Horas antes do jogo Adelson de Almeida estava apreensivo. O seu maior temor estava na possibilidade de o Caxias jogar com três atacantes, tal como a composição da delegação do Caxias denunciava. Adelson confidenciou que com as características de seus atletas teria dificuldades. O temor de Adelson se concretizou: O Caxias iniciou com Everton, Pedro Henrique e Lima no ataque.
Mas isso não foi determinante: Bastaram poucos minutos para perceber a diferença no nível de rotação das equipes. Enquanto o Ceilândia girava a 33 o Caxias girava a 66 rotações por minuto, ou quilometros por hora, conforme se deseje.
Mesmo assim, foram nos primeiros minutos, numa autêntica briga de rua, em que os times trocaram golpes abertamente, que o Ceilândia teve as melhores chances da partida, antes mesmo que o Caxias. O Gato

Preto somente não contava que numa jogada despretensiosa o Caxias abrisse o marcador aos 15 minutos, com o zagueiro Neto aproveitando uma bobeada geral.
O Ceilândia não sentiu o golpe. Tentou bravamente ir ao ataque, mas apenas três minutos depois, tomou o segundo gol: Lima aproveitando passe na medida de Everton.
Depois disso o time sentiu e os gols foram se sucedendo: Lima aos 29, Pedro Henrique aos 38 e Everton aos 45 do primeiro tempo selaram o marcador.
Veio o segundo tempo apenas para efeitos protocolares. Não houve jogo. O Ceilândia tentou, tentou e tentou o gol de honra. Não criou as oportunidades, nem fez o gol. O Caxias goleou o Ceilândia na sua própria casa. Como isso dói!
Resta um consolo: se o time antes não reagia a diversos estímulos, agora não há como não reagir ao tremendo golpe porque passou agora. É impossível não reagir, para o bem ou para o mal. O time é bom, apenas perdeu o caminho desde a derrota diante do CFZ. Ainda há tempo de dar a volta por cima e gritar é campeão.