O Ceiândia teve que se contentar com o vice-campeonato candango de 2016. Pode não ser o melhor dos mundos, mas com certeza é um feito que garante vaga na Série D 2016 e 2017, assim como na Copa do Brasil 2017 e na Copa Verde 2017.
Não era uma tarefa fácil, todos sabiam. O Ceilândia fora melhor que o Luziânia na partida de ida, perdera ao menos seis chances claras de gol, com direito a duas bolas no travessão. Não obstante, o adversário vencera por 2 x 0, obrigando o Gato Preto a vencer por três gols de diferença.
O Ceilândia mudou a sua forma de jogar. As saídas de Bruno Morais e Claudecir tornava o jogo do Ceilândia um pouco mais denso, lento e, porque não dizer, seguro. Não obstante, era um jogo menos flúido no ataque.
O fato é que, no jogo de hoje, o Ceilândia teve o domínio do primeiro tempo e ameaçou a meta adversária por diversas vezes, mas nunca em situações claras de gol como do jogo passado.
Nas vezes que chegou à meta adversária, a bola sempre esteve mascada e isso facilitou as defesas de Edmar.
Veio o segundo tempo e o Luziânia voltou um pouco melhor. Não por muito tempo. O Ceilândia retomou a iniciativa do jogo e martelou o seu gol insistentemente. A torcida do Luziânia, em maior número, permanecia apreensiva…
Tal como na primeira etapa, as chances claras de gol não surgiam. O Luziânia, cômodo na sua imensa vantagem, não se arriscava.
Nos minutos finais, o Ceilândia foi para o tudo ou nada. O time precisava fazer ao menos dois gols para levar o jogo para os pênaltis. Léo era um espectador privilegiado.
As entradas de Cassius e Wesley e as próprias circunstâncias do jogo fizeram com que o Ceilândia pressionasse ainda mais o Luziânia, mas o gol não vinha.
O Gato esteve muito próximo de fazer o gol ao menos duas vezes: com Liel (que fez a sua melhor partida na competição) e com Cassius (que historicamente sempre levou vantagem sobre Perivaldo). O gol não saiu.
O Ceilândia ainda poderia ter saído na frente do marcador se o árbitro Rodrigo Raposo tivesse assinalado o penalti pedido por Wesley quando Perivaldo, no chão, desviou a bola com o braço. Mas o árbitro mandou o lance seguir.
O Ceilândia era valente, lutava insistentemente pela vitória. A torcida do Luziânia, apreensiva, mesmo com a imensa vantagem, somente soltou o grito de “é campeão” aos 41 minutos do segundo tempo.
O Ceilândia era melhor, mas o futebol às vezes atua com requintes de crueldade. O Ceilândia pode ter uma série de defeitos, mas não merecia o que a sorte lhe reservava. Aos 43, Tatui ficou cara a cara com Léo e fez Luziânia 1 x 0. O resultado era por demais cruel para aquilo que fora demonstrado em campo.
O Ceilândia ainda tentou o empate, pressionou, mas Edmar esteve iluminado nesses dois jogos. Rodrigo Raposo apontou o final do jogo.
O Ceilândia é vice-campeão candango de 2016. Há um certo sentimento de dor pela perda do título. Não seria diferente… mas há algo que diz que também há algo por ser comemorado.
Em tempo: o título do Luziânia foi merecido pela excelente campanha que fez.