Tag: Metropolitano 2011

Reforços de última hora

Fredson deixa a equipe
Fredson deixa a equipe

O Ceilândia apresentou dois novos reforços para o segundo turno do campeonato metropolitano.   O primeiro nome é o de Jorginho Paulista. Experiente lateral-direito, Jorginho vem para compor o esquema defensivo do Ceilândia, posição onde Paulo Roberto tem feito boas atuações durante a competição, mas pode compor o meio-campo, posição em que o time tem mostrado deficiência.

Outro nome que chega é o de Goeber. O volante iniciou os primeiros passos de sua carreira em Ceilândia,  depois rodou pelo país. Goeber vem para repor a vaga aberta com a saída de Fredson. Apesar da disposição demonstrada em campo, Fredson jamais conseguiu alcançar o ritmo de jogo necessário.

Zero a Zero.

CEC criou oportunidades a partir de bolas alçadas na área
CEC criou oportunidades a partir de bolas alçadas na área

O Ceilândia, de modo responsável, não inovou na proposta de jogo e o resultado reflete de forma justa a atuação da equipe.  Um Ceilândia com defesa centrada e bem postada, ataque com muita vontade, mas poucas oportunidades. Com chances criadas no final da partida, uma vitória cairia bem e deixaria o Ceilândia em posição mais confortável, mas ao apito final o placar do partida permaneceu o mesmo do momento do apito inicial.

O jogo começou com um Gama nervoso que, embora aparentemente preparado para enfrentar a obediência tática do Ceilândia,  quase se complicou nos primeiros minutos de jogo. Logo no início, em jogada pelo lado esquerdo do Ceilândia, cruzamento na área, em uma bola fácil, o goleiro do Gama quase solta de presente para o Gato preto abrir o placar. Na jogada seguinte, a equipe do Gama subiu ao ataque em investida pela lateral direita do Ceilândia, que roubou a bola e em rápido contra-ataque conseguiu seu primeiro arremate a gol. Um início animador para o time do Ceilândia.

No entanto, não demorou muito para que o Gama superasse o aparente nervosismo inicial e colocasse o jogo em banho maria. Mantendo a posse da bola, a equipe alviverde não ofendia o gol do Ceilândia enquanto a bola rolava,  somente chegando perto da meta  através de bolas paradas, próximas a linha lateral, cruzadas para a área e prontamente afastadas pela atuação segura da zaga do Ceilândia.  O Gama não ofendia, tampouco repetia as falhas que permitiram ao Ceilândia ameaçar abrir o placar. Nesse ritmo seguiu o jogo até os minutos finais da primeira etapa, em que, apesar da preocupação do Técnico Adelson com o tempo restante até o intervalo do jogo, o Ceilândia abriu espaços para arriscar, sem sucesso, chutes à meta alviverde.

No segundo tempo as duas equipes voltaram com a mesma proposta. O Ceilândia apostando nos erros adversários, e o Gama atacando com a cautela de quem não se arriscaria a sair atrás no placar.  Com o passar do tempo os espaços foram aparecendo, para ambos os lados, o que movimentou um pouco um jogo que não chegou a conhecer muita ação em nenhum instante. A defesa do Ceilândia continuou segura e presente quando acionada. Se não atráves dos volantes e zagueiros, através do arqueiro que fez poucas, mas boas, defesas. O ataque, demonstrando garra e vontade mesmo contra um Gama também cauteloso, conseguiu algumas chances em bolas alçadas na área e jogadas individuais, mas pouco acionaram o arqueiro gamense.

O resultado em si não foi ruim, antes mesmo da partida o empate já era avaliado como um resultado razoável. O Gama tinha a seu favor o estádio, e os torcedores ali presente, que ainda conseguiram esquentar os ânimos da partida no final do jogo, ao reclamarem da arbitragem e insinuarem que as reclamações de Dimba com a mesma eram descabidas. Se por um lado o Ceilândia não conseguiu conquistar os três pontos, por outro não permitiu que seu adversário aproveitasse o mando de campo para deixar o Gato para trás.

Não se pode, entretanto, descartar que não foi possível cumprir o objetivo inicial no campeonato – de se distanciar à frente da quinta colocação que, ironicamente, hoje o CEC ocupa. O segundo turno vem aí e a equipe, se quiser repetir o feito do ano anterior, ainda precisa lutar para abandonar a atual posição e avançar para a segunda fase.

Acostumado a decisões

Panda desfalca o CEC
Panda desfalca o CEC
O Ceilândia inicia neste domingo uma sequência de jogos com gosto de decisão. Gama, Formosa e Brasília serão autênticos jogos deseis pontos. Serão jogos ao gosto do Ceilândia.

Adelson e seus comandados estão tranquilos, apesar dos problemas de contusão. Panda e Allan Dellon fazem falta, principalmente o meia. As dificuldades de Dimba ainda incomodam.

Para a partida desse domingo Adelson avalia que o empate é um bom resultado, mas considera que o time previsa vencer um clássico para recuperar os pontos perdidos contra o CFZ.

Um CFZ de diferença!

Augusto e Leys contra o Brasiliense: difícil
Augusto e Leys contra o Brasiliense: difícil

O Ceilândia caiu para a 5a colocação no campeonato. Isso o coloca fora do grupo dos 4 que se classificam para o quadrangular-final. É muito cedo para alarme, mas a situação preocupa.  São necessários 22 pontos para se classificar. A se manter o mesmo ritmo, o Ceilândia chegaria nas  duas últimas rodadas do campeonato com 17 pontos, precisando de duas vitórias contra Brasiliense e Gama. Vai ser difícil, mas parece que o time está habituado a conviver com a emoção.

O futebol apresentado pelo time não é diferente daquele apresentado no ano passado. Em termos gerais é até melhor, o esquema tático  apresenta  um pouco mais de variações e o espírito de luta é basicamente o mesmo, mas tem sido menos eficiente. A diferença é mínima, mas é a diferença entre a segunda e a quinta colocações atuais.

Existem outros problemas: o time deste ano comete mais erros no meio de campo. O Ceilândia normalmente não corre riscos quando a posse de bola pertence ao adversário. O time administra isso muito bem. O número de bolas roubadas pelos adversários desarmando ou interceptando jogadas dos meio-campistas do Ceilândia é incrível.  O perigo está em quando o Ceilândia tem a bola.

Tá tudo embolado!
Tá tudo embolado!

O time tem optado por cadenciar a saída de bola. Há limites que diferenciam os dois extremos: confundir calma com lerdeza e velocidade com pressa.  O time está bem no quesito velocidade. O toque de lucidez de Dimba dá a medida certa do que seja velocidade e não pressa, do que é calma e não lerdeza. Dimba está também menos presente que no ano passado.

O time não está bem no quesito calma. A jogada já está manjada. O Brasiliense sabia exatamente como o Ceilândia realizava a saída de bola. Recuava o seu time até o próprio campo. Encaixava a marcação a partir da defesa e ao comando de um jogador partia para a pressão sobre os defensores. Em ao menos três oportunidades os defensores se complicaram, noutra Edinho se complicou. O CEC precisa de novas variações de saída de bola e parece que não está longe de alcançá-las, o problema é que não tem muito tempo para isso.

Tal como no time de 2010, o Ceilândia não ganha a primeira bola. No ano passado era uma opção clara pela segunda bola. O time deste ano também não ganha a segunda bola. O resultado é que o Ceilândia está sempre correndo atrás do adversário. Isso impõe um desgaste enorme aos volantes (eles próprios responsáveis por não se ganhar a segunda bola), ao sistema defensivo e ao coração dos torcedores. Também explica o número excessivo de faltas e cartões. Adelson tem muito trabalho pela frente e a partir da sétima rodada terá tempo para treinar. O time precisa evoluir.

O Ceilândia não desencanta

Edinho voltou
Edinho voltou

O Ceilândia empatou em 1 x 1 com o Brasiliense em jogo disputado na tarde desta quarta-feira no Abadião. No início da partida a temperatura era de 32 graus para uma humidade do ar de 25 por cento. Nessas condições, os times dosaram as energias e o que se viu foi um jogo essencialmente tático.

No conjunto da partida o Brasiliense manteve mais a posse de bola e foi melhor.  O Ceilândia estava muito modificado, a partir do gol. Edinho foi o titular, enquanto que Magrão passou a compor o meio de campo. Isso reflete as poucas opções que Adelson de Almeida possui. No primeiro tempo o Ceilândia jogou muito mal. Na maior parte do primeiro tempo  o time confundia calma com lerdeza e não conseguia trocar três passes em direção ao ataque. O Brasiliense, ao contrário, parecia saber exatamente como que o Ceilândia jogava e, comandados por Ruy, impedia que o alvinegro articulasse a menor das jogadas.

A partida ganhou alguma movimentação no segundo tempo.  O gol do Ceilândia saiu logo aos 7 minutos quando Dimba, um dos mais lúcidos em campo,  aproveitou o rebote do goleiro adversário e tocou para o fundo das redes. O Ceilândia, tal como diante do Botafogo-DF, não teve tempo para comemorar. Novamente em uma bola parada, a defesa falhou na marcação e Bebeto apareceu livre para cabecear.

Depois do gol os times até que ensaiaram algumas boas jogadas. O Brasiliense manteve o seu estilo e vinha em

Edimar fez a segunda partida, Panda saiu pela segunda vez lesionado
Edimar fez a segunda partida, Panda saiu pela segunda vez lesionado

jogadas rápidas ou se aproveitava das falhas do meio de campo. Fredson não repetiu a atuação de diante do Botafogo-DF e mais uma vez colocou o time em risco ao perder o domínio da bola.

No final da partida os dois times se acomodaram, mas ainda houve tempo para duas bolas na trave. Primeiro o Ceilândia, com Paulo Roberto, e já no final da partida o Brasiliense carimbou o travessão defendido por Edinho.

O resultado leva o Ceilândia a 9 pontos.  No conjunto da classificação não foi um bom resultado. Calcula-se que serão necessários 22 pontos. O Ceilândia está deixando 13 pontos para os 8 jogos restantes. Isso é perigoso.

Andrezinho bate: CEC x Botafogo-DF

Show de problemas: Gato muito desfalcado para hoje

Ze Ricarte: Desfalque certo
Ze Ricarte: Desfalque certo

Zé Ricarte e Panda não jogam, um por contusão e outro por suspensão. Dimba ainda se recupera de uma chata inflamação no tendão. O cérebro do time saiu logo aos 10 minutos da partida contra o Botafogo, com um desconforto muscular. Adelson tem uma série de problemas.

O Ceilândia tem um elenco enxuto e isso é um problema. Para a partida de hoje a tarde no Abadião, a falta de quatro jogadores provocará uma enorme alteração na equipe, mas não na forma de jogar. A defesa deve ser a mesma da última partida. A única possibilidade diferente é a de Adelson avançar Melo para a cabeça de área, devolvendo o time ao 4-4-2. Isso é pouco provável. Leys  foi titular contra o Botafogo-DF. Deve ser mantido. O companheiro de Leys deve ser Augusto ou Fredson. Tanto Augusto quanto Fredson não têm realizado boas apresentações. Fredson até que melhorou contra o

Luiz Carlos Badhuga, num momento de intimidade: Presença garantida.
Luiz Carlos Badhuga, num momento de intimidade: Presença garantida.

Botafogo-DF, mas ainda é uma incognita.

O grande problema está na posição de Allan Dellon.  O meia tem sido o grande nome do campeonato até agora, mas a lesão preocupa. A primeira avaliação indica que se trata de uma lesão de primeiro grau. Pode ser precipitado optar por colocá-lo em campo.

No ataque Dimba reclama das persistentes dores no tendão de aquiles. Esse tipo de lesão não se resolve facilmente, mas pode ser administrada. O problema é perder o jogador na fase decisiva da competição.

Adelson tem problemas, muitos problemas.

CEC está no prejuízo


O campeonato de 2011 está mais equilibrado que o de 2010.  Na quinta rodada em 2010, o CEC ocupava a terceira colocação com os mesmos oito pontos. Na época, todavia, os adversários restantes seriam Luziânia e Brasilia, ao passo que neste ano são Brasiliense e Gama. Após a quinta rodada em 2010, o Gama liderava com 12 pontos, seguido de Ceilandense (10), Ceilândia (8) e Botafogo (6). Em quinto, embolados com 5 pontos, Brasília, Brasiliense e Dom Pedro.  Tudo muito igual a este ano.

Em 2010, o CEC caiu de produção no segundo turno e somente garantiu a sua classificação na última rodada. O time que fizera 11 pontos nos seis primeiros jogos  entrou na última rodada precisando de um resultado positivo e de olho nos resultados de Dom Pedro x Botafogo e Gama x Ceilandense. No final das contas, o Gama, que no quadro aparece na liderança após seis rodadas, não se classificou para a semi-final.

No mais a campanha do CEC em 2011 é muito parecida com a de 2010. Se em 2010, por exemplo, o CEC perdeu em casa para o Brasilia; em 2011 sofreu uma surpreendente derrota para o CFZ. Outros times também cometeram os mesmos erros.

Andrezinho debaixo da pilha: golaço contra o Botafogo

Este é o Ceilândia!

Leís: importante na marcação
Leys: importante na marcação

O Ceilândia não foi brilhante, mas foi um time equilibrado. No geral o CEC foi melhor e poderia ter vencido. O empate nao foi um mau resultado, mas também não recupera os pontos perdidos diante do CFZ.

O primeiro tempo foi muito truncado, com nenhuma equipe conseguindo impor o seu jogo. O Botafogo até começou com mais ímpeto, mas o Ceilândia equilibrou as ações e no conjunto foi melhor.

O  segundo tempo foi diretamente influenciado pela expulsao do atleta do Edmar do  Botafogo logo aos sete minutos. Com isso o Ceilandia ocupou o campo de ataque, mas cedeu espaço para perigosos contra-ataques.   A partir daquele momento a arbitragem que já era ruim ficou ainda pior: seguidamente  a arbitragem procurava compensar a deficiencia numérica do

Andrézinho: ganhou todas de Amaral
Andrézinho: ganhou todas de Amaral

Botafogo marcando faltas inexistentes. Detalhe para o cartão amarelo aplicado contra Zé Ricarte: o árbitro forçou a barra. Pressentindo o pior, Adelson tirou Zé Ricarte.

Foi nesse clima que aos 32 Andrezinho abriu o marcador. Nem deu tempo para comemorar: tres minutos depois Tulio empatou. Ficou assim: 1 x 1.

O Ceilândia precisa fazer 3 pontos nos próximos dois jogos para manter a mesma média do ano passado. Com isso chegaria a onze pontos no turno, metade daqueles julgados necessários para a classificação. A diferença é que no ano passado o CEC iniciava enfrentando os favoritos Gama, Brasiliense e Botafogo. Este ano vai encará-los no final.

Muito prazer, Fredson!

Fredson, enfim uma apresentação aceitável
Fredson, enfim uma apresentação aceitável

Fredson chegou ao Ceilândia com um curriculum invejável para o nível do futebol local: passagens por São Paulo e mais de cem jogos pelo Espanyol,  tradicional clube da cidade de Barcelona. Depois de quatro partidas Fredson simplesmente não havia convencido. Mal fisicamente, incapaz de ganhar uma primeira bola, incapaz de dar sequencia a jogadas, sem ritimo de jogo  e, pior, desarmado diversas vezes, expondo o time ao contra-ataque, o começo não foi nada animador.

No último sábado Fredson enfim mostrou a que veio. Ele não foi brilhante, mas pela primeira vez parece ter encontrado o seu lugar em campo. Fredson correu, destruiu, ganhou bolas pelo alto, não errou passes bobos e até arriscou passes de longa distância.  Fredson foi também humilde ao reconhecer os seus erros ainda em campo erguendo a mão espalmada e pedindo desculpas aos companheiros por ter errado um lançamento.

O Ceilândia parece estar ganhando um jogador.

Ceilândia busca primeira vitória fora de casa

Panda: desfalque certo
Panda: desfalque certo

Até agora na competição foram dois jogos com um empate e uma derrota. Refeitos do contratempo da derrota diante do CFZ os jogadores têm agora um só discurso: vencer fora de casa e retomar o caminho da classificação.

O técnico Adelson de Almeida irá fazer algumas alterações na equipe. Algumas dessas alterações serão de ordem técnica e  outras físicas. Não se sabe ao certo o time que mandará a campo, mas é certo que Adelson já percebeu que algumas peças não se encaixaram no esquema de jogo. Por essa razão, é muito provável que Adelson mude a função exercida por Fredson, que não mostrou a explosão necessária para atuar à frente da defesa.

Outras mudanças também ocorrerão na defesa com a entrada de Edmar no lugar de Panda e no ataque, com o retorno de Dimba. O Ceilândia será diferente para a difícil partida contra o Botafogo.

Adelson: ainda não estamos prontos!

Adelson: exigente, mas compreensivo
Adelson: exigente, mas compreensivo

O treinador do Ceilândia concedeu entrevista ao SiteCEC. Mostrando-se conhecedor da alma humana, o treinador disse que já havia recolhido sinais de que a derrota poderia acontecer logo após a vitória contra a Ceilandense.  Segundo disse, o resultado em nada atrapalha os planos da equipe e que apenas reflete o estágio de preparação mental da equipe. Fisicamente, disse, a equipe está bem.

Nos dias que antecederam a partida contra o CFZ o treinador disse que procurou trabalhar os jogadores psicologicamente em função dos sinais que havia recolhido. Reconhece que o trabalho ainda não está suficientemente maduro e, por isso e o time entrou desfocado contra o CFZ.
Adelson confessou distinguir o homem do atleta. Os atletas por vezes, disse, querem fazer, mas o homem os limita e isso é natural. Segundo disse, numa entrevista, o jogador fala como atleta, embora por vezes o homem não viva aquilo que atleta está dizendo. Enquanto, como atleta, o jogador se julgava preparado para o confronto, o homem estava relaxado. Foi isso que aconteceu na partida contra o CFZ.

Apesar da derrota, não faltou disposição
Apesar da derrota, não faltou disposição

Adelson também confessou que numa tentativa desesperada e prevendo o pior tentou mexer com o homem que havia em cada atleta durante o intervalo. Acredita que isso mudaria o comportamento do time, mas o gol logo aos três minutos, mudou a história. Mesmo assim, Adelson relembra que na marra, os atletas quase que fizeram o terceiro logo após tomar o primeiro gol. Disse que os dois primeiros gols do CFZ foram acidentais.

Por fim Adelson disse que compreende as fraquezas do homem, mas adiantou que alguns comportamentos esperados de atletas profissionais não são perdoáveis. Disse que deixar de evitar um cruzamento, evitar uma dividida são comportamentos inaceitáveis num atleta, embora compreenda que, como pessoa, esse ou aquele indivíduo queira evitar uma bolada ou uma situação de risco.

Adelson afirmou que o seu time é maduro o suficiente para compreender que o resultado foi um acidente e que dará a resposta adequada nos próximos jogos. O que passou, passou, disse o treinador,  e faz parte do aprendizado.

FUNDAMENTO CIENTIFICO

O que Adelson disse tem fundamentação científica. Os jogadores estão submetidos a estresse constante e nessa condição encontram-se no que se convenciona chamar de fase de alarme. Após uma vitória importante, o organismo tende a compreender que o estímulo estressor desapareceu o que faz o organismo voltar ao seu funcionamento normal. Isso acontece com alguma regularidade quando após um gol importante  o time sofre um gol em seguida. Com o ritmo alterado o atleta entre numa estado de distress, ou estresse disfuncional, desencadeando respostas inadequadas a situação, com pensamentos automáticos comuns a todos os individuos. O problema é que, no caso do Ceilândia, de um lado havia o CFZ, estressado diante dos maus resultados, e do outro um Ceilândia líder do campeonato. O estresse também é prejudicial. O papel do profissional é encontrar o equilíbrio.

CFZ 4 x 2 CEC - motivo para sorrir

Ficou Barato!

Jonhes ganha na força de Rodrigo Melo: jogo atípico
Jonhes ganha na força de Rodrigo Melo: jogo atípico

O Ceilândia teve um choque de realidade nessa quarta-feira. O futebol tem disso. Horas depois da dolorida derrota diante do até então último colocado do campeonato do Distrito Federal, o Ceilândia voltava a sorrir, mas não foi por seus méritos.  O motivo: a combinação de resultados da rodada amenizou o prejuízo.

A ressaca da derrota obrigou o Ceilândia a secar os adversários. Como todos eles empataram, o prejuízo foi de apenas um ponto. O Brasiliense empatou em Formosa em 0 x 0,  no Guará o Botafogo empatou com o Gama em 2×2, e em Ceilândia a Ceilandense empatou em 11 com o Brasília.

Com isso o CEC se mantém na segunda colocação, um ponto atrás do Brasiliense, mas sem a gordurinha que esperava ter para a reta final da fase de classificação. Nem o campeonato é mais o mesmo, nem o Ceilândia é mais o mesmo. O campeonato começou.

As deficiências cobram o preço

Três atacante contra dois defensores: Um dia para esquecer
Três atacante contra dois defensores: Um dia para esquecer

Nesse início de trabalho, o Ceilândia mostrou  deficiências. Quem foi ao Bezerrão ainda viu um pouco mais: um Ceilândia que se arrastava defensivamente e uma enorme dificuldade de articulação do meio de campo com o ataque. Não era o Ceilândia vibrante defensivamente dos últimos jogos.

O resultado em si não era de todo imprevisível. Na prática o CFZ achou os dois primeiros gols. Que o CFZ não demonstrasse força é algo aceitável. O problema é tomar dois gols de um time nessas condições e não ter força para reagir.

O Ceilândia começou melhor. Dominou todas as ações nos primeiros 20 minutos e depois, como que por encanto, o time

Um time pouco solidário numa tarde para esquecer
Um time pouco solidário numa tarde para esquecer

perdeu o foco. Parecia que não se acreditava que o CFZ fosse capaz de fazer alguma coisa. Daí que  na metade do campo defensivo adversário havia uma linha imaginária com Allan Dellon, Magrão e Diogo.  A defesa, estava há 40 metros.

A despeito disso foi o Ceilândia quem saiu na frente. Aos 37, quando o CFZ era melhor, Thiago chutou a gol e Allan Dellon, com categoria, abriu o marcador. Sete minutos depois, Allan Dellon, agora cobrando falta, fez 2 x 0 para o Ceilândia. O resultado não era injusto: o Ceilândia tem melhor time.

Veio o segundo tempo e o panorama da partida seguiu o mesmo dos minutos finais do primeiro tempo. O CFZ tinha a posse de bola, era facilmente neutralizado pela defensiva alvinegra e o jogo parecia que seguiria como no primeiro tempo. Parecia, porque aos três minutos, em falta cobrada na esquerda defensiva do Gato, a bola cruzou toda a área, Donizete saiu para defender, não achou a bola, e Jean diminuiu para o CFZ.

O Ceilândia pareceu ter sentido o gol. Era um boxeador nocauteado em pé. Lutava para reagir, mas a reação não vinha. O CFZ continuava na mesma: domínio e nada. Era de se esperar mais do Ceilândia. Como o time não reagiu, o castigo veio aos 14: Jonhes, numa jogada muito parecida com a do primeiro gol, cabeceou e empatou a partida.

Como castigo pouco é bobagem, aos 20 Panda pediu para sair. Em seu lugar entrou Augusto, Adelson tentava mudar o esquema tático. Não deu tempo para que o time se assentasse em campo: aos 24 Tarcísio virou para o CFZ (um golaço). A jogada mostrou um pouco da prepotência alvinegra: em vez de tentar impedir o cruzamento, o defensor se limita a tirar o corpo da bola.

Depois disso o Ceilândia até que melhorou um pouco, mas insuficiente sequer para ameaçar a meta adversária. Aos 47, em jogada toda ela legal, o CFZ sacramentou os seus primeiros pontos no campeonato.

O resultado em si é ruim. No conjunto da competição era previsível e deve contribuir no processo de amadurecimento da equipe. Não razão para crise e sim para mais trabalho, mas que dói, dói.

O pulo do Gato! CEC 1 x 0

Allan Dellon: O pulo do Gato
Allan Dellon: O pulo do Gato

O torcedor do Ceilândia já se acostumou a sofrer. A parte boa da história é que o Gato pulou para a liderança ao vencer a Ceilandense por 1 x 0. Neste domingo, mais uma vez, o Ceilândia viu o adversário ter maior posse de bola. Esse tem sido o grande mérito do Ceilândia: controlar o ímpeto adversário e proteger eficientemente a meta defendida por Donizete.

Na tarde quente desse domingo, o Ceilândia fez tudo novamente. Recebeu com naturalidade o domínio adversário e foi mortal nos contra-ataques.

No primeiro o Gato até que correu mais riscos. A Ceilandense aproveitou-se do enorme vazio deixado entre a defesa do Ceilândia e o meio de campo  e deu muito trabalho. Aos poucoso o CEC equilibrou e teve duas oportunidades para sair na frente. Em contrapartida, a Ceilândense não teve oportunidade clara de gol. Nas

Cassius fuzila: maior artilheiro do CEC
Cassius fuzila: maior artilheiro do CEC

oportunidades que teve, a defesa chegou a tempo e impediu.

Na segunda etapa o panorama da partida mudou. Adelson mudou o posicionamento do meio de campo e logo aos 11 minutos, Diogo avançou  e passou para  Cassius abrir  o marcador. Até então o panorama da partida demonstrava que o CEC conseguira neutralizar as investidas da Ceilandense. Depois do gol, a Ceilandense manteve a iniciativa do jogo, mas sem a força demonstrada no primeiro tempo.

O resultado é que mais uma vez o Ceilândia venceu. Venceu com base na força do conjunto.  Por enquanto não importa o jogo bonito. O mais importante é vencer. O campeonato está apenas começando.

Donizete: em ação contra o Formosa

A ressurreição de Donizete

Donizete: um goleiro em evolução
Donizete: um goleiro em evolução

Donizete viu o mundo do futebol abrir as portas para ele na final da Copa do Brasil de 2002. O empate do seu clube diante do Corinthians mudou toda a sua história, como também a do destaque do time à época, Wellington Dias. O tempo passou. Donizete manteve-se em evidência no Brasiliense até 2006. Depois disso, foi colecionando experiências desastrosas no América-RJ, no Gama, no Volta Redonda e no próprio Ceilândia.

Em 2009 e 2010 o atleta esteve no Botafogo-DF, também sem muito brilho. Justiça seja feita: em 2010, Donizete, se não foi brilhante, também não comprometeu.

Veio 2011 e Donizete voltou ao Ceilândia. Recebido com boa dose de desconfiança, o goleiro ganhou a sombra de Edinho, ídolo da torcida e campeão metropolitano pelo CEC em 2010. Reservado, o goleiro foi evoluindo aos poucos.

Protegido por um forte esquema defensivo, Donizete até agora esteve atento: o que passou pela defesa,  não passou por ele. A evolução é nítida: até mesmo nas bolas aéreas, o maior temor dos torcedores, Donizete mostrou evolução. Ainda há muito que melhorar.

Paulista de São José do Rio Pardo, o goleiro de 1,88cm começou a carreira na União Barbarense, em 1993, conquistou a Segunda Divisão do Paulista pelo Ituano e, ainda amador, foi contratado pelo Flamengo. Ali não foi aproveitado e foi emprestado ao Brasiliense em 2001. A história depois disto é conhecida.