São 20 anos passando pelo mesmo tipo de mudanças, forçadas pelo poderio econômico do rival Brasiliense. Desde 2002, quando no meio do campeonato tirou do Ceilândia metade do time (Gilson, Pituca, Bobby, Ricardinho e até mesmo o técnico Sérgio Alexandre), o Brasiliense mostra quem manda as cartas.
Este ano parece não ter sido diferente. Há notícias de que Tarta teria fechado com o adversário. Especula-se que Cabralzinho tenha seguido o mesmo caminho, mas parece certo que não disputará a D pelo Ceilândia. Para completar, o volante Gabriel Henrique acertou com o Vila Nova-GO para a B Nacional.
Isso obriga o Ceilândia a reformular inteiramente o meio de campo e reforçar o ataque. A direção agiu rápido. Além de Matheus Falero e Thiago Magno, já utilizados na Copa do Brasil, e do retorno de Liel, o Ceilândia trouxe Felipinho do Unaí, Giovani e Roberto Pitio do Capital. Também conta com o retorno do lateral Gabriel, aqui revelado, e espera a apresentação de Clemente. Os dois últimos disputaram o Candangão 2022 pelo Capital.
As mudanças trazem um grau de dificuldade a mais: saber quais serão as lideranças técnicas do time. Estes postos antes eram ocupados por Tarta e Cabralzinho.
Não precisa ir muito longe para saber que se espera que a liderança técnica agora seja exercida por Giovani e Hiury. Giovani fez um bom campeonato pelo Capital.
Hiury começou o Candangão muito bem, mas uma lesão atrapalhou a evolução. Hiury precisa compreender que o Ceilândia lhe dá a chance de mudar de patamar e precisa abraçar essa oportunidade.
De qualquer forma, o time treinou forte na tarde de ontem. A Série D é uma maratona. O time precisa estar preparado para uma longa sequencia de jogos e uma tabela que o obriga a decidir logo, afinal o Ceilândia decidirá fora de casa já que fará 3 dos 4 últimos jogos no campo adversário.