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Fé!

Contra o Caxias: Everton desequilibrou o jogo. Hoje será diferente
Contra o Caxias: Everton desequilibrou o jogo. Hoje será diferente

Há um clima de ansiedade no ar…  Há um misto de otimismo e dúvida, mas há também a certeza de que não há nada a temer. Basta que o time encaixe o seu jogo para que o Ceilândia conquiste uma vitória na tarde de hoje. Pesa a favor do Ceilândia a certeza de que o momento vivido pelo Brasília não é melhor.  Pesa a favor do Brasília o fato de que jogam com menos responsabilidade.

Para a partida de hoje à tarde o Ceilândia entrará mais uma vez bastante modificado. Goeber, Jorginho Paulista e Andrezinho são desfalques certos. Foi assim, bastante modificado, que fez uma excelente partida diante do Formosa e deixou a vitória escapar nos minutos finais. Surpreendentemente, o time cresce nas adversidade. Essa é a esperança para hoje a tarde. Todos tem fé de que a tudo mudará a partir de hoje. Que assim seja.

Junior e Rogério: todos estão sofrendo

Começar de novo!

Fé: A torcida acredita na reação
Fé: A torcida acredita na reação

O Ceilândia fez um check list e descobriu que do ponto de vista formal tudo está certo: os salários estão  rigorosamente em dia; o técnico é um dos melhores da cidade; o preparador físico é uma pessoa disputada; o preparador de goleiro é competentíssimo; o mordomo e a equipe de apoio são pessoas e profissionais exemplares. Ainda sob o ponto de vista formal o Ceilândia tem um elenco que sob qualquer aspecto está entre 5 melhores de todo o Centro-Oeste.

A análise foi mais adiante e revelou que há uma razão para o time estar tão mal: todos estão muito pressionados: diretoria, comissão técnica, equipe de apoio e jogadores. Todos estão sentindo o peso de ser campeão do Distrito Federal, porque isso mudou a vida de todos e do Ceilândia. Há muita pressão e essa pressão mudou o comportamento da equipe como um todo. Todos têm medo de errar. O jogador tem medo de errar, o técnico tem medo de errar, os diretores tem medo de errar. Com isso, todos atuam de forma previsível para os adversários

Diante do quatro, ouviu-se diretores, membros da equipe de apoio, membros da comissão técnica e alguns jogadores e se descobriu que o bicho não é tão feio assim. O Ceilândia e sua enorme capacidade ainda estão latentes, vivos no coração de cada um. Descobriu-se que há valores mais importantes que vencer a qualquer custo até porque, a qualquer custo, a vitória não vem. Então o que teremos pela frente é um novo Ceilândia que privilegiará o que mais de importante possui: os homens de sua equipe.

Esse novo Ceilândia começa a ser montado a partir desta sexta-feira. É possível que uma ou outra pessoa deixe a equipe, mas de acordo com a diretoria essa responsabilidade será dessa pessoa. A princípio todos entraram juntos nesse momento e todos devem sair juntos.

O dilema de Adelson

O dilema de AdelsonAdelson é reconhecidamente um bom treinador. Conhece o ser humano como poucos, mas parece evidente que deixou de ser ele mesmo. Algo mais que os resultados deve estar a incomodá-lo. Adelson sempre foi uma mistura de explosão e companheirismo. Hoje não é nem uma coisa, nem outra.  Não parece que o problema sejam os jogadores; estes tem se dedicado bastante, ou ao menos a imensa maioria. Um ou outro problema em um elenco de trinta homens é normal. Pode ser que seja algo alheio a sua propria esfera de decisão, mas Adelson não pode esperar.

A responsabilidade pelos resultados recai primeiro sobre ele. Depois as pessoas vão pensar em jogadores e, por último, nos dirigentes. O mais correto seria que os dirigentes adotassem as medidas necessárias a proteger o treinador, já tão desgastado pelos últimos resultados. Adotar as medidas necessárias não significa medidas extremas, desproporcionais ao momento. Medidas necessárias são aquelas adotadas com calma, serenidade e no tempo adequado e, se for o caso, com a anuência dos líderes do grupo. Adotar as medidas necessárias significa, acima de tudo, não abandoná-lo à própria sorte nesses momentos tão difíceis, fazer-se presente nos treinamentos, obrigar que cada um cumpra a sua parte nos contratos firmados com o Ceilândia, não apenas o treinador.

Não é hora para amiguinhos. É hora de profissionalismo. O processo todo reflete uma linha de montagem em que cada um possui responsabilidades. Cada um intervém no tempo certo, nem antes, nem depois. O produto final reflete ou não a harmonia da linha de montagem. Se alguém perder o tempo, o produto final será prejudicado.

Dentro de campo, bem, dentro de campo Adelson já mostrou que sabe fazer e os jogadores também.

Só eles podem mudar a história

A zaga do Caxias deu chutão quando necessário
A zaga do Caxias deu chutão quando necessário

Futebol é coisa séria. Ao menos 30 pessoas sobrevivem dos salários pagos pelo Ceilândia. Diga-se de passagem: salários pagos em dia.  As condições de treinamento estão acima das oferecidas nos demais clubes do Distrito Federal.

Futebol é coisa séria. É impossível que alguém esboce um sorriso no dia de hoje, tenha ele atuado ou não na partida de ontem. A goleada acachapante de ontem pode revelar que algo precisa ser mudado.

É natural que a convivência permita a existência de concessões indevidas. É natural até que exista duplicidade de posturas diante de um mesmo fato. O problema estaria se, existindo concessões ou duplicidade de comando, esses fatos fosse para o campo. Nâo é possível avaliar completamente todas as variáveis.

Uma coisa é certa: o Ceilândia chegou ao fundo do posso. A autoestima foi no limite e a partir de agora somente é possível trabalhar com quem efetivamente tenha o mesmo objetivo. Objetivos pessoais tem que ser relegados a um segundo plano. Todos de alguma maneira se beneficiam de uma boa campanha. Isto tem que ficar claro para todos, diretoria, comissão técnica e jogadores. Um grupo somente é um grupo quando todos trabalham para o grupo, deixando interesses e visões pessoais de lado.

É muito provável que os jogadores que moram na cidade não saiam a rua hoje sem estar envergonhados. Aqueles que vieram de fora provavelmente evitaram contato com os familiares. Se algo desse nível não aconteceu é porque o objetivo não é o mesmo para todos.

Se a situação chegou onde chegou, todos tem a sua parcela de culpa, do Presidente até o mais humilde torcedor.  O Ceilândia tem um bom elenco. Edinho e Donizetti tem carreiras vitoriosas; Paulo Roberto, Panda, Badhuga, Edimar e Andrezinho jogam no nível do futebol nacional.  Mello e Pedrão, os suplentes, são melhores que a média dos zagueiros do campeonato local e estão no mesmo nível dos demais. Jogador por jogador o Ceilândia tem um time respeitável.  Mesmo assim essa defesa tomou 13 gols nos últimos 6  jogos, mais de dois gol por jogo. É muito para um time que tem orgulho em afirmar que se defende bem.

Se os resultados não aparecem é porque algo está errado: alguém não está falando a mesma linguagem que os demais. Urge corrigir isso logo. O Ceilândia, que é um time que não sorri, nem em treino, precisa reencontrar o sorriso o quanto antes. Uma vitória contra o Brasília, aliada a uma semana de trabalho, pode mudar muita coisa. Esse grupo é forte e pode ir longe.

Nunca fiquei 5 jogos sem vencer!

Adelson comanda o treino: momentos difíceis
Adelson comanda o treino: momentos difíceis

O técnico Adelson de Almeida falou ao SiteCEC sobre o momento atual do Ceilândia. Adelson contou que tem orgulho do grupo montado pelo Ceilândia. Falou que o time tem evoluído nos últimos jogos, mas tem faltado sorte. Acrescentou que tecnicamente o time é forte e, porque está crescendo na hora certa, tem tudo para ser campeão.

SiteCEC: Qual a sua avaliação?

Adelson: Acho normal. Os resultados são normais, mas a sequencia nos deixa intranquilos. Há um clima de intranquilidade no ar. Os jogadores estão motivados, conscientes das dificuldades. Ninguém esperava que fosse ser fácil, que os adversários iriam entregar o jogo prá gente.

SiteCEC: A diretoria tem dado o respaldo necessário?

Adelson : A diretoria tem agido no momento certo e montou um grupo forte, contratando jogadores em nível de futebol brasileiro. Jorginho Paulista e Goeber, por exemplo, poderiam estar, na pior das hipóteses, em qualquer time da Série B do Campeonato Brasileiro. O Ceilândia é um time forte técnica e mentalmente. Com a primeira vitória vai voltar a sorrir… esse é um dos problemas… o Ceilândia é um time que não sorri.

SiteCEC: Você pode exigir mais dos jogadores?

Adelson – Não tem mais como exigir dos jogadores. Eles estão dando tudo de si, correndo, dando carrinho, não perdendo divididas… então o problema não está na falta de disposição. Em alguns momentos tem faltado sorte… noutros uma pequena desatenção, por menor que seja, tem sido fatal. Tem faltado sorte, apenas.

SiteCEC: Então tem faltado atenção?

Adelson – Não é bem assim… os jogos tem sido duros. É natural um ou outro momento de desatenção. O problema é que os adversários tem uma chance e aproveitam essa chance. Nós saímos na frente contra CFZ, Botafogo e Brasiliense. Contra o Botafogo e Brasiliense tomamos o gol logo em seguida. O momento de euforia foi suficiente para desconcentrar o time… logo o time se recompôs, mas não teve a mesma sorte que o adversário.

SiteCEC – Qual a razão de tantos cartões?

Adelson – O time possuía alguns defeitos. Isso sobrecarregava os volantes e defensores. Esse defeito foi corrigido desde o jogo contra o Gama. Desde então o Ceilândia aumentou a sua posse de bola e o resultado pode ser sentido contra o Formosa. O time tecnicamente é bom. Ao evoluir também nesse aspecto (da posse de bola) o mais provável é que cheguemos ao quadrangular final no nosso melhor nível.

SiteCEC: Você cogitou em sair?

– Quero o melhor para o time. Quando eu vejo os jogadores se dedicando, todos eles querendo ser campeões, conversando entre eles sobre a melhor forma de fazer isso ou aquilo, eu me comovo. Por instantes cheguei a pensar que talvez uma nova abordagem, com um novo técnico, fosse o melhor… mas é difícil abandonar um trabalho quando você vê que ele tem tudo para dar certo, quando você vê que as coisas estão evoluindo e quando você vê que após cinco rodadas de insucessos os adversários avançaram apenas dois pontos a sua frente. Nunca fiquei 5 jogos sem vencer…

SiteCEC: Finalizando, qual o tamanho da sua responsabilidade?

Adelson – A minha responsabilidade é total. Se os jogadores estão fazendo aquilo que eu peço e o resultado não vem, pode ser que eu não esteja sabendo tirar deles exatamente aquilo que precisamos. É isso que me incomoda.

SiteCEC : E a Copa do Brasil?

Adelson : A nossa pretensão é fazer uma boa campanha, repetindo no mínimo a última participação do Ceilândia na Copa do Brasil, quando eliminou o Bahia na primeira fase. Conheço muito pouco do Caxias, mas o suficiente para saber que eles fizeram uma excelente campanha no Campeonato Gaúcho.

Com gosto de derrota, com valor de derrota

Forte marcação do Ceilândia: O Formosa lutou até o último instante
Forte marcação do Ceilândia: O Formosa lutou até o último instante

O Ceilândia foi melhor que o Formosa quase o tempo todo. Plasticamente foi o futebol que se deseja. Pode-se questionar que ainda assim foi ineficiente. Pode-se questionar e dizer que essa era justamente a dinâmica de jogo esperada pelo Formosa. Os dois gols do Ceilândia vieram de bolas paradas. Mérito para Adelson de Almeida e seus comandados que treinaram exaustivamente.

Mas o futebol castiga. Castiga por diversas razões. Uma delas é que o futebol gosta de ser jogado pelo time que está ganhando. Nos minutos finais o time do Formosa mexeu com os nervos do Ceilândia. Com estatura física menor, os jogadores do Formosa provocavam os do Ceilândia dentro da área. Os mais perseguidos eram Goeber e Cassius. O árbitro interveio em apenas uma situação. Para o azar do Ceilândia, o árbitro somente se deu conta que já havia aplicado cartão amarelo em Goeber quando avisado pelos jogadores do Formosa. O árbitro hesitou mas não tinha mais o que fazer.

Cassius se machucou e teve de ser substituído. O time do Formosa, diferentemente do que acontecera no Diogão quando esqueceu de

Troca de passes: pela primeira vez no campeonato, uma chance de gol a partir da troca de passes.
Troca de passes: pela primeira vez no campeonato, uma chance de gol a partir da troca de passes.

devolver a posse de bola (lá o jogo fora parado por um atleta do próprio Formosa), desta vez fez diferente. Entregou a bola no pé de um jogador marcado. Nas circunstâncias, não restou outra alternativa que não o chutão para a frente.

Aos 44 uma entrada criminosa do atleta do Formosa em Andrezinho. O jogo parou por 3 minutos. A confusão se formou e naquele momento o Ceilândia perdeu o foco do jogo. Perdeu a possibilidade de ganhar jogando ao tentar ganhar na catimba um jogo que já era seu. Cerca daqui, cerca dali, jogadores trocando intimidações. Edinho vai ao chão… o Ceilândia deixou o jogo para disputar na catimba…um minuto depois, desconcentrado, permitiu o empate. Não se pode dizer que o castigo foi merecido. Não se pode negar que o futebol deve ser jogado até que o jogo termine.

Donizete: em ação contra o Formosa

A ressurreição de Donizete

Donizete: um goleiro em evolução
Donizete: um goleiro em evolução

Donizete viu o mundo do futebol abrir as portas para ele na final da Copa do Brasil de 2002. O empate do seu clube diante do Corinthians mudou toda a sua história, como também a do destaque do time à época, Wellington Dias. O tempo passou. Donizete manteve-se em evidência no Brasiliense até 2006. Depois disso, foi colecionando experiências desastrosas no América-RJ, no Gama, no Volta Redonda e no próprio Ceilândia.

Em 2009 e 2010 o atleta esteve no Botafogo-DF, também sem muito brilho. Justiça seja feita: em 2010, Donizete, se não foi brilhante, também não comprometeu.

Veio 2011 e Donizete voltou ao Ceilândia. Recebido com boa dose de desconfiança, o goleiro ganhou a sombra de Edinho, ídolo da torcida e campeão metropolitano pelo CEC em 2010. Reservado, o goleiro foi evoluindo aos poucos.

Protegido por um forte esquema defensivo, Donizete até agora esteve atento: o que passou pela defesa,  não passou por ele. A evolução é nítida: até mesmo nas bolas aéreas, o maior temor dos torcedores, Donizete mostrou evolução. Ainda há muito que melhorar.

Paulista de São José do Rio Pardo, o goleiro de 1,88cm começou a carreira na União Barbarense, em 1993, conquistou a Segunda Divisão do Paulista pelo Ituano e, ainda amador, foi contratado pelo Flamengo. Ali não foi aproveitado e foi emprestado ao Brasiliense em 2001. A história depois disto é conhecida.

Dimba: decisivo mais uma vez

Um passo de cada vez

Paulo Roberto: o Ceilândia é forte pelas laterais
Paulo Roberto: o Ceilândia é forte pelas laterais

O Ceilândia mostrou contra o Brasília que está evoluindo. O time também apresentou alguma instabilidade no segundo tempo, mas isso foi considerado normal.

O Ceilândia ainda precisa ganhar consistência, precisa evoluir e isso é um consenso entre jogadores e comissão técnica. A idéia é chegar na fase semi-final no auge da preparação. Por enquanto há uma certeza: o time aos poucos está mostrando a capacidade defensiva que o caracterizou no passado. Falta ganhar a tranquilidade no último passe e a  eficiência ofensiva que o tornou campeão.

A vitória diante do Brasília trouxe um pouco de tranquilidade para o próximo desafio, o derbi da maior cidade do Distrito Federal.

Adelson tem a consciência de que será um jogo difícil, seja porque o Ceilandense já mostrou que é um time arrumadinho, seja porque o técnico adversário é reconhecidamente um bom profissional.

Sob alguns aspectos a partida é mais decisiva para o Ceilândia que para o Ceilandense. Por causa da tabela, o Ceilândia precisa acumular gorduras para o momento em que enfrentará os favoritos ao campeonato (Gama, Brasiliense e Botafogo-DF). Enquanto isso o Gato não pode se dar ao luxo de tropeçar novamente.

Ceilândia x Brasilia: apesar do horário, um bom público
Ceilândia x Brasilia: apesar do horário, um bom público
Ceilândia x Basilia: Banco sintonizado

A força que vem do banco

Dimba luta na área; Leys, do banco, tenta ajudar
Dimba luta na área; Leys, do banco, tenta ajudar

Olhando para o banco do Ceilândia lá estavam, dentre outros,  Augusto, Rodrigo Mello, Magrão, Edinho, Leys e Cassius. A dificuldade do jogo contra enfrentada pelo Ceilândia pode ser sentida a partir da reação dos atletas.

A vibração do  banco mostrou a sintonia do time nesse início de trabalho. Todos levantaram para comemorar o primeiro gol de Dimba.

Nos momentos decisivos, os jogadores pareciam estar dentro de campo. Na foto, Leys reage como se pudesse ajudar Dimba.

No final da partida, abraços de cumplicidade de Edinho em Donizetti e de Panda em Luiz Carlos Badhuga mostravam  o sentimento de dever cumprido.

Dimba Comemora o primeiro gol

Sofrido: Ceilândia 2 x 0

Dimba, Allan Dellon e Thiago Félix: decisivos
Dimba, Allan Dellon e Thiago Félix: decisivos

Termina o jogo. A cena que se presencia tem de respeitoso o que tem de sincera. Edinho, o grande goleiro do título distrital de 2010, um nome para a história da cidade,  deixa o banco de reservas e se encaminha até Donizeti. O abraço, até pelas circunstâncias, merecia ter sido registrado. Em campo, a história foi um pouco diferente: o Ceilândia sofreu,  mas saiu com a vitória.

O jogo teve dois momentos distintos, tal como aconteceu em Formosa. No primeiro tempo o Ceilândia foi muito melhor e poderia ter saído com um placar mais elástico. O time impressionou pela movimentação. O balé conduzido por Dimba, Allan Delon e Thiago Félix, com a participação dos laterais pela direita e pela esquerda, impressionou. O time do Brasília simplesmente não sabia onde procurar. Ao faze-lo pela direita, o time balançava e recomeçava pela esquerda. As chances de gol apareceriam numa questão de tempo. No primeiro tempo foram ao menos três, mas nenhuma, com o rigor esperado, efetivamente clara. Aos 31, em jogada pela direita, Dimba completou o cruzamento de Thiago Félix para fazer 1 x 0 para o Gato.

Veio o segundo tempo e o jogo mudou completamente. O Brasilia tomou a iniciativa das ações e o Ceilândia passou a ficar

Dois contra um: O Ceilândia se defendeu muito
Dois contra um: O Ceilândia se defendeu muito

intranquilo. O estilo de jogo do Ceilândia também mudou: o time que saia jogando passou a explorar os tiros de meta do goleiro Donizetti. Como o Ceilândia perdia a primeira e também a segunda bola, o que se viu foi um domínio claro da equipe vermelha. Por sorte, o Brasilia não empatou. Nas poucas oportunidades que teve o goleiro Donizetti mostrou que estava atento. Na chance mais clara de gol o zagueiro Panda defendeu.

Adelson via que o time precisava recuperar o meio e por isso fez sucessivas substituições com Leys e Augusto. A melhora foi pouco sentida, mas é fato que o Brasília já não chegava com a mesma facilidade que antes. Tudo mudou com a entrada de Cassius. O substituto de Dimba ganhou todas as primeiras bolas. Com isso os laterais do Ceilândia mais uma vez cresceram no jogo. O resultado foi que aos 44 do segundo tempo Donizetti mandou a bola para o campo adversário, Cassius desviou, Paulo Roberto foi ao fundo e cruzou para Allan Dellon fazer o segundo gol. Vitória suada, sofrida, do jeito que o Ceilândia gosta.

A nota positiva do jogo foi o público. Para as condições, o público foi muito bom.

Sai Edimar, entra Melo

Edimar desfalca o Ceilândia

Mello substitui Edimar a altura
Mello substitui Edimar a altura

Edimar é desses jogadores que surpreendem pela força física. Por isso mesmo é incomum vê-lo fora de jogo ou contundido. No ano passado, o atleta disputou 19 das 22 partidas do Ceilândia na campanha do título. Esse ano, na primeira partida, o defensor machucou-se. Edimar foi revelado no Atlético Paranaense e teve a oportunidade de defender a seleção brasileira sub-20 atuando como lateral.

O substituto de Edimar é o zagueiro Melo.  Melo foi revelado no time do CFZ campeão do Distrito Federal em 2002. Com algumas passagens pelo Ceilândia, Melo é um zagueiro de características distintas das de Edimar mas reconhecidamente eficiente.

O Ceilândia fica!

20090322cec2x1brasilia2Terminou o sofrimento: o Ceilândia enfim se livrou do fantasma do rebaixamento. Para isso, foram necessários noventa minutos de completo sofrimento. Não importa, o Ceilândia fica na primeira divisão.

Antes da partida começar, o Abadião foi tomado por um dilúvio. Por alguns instantes, diminutas pedras de gelo caíram no gramado e sobre os torcedores. O árbitro demorou a suspender a partida, mas, aos 14 da primeira etapa, parou o jogo. Os Deuses do futebol queriam uma pausa para assistir a partida e dar uma mão ao time mais simpático do Distrito Federal. Sim, o Ceilândia é sempre o segundo time do torcedor do Brasiliense, do Gama, do Sobradinho, do Brazlândia. Todos, de alguma maneira, torciam para que o Ceilândia ficasse, menos o Brasília.

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Cassius ganha pelo alto e abre o placar

No retorno do jogo, o Ceilândia parecia melhor, mas era incapaz de criar situações de gol. A torcida estava impaciente. Naquele momento o Legião já batia o Dom Pedro por 2 x 0 e esse resultado empurrava o CEC para a segunda divisão.

Por sorte, os deuses do futebol queriam o CEC na primeira divisão e assim se fez. Aos 21, Diego Martins bateu falta pela direita e Cassius fez de cabeça: Ceilândia 1 x 0.

O gol pareceu desconcertar o Ceilândia que passou a não conseguir trocar três passes em sequencia. O resultado foi que o Brasília tomou as rédeas da partida. O sofrimento começava. Apesar do domínio, o CEC resistiu bravamente e levou a vantagem para o intervalo.

O Brasília voltou diferente para o segundo tempo: além do domínio, agora chegava com perigo. Aí começou a brilhar a estrela do goleiro Ricardo. A torcida, estava impaciente e essa impaciência aumentou aos 7, quando Geovani, que sempre faz gol no Ceilândia, empatou para o Brasília.

O sentimento geral foi o de que o gol abalou alguns jogadores do Ceilândia. Outros, todavia, se desdobraram em campo. Cassius era um destes. Ora pela direita, ora pela esquerda, ora pelo alto, sempre levava a melhor sobre a defesa do Brasília. Num desses lances, ironia do destino, Cassius antecipou-se a Geovani e sofreu penalti. O mesmo Cassius pegou a bola e bateu, no meio do gol, mas sem defesa para Rafael. Eram decorridos 15, do segundo tempo: CEC 2 x 1.

20090322cec2x1brazlandia3A vantagem era tudo que o Ceilândia precisava, mas o Brasília não esmoreceu. O time alvirrubro foi ao ataque e Ricardo defendeu uma, duas, a terceira bateu no travessão. Era um sofrimento sem fim. Aos 46, Leandro bateu no canto, sem defesa e os deuses do futebol disseram basta! Esses mesmos deuses do futebol guiaram Ricardo em meio a escuridão em direção à bola. Ricardo não deu rebote. Faltavam 34 segundos para terminar. Ainda havia tempo para comportamentos amadores, mas nada disso atrapalhou. O Ceilândia venceu e ficou na primeira divisão. Esta vai ser uma semana para celebrar os heróis.

Cassius pega 2 jogos de suspensão

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Cassius não enfrentará o Dom Pedro

De nada adiantou passar oito anos sem ser expulso e uma carreira de extrema disciplina: Cassius foi apenado com dois jogos de suspensão em julgamento realizado na noite dessa terça-feira (3/3).

Cassius havia sido expulso no jogo contra o Brasília, em que o Ceilândia empatou em 2 x 2. O vice-presidente do CEC, Almir de Almeida, entendeu que a punição foi injusta, até mesmo porque o fato ocorreu numa disputa de bola. De fato, a punição em dois jogos parece demasiada. A gravidade da infração pode ser medida pelo comportamento do árbitro que aplicou cartão amarelo.

Como já cumpriu um jogo de suspensão, Cassius está fora da partida decisiva deste domingo, diante do Dom Pedro. O Ceilândia precisa desesperadamente da vitória e este é um grande problema para o técnico Jean Cláudio.

Cassius será julgado nesta terça

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Cassius dá combate:uma expulsão em 8 campeonatos.

O atacante Cassius tem sido um dos destaques do CEC em 2009. O maior artilheiro da história do Gato, além de fazer gols, mostrou que também tem outras qualidades: sabe servir e marcar. Na partida contra o Brazlândia, por diversas oportunidades, mostrou que não era fominha e procurou servir os seus companheiros. Outra qualidade demonstrada é a de dar combate na saídade bola do adversário. Isto, contudo, sobrecarregou o ídolo Ceilândense e lhe valeu uma série de cartões amarelos até que o time se acertasse na marcação. No jogo contra o Brasília, Cassius recebeu dois e foi expulso. A denúncia da Procuradoria imputa a Cassius infração ao artigo 255 do CBJD ou seja “praticar ato de hostilidade contra adversário ou companheiro de equipe”.

Tecnicamente, a prática de ato de hostilidade não se confunde com a prática de ato violento. O enquadramento do atleta no artigo 255 do CBJD tem características bem definidas porque é o se refere ao ato em que o agente é agressivo e provocante, não havendo qualquer possibilidade de violência física, mas apenas a intenção de instigar o adversário ao descontrole emocional e uma reação deste que se reverterá em favor daquele, seja em uma violência moral (art. 250 c/c 251 do CBJD) ou violência física (art. 254 do CBJD). A punição varia entre um e três jogos.

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Expulso após 8 anos

Para ver a carreira de Cassius é só clicar no link Elenco 2009 ou diretamente em Cassius

Cassius cumpriu suspensão automática diante do Legião. O CEC sentiu muito e talvez até por isso perdeu. Por isso a preocupação da direção com o julgamento de amanhã. Em circunstâncias normais não haveria motivos para preocupações. O segundo cartão amarelo veio em uma disputa de bola, Cassius tem uma carreira de jogador disciplinado. Abaixo, um resumo da carreira de Cassius no Ceilândia a partir de 2000.

Temporada

Titular

Subst.

Gols

Amarelos

Vermelhos

2000

5

1

3

0

0

2001

15

0

9

3

1

2002

14

0

15

4

0

2004

18

1

17

3

0

2005

7

6

4

2

0

2006

4

6

3

1

0

2008

1

4

1

1

0

2009

8

0

3

3

0

Total

72

18

55

17

1

No sacrifício: 2 x 2

20090215brasilia2x2cecMais uma vez foi dramático. Ao menos desta vez, a sensação foi um pouco diversa da experimentada no último domingo. Jogando hoje, no CAVE, o CEC fez uma boa partida e poderia até merecer melhor sorte, mas a última impressão é a que fica: o Brasília poderia ter vencido, mas Renan defendeu o pênalti cobrado por Thiago Silva aos 45 minutos do segundo tempo.

De maneira geral as duas equipes se equivaleram ao longo dos 90 minutos. No primeiro tempo o Ceilândia teve mais tempo de posse de bola, mas o Brasília conseguiu em três  ataques o aquilo que o Ceilândia não conseguiu em 45 minutos: criar uma situação clara de gol.    A primeira oportunidade foi logo aos 10 minutos e Edicarlos contou com a sorte e com o desvio na zaga para abrir o marcador para os colorados. Após o gol o Ceilândia continuou dominando a partida, mas o Brasília, quando vinha tocando, conseguia iludir a zaga alvinegra e levava perigo.

Aos 34, num dos poucos contra-ataques do Gato, Cassius escapou pela esquerda, perdeu o ângulo e, na saída do goleiro, tocou para o meio da área. Daniel se atrapalhou, mas não o suficiente para perder o lance e deixou para Diego que bateu no canto esquerdo, no alto, empatando a partida.

20090215brasilia2x2cecrenan
Renan mais uma vez foi decisivo.

No segundo tempo, o Brasília voltou diferente e tomou a iniciativa logo na saída. Para azar do Ceilândia, não demorou para o Brasilia voltar a ficar na frente com Thiago Silva, aos 2. O Ceilândia acusou o golpe e mesmo quando equilibrou a partida já não tinha a mesma estrutura da primeira etapa. Mesmo assim poderia ter empatado quando Cassius tabelou com Da Silva e disparou acertando a trave. Logo em seguida, Diego cobrou falta e Cassius entrou nas costas da defesa do Brasilia empatando o jogo.

O gol do empate foi a última jogada efetiva do ataque do Ceilândia. Depois, aos 22, Cassius foi expulso. Foi a primeira expulsão de Cassius em 8 anos, seis com a camisa do Gato. (Para ver a ficha de Cassius clique aqui).

A emoção chegou ao limite aos 44. O árbitro Rogério Bueno, com certeza a pior arbitragem até aqui, marcou pênalti contra o CEC. Thiago Silva bateu e Renan, mais uma vez, salvou o CEC.

O CEC jogou com Renan, Daniel, Â Thiago Junio, Everson, Vavá e Glauber. Beto (Betson), Dime e Diego. Da Silva e Cassius. Tecnico: Jean Cláudio.

Ouvir o primeiro gol (teste): 20090215brasilia2x2cecdiegomartins1golced