minutos. É importante saber que o jogo continua.
Os dois times voltam a se enfrentar no domingo. Um dos dois restará eliminado. O Ceilândia sabe de sua força, mas precisa estar preparado para um adversário que se mostrou inferior tecnicamente, mas que, pela sua grandeza, é capaz de, na base da superação, reverter a vantagem inicial alvinegra. A decisão apenas começou.